quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Uber debita antes e cancela corrida depois


Acontece o seguinte.
A Uber, que começou a operar há cerca de duas semanas em Belém, mantém a sete chaves - se não for a 70 - a quantidade de carros do serviço que estão rodando na cidade.
Mas parece que são poucos. E porque são poucos, os clientes começam a ficar insatisfeitos.
Ontem, por volta das 12h15, este repórter acionou um Uber e, seguindo o procedimento normal, pagou a corrida no cartão.
Em poucos - para não dizer pouquíssimos - segundos, chegou a mensagem informando que o pagamento foi debitado.
Pouquíssimos segundos em seguida, uma outra mensagem informava que a corrida não poderia ser feita porque, naquele momento, não havia carros disponíveis.
Mas, normalmente, a confirmação do débito só é feita em torno de cinco minutos, permitindo ao cliente um tempo para desistir. Só que, repita-se, a Uber confirmou o pagamento em poucos segundos, antes de informar que a corrida não poderia ser feita.
E aí?
E aí que, nesses casos, deverá ser feito o estorno.
A Uber fará isso?
Sabe-se lá.
Mas é certo que numa cidade como Belém, com 5.700 táxis rodando, não dispor a Uber de carros suficiente para atender à demanda em horário de pico poder ser indício de que o serviço está com poucos carros na cidade.
Aliás, uma informação: a corrida que o repórter faria ontem custa em torno de R$ 14,00 num táxi comum; no Uber, sai em torno de R$ 7,00.
"Eles não aguentam. Não há como suportar um preço desses, estando o motorista da Uber obrigado a pagar pelo menos 25% para a empresa", disse o taxista que acabou conduzindo o repórter para o destino pretendido.
Pode-se dizer que ele, o taxista, está torcendo contra a Uber. Mas o certo é que a redução de preço é estrondosa.
A Uber vai aguentar numa cidade como Belém?

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