Já está a caminho do domicílio do ex-prefeito de Marituba Antônio Armando (PSDB) a interpelação judicial formulada pela Advocacia Geral da União, em nome do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), para que o dito cujo confirme ou negue acusações contidas em gravações colhidas pelo prefeito cassado de Marabá, João Salame (PSDB).
Nas gravações, que vêm sendo objeto de investigações sigilosas pela Polícia Federal, a pedido do próprio TRE, Antônio Armando, boquirroto que nem ele, dispara a esmo e faz graves, para não dizer gravíssimas acusações que envolvem membros do Tribunal. De posse das respostas do interpelado, a AGU poderá aceitá-las ou não.
Muito provavelmente, Antônio Armando vai dizer que sequer reconhece como sua a voz acusatória.
Ou então poderá dizer que ele é ele, mas que não disse nada daquilo que está perfeitamente audível, em gravações que circulam por aí.
E tem mais: os membros do TRE, sobretudo os mencionados - alguns até equivocadamente - nas gravações, poderão ingressar individualmente com ações penais por crime de calúnia contra Antônio Armando, além das reparações por danos morais contra o personagem, que assim vai acumular mais algumas ações às mais de 20 em que figura como réu, tanto na Justiça Federal como na Justiça Estadual.
E quanto a João Salame? Alguns ainda avaliam com maior profundidade se ele também cometeu algum crime no episódio das gravações.
Independentemente disso, no entanto, Salame, depois de ter ligado o gravador sem que Antônio Armando soubesse, virou aquele cara com quem os interlocutores, a partir de agora, só passarão a conversar dentro de piscinas.
Um comentário:
Meu prezado jornalista/blogueiro, por favor, responda para saciar a minha inocente curiosidade: você acredita que no TRE todos são anjos e arcanjos?
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