Petistas daqui que preferem manter a reserva,
por motivos óbvios, já jogaram a toalha.
Estão convictos de que a reunião desta
terça-feira, em que o PMDB deverá selar o desembarque do governo Dilma,
representará aquilo que os franceses chamam de coup de grâce, traduzível para o nosso velho de guerra "golpe
de misericórdia".
Apontam, os petistas desesperançados, as razões
de suas desesperanças:
1. Saindo o PMDB, outros partidos da base aliada
farão o mesmo, porque ninguém será idiota de continuar num barco que está
apenas com uma parte da proa à tona.
2. O governo Dilma perdeu completamente a
capacidade de articulação.
3. Nomear, como fez Dilma, um ministro do PMDB
um dia depois de o partido ter decidido, em convenção nacional, proibir o
ingresso no governo de qualquer filiado à legenda foi um lance dos mais
equivocados, porque pareceu uma afronta à deliberação peemedebista.
4. Chamar o ex-presidente Lula para fazer parte
do governo aguçou o clima de confronto e cortou as mínimas e mais
imperceptíveis possibilidades de formar pontes com setores da sociedade que,
mesmo favoráveis ao impeachment, têm adotado uma postura de maior racionalidade
e ainda poderiam juntar-se aos que batalham pela manutenção da presidente Dilma
no cargo.
5. Ficar repetindo que "impeachment é
golpe", sem explicar concretamente as razões objetivas pelas quais a
presidente não teria cometido crime de improbidade, é chover no molhado.
No mais, esses petistas acham que, tão ou mais
importante do que manter um bote à disposição de Dilma, para que ela se salve
do impeachment, é cuidar para que o próprio PT sobreviva com alguma vitalidade
a essa espécie de tsunami político.
Do contrário, preveem os petistas
desesperançados, não se descarta que o próprio PT, em futuro próximo, vire
farelo.
Quase
literalmente.
3 comentários:
Tirando a questão da corrupção, que é atributo partidário e não exclusivo, o problema do pt é a incompetência político-administrativa. Vide governo no Pará. Política por não saber governar, afastando aliados e trazendo para o governo pessoas como o ex-ministro. Administrativa porque insistiu no modelo venezuelano de adotar programas sociais sem a respectiva fonte de recursos, torrando os disponíveis, não sabendo como lidar com o mercado e a economia, mantendo ministérios quilométricos (coincidindo com a incapacidade política). O partido, assim como acabou no Pará, acabou no país.
Mas ficar feliz com Temer e Cunha eu não fico. Jader voltará a ter " amizade" com Jatene? Os políticos estão preocupados com o Brasil? Se alguém puder me adiantar, agradeço a contribuição. E a lavajato vai seguir?
Jader não voltará com Jatene; político não se preocupa; lava jato segue.
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