Hehe.
Sabem o projeto anticorrupção, aquele do MPF,
que a Câmara desfigurou completamente, foi para o Senado e agora voltou à
Câmara, em obediência a uma decisão provisória do ministro Luiz Fux, do
Supremo?
Pois é.
Já era.
O projeto anticorrupção, aquele do MPF, que teve
a adesão de mais de 2 milhões de pessoas, já era.
A jornalista Andréia Sadi informou em seu blog
que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu simplesmente enviar
o pacote anticorrupção à Secretaria-Geral da Mesa para checar as assinaturas de
apoio ao projeto. Em seguida, o texto será remetido à Comissão de Constituição
e Justiça (CCJ), responsável pela validação das assinaturas.
Mamããããããããeeeeeeeeee!
Isso nunca vai acabar.
Isso nunca vai acabar.
Aliás, lembrem-se que em outubro do ano passado,
em entrevista
à "Folha", Gilmar Mendes respondeu assim, quando perguntado
se achava que as 2,2 milhões de pessoas que assinaram a proposta das dez
medidas contra a corrupção realmente leram e entenderam cada uma delas:
Claro
que não. E vocês em São Paulo já nos ensinaram que não é tão difícil obter uma
massa de assinaturas, desde que se conte com um sindicato competente como o dos
camelôs.
Depois, no início de dezembro, Mendes esteve num debate no Senado, presente o juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava Lato. Lá pelas tantas, Gilmar Mendes disse assim (confiram na imagem, à altura de 8m20s):
Hoje
eu frequento muito São Paulo e aprendi que quem contrata o sindicato dos
camelôs em uma semana consegue 300 mil assinaturas. Portanto, não vamos
canonizar projeto de iniciativa popular.
E disse também isso (confiram na imagem, à
altura do tempo 20m20s):
Será
que as pessoas que lá no Viaduto do Chá assinaram esses documentos tinham
consciência disso [conhecimento sobre o projeto]?Claro que não. Portanto, não
venham com o argumento de chancela de 2 milhões de pessoas, porque eu duvido
que esses 2 milhões de pessoas tivessem consciência disso.
Resumo da ópera: se Gilmar Mendes estiver certo
- tomara que não esteja -, aí mesmo que já era o projeto anticorrupção.
Pior para o Brasil.
Melhor
para a corrupção (toc, toc, toc).
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