Impagáveis, para dizer o mínimo, as montagens
que ganham o mundo virtual e realçam o ridículo - sim, ridículo - que foi a
entrevista à TV Liberal, na última segunda-feira, do deputado Delegado Éder
Mauro, um dos candidatos a prefeito de Belém nas eleições de outubro próximo.
Sua Excelência é monotemático.
Só fala em segurança.
Qualquer tema, ele procura vincular à segurança.
Não pensa em outra coisa - somente em segurança.
Parece não quer outra coisa, a não ser tornar
Belém um oásis de segurança.
A violência em Belém é assustadora?
É
A criminalidade é avassaladora?
É.
Precisa ser combatida de forma conjunta - e
célere - pelo Poder Público?
Precisa.
Mas Belém está com a saúde transformada num
casos.
O transporte público é um caos e meio.
A cidade, parece, parou no tempo.
A insegurança é um dos problemas.
Convêm mudar esse quadro. E até mesmo para
reduzir o nível de insegurança é necessário integrar esforços para permitir que
o Município tenha, realmente, um papel mais ativo nessa área, respeitadas as limitações
e vedações constitucionais.
Porque se é certo que a segurança pública é
responsabilidade de todos, conforme disse o candidato durante a entrevista,
também é certo que o artigo 144 da Constituição Federal preceitua claramente:
Art.
144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos,
é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e
do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
Onde entra o município nisso?
Não entra.
Simplesmente não entra.
Ah, sim.
E ainda temos a partezinha em que o delegado se
irritou com uma pergunta que, imagina ele, foi formulada pela assessoria do
tucano Zenaldo Coutinho.
Se Éder Mauro já começa metendo os pés pelas
mãos numa simples entrevista, inclusive fazendo assertivas sem provas, o que
não fará se chegar a prefeito de Belém?
4 comentários:
Desculpe poster, mas entra. Pouco mas entra. Onde? Em "Estado" (lato sensu) e em "todos". Não entra nos órgãos, que são federais e estaduais. Exemplo de "Estado" e "todos" são as guardas municipais. Ponto. Mas não é prioridade municipal, pelo contrário.
Despreparado, só isso.
Através, através...!
Cumpadre, a gente si invergonha. Vixi!
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