No AMAZÔNIA:
Paysandu e São Raimundo enfrentam-se hoje, às 16 horas, em Santarém, em busca da classificação para a semifinal do primeiro turno do Campeonato Paraense. As missões de cada um são bem diferentes. Enquanto o Papão pode se classificar até mesmo em caso de derrota, dependendo dos resultados dos outros jogos, o Pantera precisa praticamente de um milagre. Tem que vencer e torcer para o Santa Rosa perder para o Independente e o Cametá não ganhar do Ananindeua. Não é fácil, mas o time conta com a torcida que deve comparecer em bom número ao Colosso do Tapajós.
Os donos da casa terão uma missão espinhosa pela frente quanto a vencer o Papão. Não que a equipe bicolor esteja bem, mas vem melhorando e tem um elenco qualificado. Por mais que possa ter alguns desfalques, já que os atacantes Enílton, Luciano Dias e Didi ainda são dúvidas, por outro ganha a presença importante do meia Fabrício (ver matéria na página 43), que dá mais qualidade ao meio-de-campo. Outra dúvida é quanto a presença do zagueiro Paulão, que ainda recupera-se de uma lesão.
O Paysandu voltou a ter moral com a torcida depois de bater o Potyguar-RN na quarta-feira, pela Copa do Brasil. Mesmo assim, apenas no segundo tempo. A principal missão bicolor é conseguir a segunda colocação, o que não é fácil, já que o Independente jogará em casa. Se ficar em terceiro enfrentará, provavelmente, justamente a equipe de Tucuruí. Se a classificação final for a quarta, o adversário será o Clube do Remo.
Apesar dos desfalques, a esperança da Fiel está lá na frente, no ataque. Desde antes do começo da temporada o nome do atacante Moisés vem sendo cantado em verso e prosa como a principal revelação bicolor desse ano. De fato, ele confirmou essa expectativa, mas não foi de cara. Por mais que viesse fazendo gols, ele ainda não tinha a confiança total da torcida, o que mudou na quarta-feira. Ele foi o melhor em campo diante do Potyguar-RN, fez um gol e deu o passe para outro. Durante a partida foi ovacionado pela Fiel, que cantava 'Abriu o mar vermelho e ele atravessou / Uh, é o terror, Moisés é matador'. 'Dá uma motivação a mais. Ouvir o grito da torcida é muito bom. Mas, isso vai continuar enquanto o Paysandu estiver vencendo', comemorou Moisés.
Aos poucos, não só vai caindo nas graças da Fiel como começa a ser reconhecido na rua pelos bicolores. 'Não estou famoso. Se acontecer, espero que seja algo natural. Mas, o mais importante é jogar bem e manter a cabeça no lugar. Mas, aos poucos as pessoas vão me conhecendo, falam comigo no ônibus e isso é bom'.
Aos 20 anos, Moisés demorou a emplacar justamente por usar de forma errada seu potencial. Na primeira vez que escutou totalmente o que Luís Carlos Barbieri lhe diz, ir para cima dos adversários, ele se destacou. 'Tenho que jogar assim, como o técnico quer. Essa é a minha característica. Vai ser sempre assim a partir de agora, indo para cima doa adversários', disse. 'Foi um jogo onde mostramos mais entrosamento. Agora é mostrar isso mais uma vez domingo. Todo mundo está tendo oportunidade e temos que corresponder', completou o atacante.
Mesmo com o reconhecimento da comissão técnica, da imprensa e da torcida, Moisés garante estar com os pés no chão e afirma que ainda tem muito a crescer na profissão. 'Sempre tenho que mostrar algo a mais. Sempre tenho que ajudar o Paysandu, de preferência fazendo gols. Estou aprendendo sempre algo novo com os mais experientes'.
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