No AMAZÔNIA:
Sete mortos, entre os quais três crianças, 96 sobreviventes e seis desaparecidos. Os números ainda podem mudar, mas este é o saldo confirmado na noite de ontem pelo Comando do Corpo de Bombeiros Militar do Pará do naufrágio com o Barco Motor Almirante Barroso. No entanto, apenas 94 nomes de sobreviventes foram divulgados até o fechamento desta edição.
A embarcação saiu de Monte Dourado às 10 horas de segunda-feira, 21, bateu num banco de areia às 21h30 e tombou no rio Amazonas próximo à localidade de Sapucaia, bem em frente à ilha de Meratuba, em trecho que fica entre os municípios de Prainha e Monte Alegre, na região do Oeste do Pará. O destino final era Santarém.
O barco, considerado de médio porte, tinha como lotação 100 passageiros e 6 tripulantes. Mas já há indícios de superlotação, uma vez que a soma de mortos, sobreviventes e desaparecidos dá o total de 119 pessoas, 13 a mais do que o permitido pela Capitania dos Portos. O Corpo de Bombeiros ainda deve confirmar, hoje, se o número de desaparecidos é mesmo seis ou pode subir para 10, pois há casos de sobreviventes que foram procurar parentes e não voltaram para confirmar.
Entre os mortos, três pessoas de uma mesma família - o marido, a mulher e a filha, uma criança de apenas três anos. A família da tragédia era formada por Eronildo João das Chagas (entre 30 a 40 anos), Neuzilene Tavares de Oliveira (20 anos) e a pequena Jenifer Oliveira Chagas. As outras vítimas foram: Rosana da Silva Batista, 22 anos; Jenifer Pires Manfrini, 7 anos; Felipe Silva dos Santos, de apenas um ano e seis meses, e Francileuda Souza Ferreira, 40 anos, o último corpo a ser encontrado, já no início da noite de ontem.
Os corpos de Neuzilene, Eronildo, Jenifer Chagas, Fracileuda e Rosana foram encaminhados para Santarém para perícia e sepultamento. O corpo do bebê Felipe foi levado para Monte Alegre e o de Jenifer Manfrini seguiu para Prainha.
As buscas foram encerradas no final da noite de terça-feira, 22. O local do naufrágio fica a 3 horas de barco de Monte Alegre ou a 1h30 de lancha.
Dos seis desaparecidos, quatro são tripulantes da embarcação. O próprio comandante do barco, Raimundo Duarte Maciel, relacionou que estava faltando na sua equipe o mestre de máquinas, o auxiliar de máquinas, o gerente da embarcação e uma mulher, que fazia parte da tripulação e atuava como cozinheira.
Também foi listado um trabalhador da estiva, que atuava na carga e descarga do 'Almirante Barroso'. Segundo o delegado Eduardo Nascimento Silva, que preside o inquérito em Monte Alegre, o comandante se apresentou na delegacia e estava à disposição da Polícia Civil.
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