quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Advogados vão "roer uma pupunha" no TRE


Podem esperar.
Advogados com atuação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) podem se preparar para roer uma pupunha.
Aliás, roer pupunha pode denotar alguma coisa desagradável só se o cara for até o caroço, né? Porque a pupunha em si, esta é um dilícia (olhem só a da imagem), como vocês sabem
Gostos à parte, no entanto, o certo é que, até assentar-se a poeira - e ponham poeira nisso - que se alevantou a partir das boquirrotices do ex-prefeito de Marituba Antônio Armando (PSDB), fazendo acusações a esmo a membro do TRE, os advogados que militam no Tribunal enfrentarão o dissabor de não mais desfrutar de algumas, digamos assim, concessões informais.
Ou seriam cortesias?
Ou seriam regalias?
Sabe-se lá. Melhor mesmo é ficar nas concessões informais.
Uma das concessões cortadas: os dotôres - inclusive, sobretudo, essencialmente e principalmente os titulares de movimentadíssimas bancas especializadas em Direito Eleitoral - não estão mais autorizados a cirucular, lépidos e fagueiros, em algumas dependências pelas quais sempre bateram pernas, com a intimidade de quem era de casa.
Desde o início desta semana, por exemplo, um aviso, até aqui registrado manualmente, numa simples folha de papel, veda a entrada de pessoas estranhas numa área do TRE situada no mesmo andar do plenário, onde ficam os gabinetes de juízes e seus assessores.
Até vir à tona do teor das gravações que expelem calúnias contra integrantes do Tribunal, essa área era franqueadíssima aos advogados, inclusive, sobretudo e principalmente aos comandantes em chefe das movimentadíssimas bancas que bamburram com ações de natureza eleitoral.
O Tribunal pretende deixar bem claro que não pretende, nem remotamente, cercear a atuação dos advogados, mas quer estabelecer, perfeitamente, os limites - muitas vezes esmaecidos, é verdade - que demarcam onde terminam as convivências eminentemente profissionais e onde começam - ou poderão começar - convivências animadas e sustentadas por afeições, simpatias e concessões de natureza pessoal.
Eminentemente pessoal.

2 comentários:

Anônimo disse...

Isso é patético. Esta parte do predio é onde ficam os gabinetes dos juízes e seus assessores. Como se fosse aí, na fente de todos, que irregularidades acontecem. Essa medida só prejudica aos advogados que vão discutir juridicamente seus processos. Esses se preocupam em fazer memoriais e argumentar com as assessorias. Os que contam com acessos privilegiados notoriamente não o fazem no prédio do TRE.

Anônimo disse...


Como é que aconteceu o "senta e levanta" do ex-prefeito Maurino, de Marabá? A Camara cassava, o TRE reintegrava. A Câmara cassava, o TRE reintegrava num piscar de olhos. A Camara cassava, o TRE reintegrava por antecipação. O TRE proibiu a Camara de cassar o prefeito. Assim, foi todo o mandato: "Senta e Levanta". Agora o ex-prefeito está afundado em processos, que são muitos para quem não tem mais o "poder de fogo" nas mãos.