O Remo está de volta à Série B.
Aí está uma frase de apenas 23 letras, com sujeito, verbo e predicado.
Mas nós, remistas, esperamos 13 anos para proclamarmos isso, de forma altissonante, com muito orgulho.
Esperamos 4.745 dias para lavrarmos esta sentença gloriosa - O Remo está de volta à Série B - de apenas 23 letras.
Esperamos, sim.
Mas não esperamos inertes.
Nem tampouco passivos.
Nunca esperamos rendidos à crença de que o acaso, apenas o acaso, tiraria o Remo do ocaso para alçá-lo de volta à Série B.
Não.
A torcida remista esperou lutando, a cada dia, com o próprio time.
Esperou brigando - muitas vezes de forma exagerada - com o próprio time.
Esperou sabendo renovar suas energias, mesmo após cada revés.
Esperou ajudando o clube a superar-se financeiramente.
Esperou mobilizando-se por várias causas que se mostraram necessárias para manter o Remo grande e vivo, apesar de constrangido por participar de divisões inferiores, inclusive a Série D.
Esperou sendo a grande responsável pela reforma do Baenão, que neste ano deve estar completamente apto a sediar partidas, inclusive pela Série B.
Enfim, a torcida remista esperou com a certeza de que este dia - o dia de o Remo voltar à Série B - chegaria.
E chegou neste domingo (10), com a vitória sobre o rival por 1 a 0 (a terceira vitória remista nos quatro últimos jogos entre os dois, não esqueçam), no Mangueirão. Com o empate do Londrina-PR com o Ypiranga-RS, o Leão subiu com uma rodada de antecipação.
E aí?
E aí que despeitados, seja por despeito, seja por ignorância, seja pela simples obsessão de não reconhecer méritos dos adversários, permitem-se o despeito de debochar desse momento glorioso do Remo, atribundo a explosão de alegria dos remistas a um jejum de 13 anos de Série B.
Mas é claro, meus caros.
É justamente a espera - não uma espera passiva, devo repetir - que apimenta, que tempera, que dá mais sabor a este momento tão prazeroso.
Agora, é olhar para um futuro que está logo ali, bem à porta.
E o futuro exige, de imediato, que se faça um planejamento realista, responsável e inteligente, com base nas receitas que o Remo passará a auferir ao disputar a Série B. Pelo que já demonstrou, a gestão do presidente Fábio Bentes dispõe de todas as condições para seguir administrando o clube com responsabilidade.
O futuro exige, de imediato, que o Remo monte uma equipe competitiva, mas de padrões salariais compatíveis com o novo perfil financeiro que o clube passará a assumir.
O futuro exige, de imediato, que se comece a pensar num centro de treinamento.
No mais, é continuar acreditando num fato que nem os despeitados conseguirão negar, ainda que tentem: o Remo será sempre grande, até mesmo nos momentos em que muitos o imaginam pequeno, quase desaparecido, praticamente imperceptível.
Por isso, o Remo é glorioso.
Sempre será glorioso.
Um comentário:
Remismo é puro sentimento. Somos um clube e não apenas um time... Presenciei, várias vezes, times com série, apanhar , e muito, do singelo porém imenso Clube do Remo.
Carregamos este clube onde estivermos e por onde ele for e estiver. Isto é transcendental. Tem gente que não entende. E é despeitada por isto.
Ave Filho da Glória e do Triunfo,,,,
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