No site de Parsifal Pontes, líder da bancada do PMDB na Assembléia Legislativa do Estado, sob o título acima:
Depois da movimentação de aeronaves e do manejo do ProJovem, a Casa Civil do governo acaba de perder a prerrogativa de nomear e exonerar os ocupantes de cargos em comissão e DAS.
Esta subtração foi perpetrada hoje através do Decreto n° 2.130, lavrado pela governadora Ana Júlia, que transplantou a competência para a SEGOV.
O PT ameniza a gravidade do esvaziamento da Casa Civil, cujo titular será, a partir de 1º de março, Everaldo Martins, afirmando que é para deixar o chefe de gabinete livre para praticar a articulação política.
Puro miolo de pote: o chefe de gabinete precisa ter poder para bem articular.
Ter poder é ter prerrogativas e competências acima de quaisquer outras na administração, abaixo apenas do poder maior, que é a própria governadora, como era o caso de Claudio Puty.
Se o chefe de gabinete não tem prerrogativas de poder ele não poderá exercer a contento a articulação política, pois se reza de alma salvasse defunto não haveria cemitério prenhe de covas cheias.
Assim age este governo: nomeia, mas tira as prerrogativas; fornece o emprego mas não cede o espaço.
Este foi o tratamento que recebeu o PMDB: nomeamos secretários, mas cercaram-nos de leões de chácara, que rugiam ferozes a qualquer movimento que ousasse ultrapassar os ínfimos limites do bureau que lhes foi concedido.
Este governo não tem salvação. Tentar retirá-lo da areia movediça em que se lambuzou, é residir no mesmo limbo que morou o PMDB, e que agora está sendo oferecido ao próprio PT.
O grupo ao qual pertence o futuro chefe do gabinete civil esvaziado, não deveria aceitar esta barganha.
Alguém no PT deveria ajudar o PT a salvar-se de si mesmo: o grupelho da DS, que tomou o Palácio dos Despachos de assalto, montado nas costas do PMDB e demais siglas que lhe serviram de arrego, toca fogo no Pará.
O PMDB dá pinotes para tirar esta coisa dos ombros. As outras agremiações, inclusive o próprio PT se deveriam redimir do pecado, tangendo a inapetência que se alojou no governo do Pará.
O Pará não merece isto. Diante desta tempestade, qualquer outro arrego de vento será considerado bonança.
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