No AMAZÔNIA:
O Mangueirão é, ao mesmo tempo, um trunfo de Belém sobre Manaus e uma desvantagem da capital paraense em comparação à amazonense. O governo do Pará investiu R$ 400 mil no projeto de reforma do estádio, que inclui a construção de uma cidade esportiva no entorno da praça.
Mesmo assim, não erguerá um estádio novo, como planeja o governador Eduardo Braga, do Amazonas. O Vivaldão seria demolido para a construção de um novo 'Colosso do Norte', como é chamado em Manaus, arquitetonicamente mais moderno e de acordo com a proposta ecologicamente correta da campanha amazonense.
'Transformar um estádio não é o mesmo que construir um novo, mais moderno', reconhece o arquiteto Alcyr Meira, autor dos projetos de construção e reforma do Mangueirão.
Por outro lado, o novo Vivaldo Lima não sairia por menos de R$ 550 milhões, quantia vultosa diante da falta de apoio do governo federal. O presidente Lula alertou, ano passado, que nenhum estádio brasileiro receberá dinheiro público.
'Não vamos colocar nenhum centavo na construção de estádios de futebol', avisou o chefe de estado, depois de anunciar que colocará o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a serviço do Mundial, mas só dos programas de infraestrutura.
Outro ponto negativo de Manaus é a falta de público. O novo Vivaldão correria sérios riscos de tornar-se um 'elefante branco', pois o futebol amazonense levaria anos para compensar os investimentos feitos para erguer uma nova praça esportiva.
No Pará, o futebol bate constantes recordes de público, tanto em campeonatos regionais quanto em competições nacionais. E, desde 2002, o Grand Prix de Atletismo também leva, no mínimo, 30 mil pessoas ao Mangueirão.
Mas, de fato, a construção de novos estádios não é um obstáculo tão grande. Para a Copa de 2010, na África do Sul, foram construídos cinco novas praças esportivas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário