Vejam só como são as coisas.
As pesquisas de boca de urna no PT são sempre surpreendentes.
Nesse aspecto, são iguaizinhas às aferições de instituto de pesquisa, que os derrotados - todos eles, independentemente de colorações partidárias - sempre abjetam.
Pois é.
Até a última sexta-feira, vários petistas sopravam ao Espaço Aberto suas convicções de que, em condições normais de temperatura e pressão, Marquinho Oliveira e Milton Zimmer disputariam o segundo nas eleições internas para escolher os novos quadros dirigentes do PT no Estado.
Em que se baseavam as previsões dos petistas?
Baseavam-se no cacife, digamos assim, de cada um dos candidatos em suas interferências em favor da tropa de militantes petistas que se encontravam inadimplentes e precisavam, por esse motivo, regularizar suas situações para poder votar.
Para quem não sabe, militantes petistas, em sua grande e esmagadora maioria, esperam o processo de eleições diretas (PED) para quitar mensalidades em atraso. E a dinheirama desse atraso todo não é pequena, meus caros. Realmente não é.
Nessas ocasiões, temos uma espécie de xepa companheira, em que centenas de inadimplentes recebem todas as facilidades do mundo para quitarem suas dívidas, habilitando-se, com isso, a votar nos candidatos que aspiraram à presidência do partido.
Pois é.
Abertas as urnas, comprovou-se que as previsões foram por águas abaixo.
É que o segundo turno, a menos que surjam novas surpresas, deverá ser disputado entre o deputado estadual Milton Zimmer e o deputado federal Zé Geraldo.
Até ontem, no início da noite, 116 das 180 urnas já estavam com os votos computados, totalizando 15.461 (89,2%) dos 29.583 votantes.
Milton Zimmer somava 4.042 votos e Zé Geraldo, 3.622. Marquinho Oliveira, membro da Diretoria Nacional do PT pelo Pará, contabilizava 3.588 e o deputado federal Cláudio Puty, 2.097 votos. Bira Rodrigues apresentou votação inexpressiva.
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