Mais de 15 oficiais ouvidos pelo Espaço Aberto, garantem que a perseguição fica explícita e configurada, por exemplo, no sistema de promoções, que são definidas pela Comissão de Promoção de Oficiais (CPO).
Os oficiais insatisfeitos informam que as notas da CPO são alteradas e, a cada promoção, vários militares ficam mais distantes de uma promoção, muito embora atendam a incontestáveis requisitos objetivos que lhes permitiriam ascender na carreira.
"Acaba que oficiais sem cursos, e muitas vezes respondendo a processos que desabonam a promoção, são promovidos, em detrimento dos que, além de somarem mais pontos, têm a ficha funcional irrepreensível. Tudo porque a CPO deveria se orientar por critérios claros e tangíveis, mas na prática o único critério é o apadrinhamento, salvo exceções. Assim, a carga de subjetivismo é muito forte, e terminam passando por cima de princípios administrativos como o da legalidade, promovendo oficiais quando deveriam primeiro aguardar o julgamento de seus processos, ou justificar a promoção, obedecendo também ao princípio da moralidade, o que não ocorre na prática. Em verdade, alguns oficiais são perseguidos e punidos com a não promoção e outros, sem os mesmos méritos, são promovidos sem dificuldades", explicou ao blog um militar da PM.
Outro PM reforça que que vários oficiais com prisoes na folha disciplinar ficaram na frente de outros que nunca tiveram uma sequer falha administrativa. "E, além disso, tem gente que numa promoção fica la atrás, mas depois procura um padrinho e já na outra sai promovido e que nao tem fica marcando passo", acrescenta o militar.
2 comentários:
Gozado! Esses mesmos oficiais que estão reclamando de perseguição perseguiram vários colegas nas gestões tucanas! O perseguidor de ontem agora é o perseguido de hoje! Eu hein!
Normal nos quarteis, seja da PM, do Exército, Marinha, Aeronáutica...
Quando sobe um chefe, no caso o comandante, sobe a turma maus chegada.
A toda época de promoção tem esse mi-mi-mi.
Nada de anormal.
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