Leitores do Espaço
Aberto, e não são poucos, reclamam frequentemente da interrupção no
fornecimento de água nos bairros onde residem, em Belém e sua região
metropolitana.
As rotineiras faltas d'água representam um caso
sem solução. Porque, convenhamos, a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa),
na prática, não existe mais. O que existe é um arremedo de empresa escalada
para prestar um serviço essencial que, no final das contas, não é prestado
porque o sucateamento se sobrepõe a qualquer esforço e a qualquer boa intenção.
A inadimplência da Cosanpa, ultrapassa os
inacreditáveis 50%, segundo afirmam fontes bem informadas ao blog. Por isso é
que a empresa foi incluída no de concessões em saneamento do governo federal,
capitaneado pelo BNDES, que deve ter a sua primeira onda de licitações ainda
neste semestre.
Na Cosanpa, continuam os estudos técnicos que
pretendem definir a modelagem mais adequada para que a empresa sejam mandada ao
pregão. O BNDES já publicou aviso de licitação em sua página na internet para
os primeiros seis editais, referentes a Companhia Pernambucana de Saneamento
(Compesa), Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), Companhia de Saneamento
Ambiental do Maranhão (Caema), Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa),
Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) e Companhia de Saneamento de Alagoas
(Casal).
Aliás, no Rio o projejeto de lei que autoriza a
privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) foi aprovado
nesta segunda-feira (20), pelo plenário da Assembleia Legislativa (Alerj).
O texto aprovado permite a venda da empresa como
forma de viabilizar um empréstimo para o estado de R$ 3,5 bilhões da União. A
venda é tratada pelo governo do RJ como prioritária para conseguir resolver a
crise financeira que afeta o estado e tem comprometido o pagamento dos
servidores e de fornecedores.
A venda da companhia é uma das condições do
Plano de Recuperação Fiscal, segundo acordo firmado em janeiro com a União, que
prevê a suspensão do pagamento da dívida do estado com o Governo Federal.
Segundo o executivo estadual, as medidas do plano trarão um alívio de R$ 62
bilhões em três anos.
É assim.
Esse também será o destino da Cosanpa.
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