Sabem o cara alto, enorme, com aparência de imbatível – e, de fato, quase imbatível -, que usa uma potência ínfima, mas mesmo assim letal, de seus poderes para exibir-se perante um inimigo?
Esse é os Estados Unidos, no confronto com o
Irã.
Sabem o cara que, alvo de uma potência ínfima,
mas mesmo assim letal, dos poderes de um contendor quase imbatível, tenta “vingar-se”
de alguma forma após ser agredido, nem que seja aplicando um chutezinho na
canela do outro e batendo logo em retirada, porque se deu por “vingado”?
Esse é o Irã, no confronto com os Estados
Unidos.
Os Estados Unidos usaram uma potência ínfima,
mas mesmo assim letal, de seus poderes e mataram o general Qassem Soleimani, o
segundo homem mais poderoso na estrutura de poder do Irã.
Como “vingança”, o Irã trombeteou que faria jorrar
sangue entre os inimigos. Atacou duas bases americanas no Iraque, causou apenas
danos físicos e bateu em retirada dizendo-se “vingado”.
Há pouco, Trump fez um pronunciamento dizendo
que, por enquanto, são elas por elas: os Estados Unidos mataram Soleimani e,
como retaliação, o Irã disparou 12 mísseis em duas instalações americanas, sem causar
sequer um arranhão em centenas de militares.
Diante das expectativas tenebrosas de uma escalada
bélica de consequências imprevisíveis na região do Oriente Médio, a contenção
de Trump, evitando retaliar a retaliação, é uma notícia tranquilizadora?
Sem dúvida que é.
Mas ninguém se iluda muito, porque a situação
continua extremamente tensa.
Continua no fio da navalha.
Porque temos xiitas dos dois lados.
De um lado, os que são comandados pelo regime
iraniano.
Do outro, os trumpistas,
com Trump, é claro, à frente.
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