terça-feira, 29 de setembro de 2020

PF efetua prisões em operação que investiga fraudes superiores a R$ 600 milhões na construção de hospitais de campanha no Pará





A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União estão cumprindo, na manhã desta terça-feira (29), 12 mandados de prisão temporária e  41 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para investigar supostas fraudes na construção de hospitais de companha e desvio de recursos públicos para o combate à pandemia do coronavírus Covid-19.

Além de Belém, a polícia está em diligências em Capanema, Salinópolis, Peixe-Boi e Benevides. O volume de recursos empregados no procedimentos fraudulentos superam os R$ 600 milhões. Segundo a PF, os investigados são empresários, o operador financeiro do grupo e integrantes da cúpula do governo do Pará, além do próprio governador Helder Barbalho (MDB).

Os crimes investigados são fraude em licitações, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas previstas superior a 60 anos de reclusão. Entre os mandados de busca e apreensão, um deles foi cumprido no gabinete do governador Helder Barbalho, conforme mostra uma das fotos acima, distribuídas pela Polícia Federal.

A Operação SOS, como a PF a denomina é um desdobramento da Para Bellum, ocorrida em junho, que desvendou irregularidades na compra de respiradores imprestáveis pelo governo do Pará. De acordo com informações da Polícia Federal, participam das diligências 218 agentes, 14 auditores da CGU e 520 policiais civis.

Até agora, já estão confirmadas as prisões do secretário de Desenvolvimento Econômico,  Mineração e Energia, Parsifal Pontes, que anteriormente ocupava o cargo de chefe da Casa Civil do governo Helder Barbalho, e de Antônio de Pádua Andrade, secretário de Transportes, além de Leonardo Maia Nascimento, assessor especial do governador.

O ministro Francisco Falcão também mandou prender Peter Cassol de Oliveira (na casa de quem a Para Bellum encontrou R$ 750 mil em espécie dentro de um cooler), Nicolas Andre Tsontakis Morais (que também usava o nome falso de Nicholas André Silva Freire), Cleudson Garcia Montali, Regis Soares Pauletti, Adriano Fraga Troian, Gilberto Torres Alves Júnior, Raphael Valle Coca Moralis, Edson Araújo Rodrigues e Valdecir Lutz.

2 comentários:

kenneth fleming disse...

Alguém aí sabe me dizer se o Diário do Pará está fechado devido à pandemia?

Anônimo disse...

Muito triste o que acontece com Nosso Pará. Estado rico de um povo pobre e população vilipendiada. E o pior, a Justiça tinha como abortar situações já no nascedouro com o afastamento de candidatos envolvidos em ilícitos . O TRE falha, o MP não avança e a Alepa fica omissa.