Olhem só.
Dilma Rousseff é candidata a presidente ou a presidenta?
É candidata a presidenta, claro.
Mas ninguém a trata assim.
Todo mundo diz que ela é candidata a presidente.
A coordenação da campanha de Dilma, segundo informa a “Folha”, vai copiar Michelle Bachelet, primeira mulher a presidir o Chile.
E passará a dizer que a petista é candidata a "presidenta".
O PT avalia que o termo feminino pode marcar um diferencial da candidatura, mas ainda é preciso ter certeza de que não causará estranheza.
Não tem esse negócio de marcar diferencial de candidatura, não.
A questão é objetiva, lógica.
Se uma mulher é candidata a um cargo de síndico e se elege, ela será síndica.
Se é exercente de um cargo de secretário, ela se torna secretária.
Se é ocupante de um cargo de diretoria, ela será diretora.
Se é ocupante de um cargo de governador, será governadora.
Por que, então, uma mulher que exerce a presidência – seja a presidência da República ou a presidência de uma associação de bairro – é presidente, e não presidenta?
E mais: o substantivo presidente é de dois gêneros.
Masculino e feminino.
Podem pegar qualquer bom dicionário e constatar.
Se passar a chamar sua candidata de “candidata a presidenta”, fará bem a coordenação da campanha de Dilma.
Muito bem.
2 comentários:
Caro PB,
Nos últimos tempos, o português foi completamente desfigurado por essa patuscada de "afirmação de gênero", que produz pérolas como o tantas vezes repetido (e mais do que ridículo) "todos e todas".
Viva a língua portuguesa, que não depende de ideologia, eleições, partidos e políticos para ser correta.
"A presidente" ou "a presidenta". As duas formas estão corretas. Portanto, não há obrigatoriedade do uso de um ou de outro.
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