Socoooorrooooooooooo!
Mil vezes: socoooorrooooooooooo!
Este país, gente, está fora de esquadro.
Completamente fora.
Quando vocês quiserem conhecer um país em que 2 + 2
são cinco, ou 55, corram para o Brasil.
Quando vocês quiserem conhecer um país em que um
tagarela se diz revoltado com a falação
de outro tagarela, corram para o Brasil.
Neste Brasil fora de esquadro, temos o
magistrado mais falador, mais palrador, mais palpiteiro, mais tagarela, mais
verborrágico, mais opinioso e opiniático do mundo.
Chama-se Gilmar Mendes, ministro do augusto
Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele é um juiz que não fala apenas dentro autos.
Ele fala dentro dos autos, pelo lado dos autos,
por cima dos autos, por baixo dos autos, por fora dos autos – em todo lugar, a todo minuto, a qualquer
hora.
E fala muito, muito, muito, muitíssimo.
Gilmar Mendes é praticamente um caso clínico de
logorreico, assim compreendido aquele que sofre de logorreia, aquela
disfunção, como diríamos, em que a pessoa é presa de incontinência verbal e fala
aos borbotões, pelos cotovelos.
Pois é.
Mas vejam o que Gilmar Mendes diz, nesta
matéria publicada no G1, referindo-se à procuradora-geral da República,
Raquel Dodge:
"Sou
amigo dela, mas por que não faz nada com os procuradores que ficam falando? Por
que não suspende os procuradores? Eles palpitam sobre tudo."
Vejam, agora, o que Mendes, o logorreico, diz na
mesma matéria sobre seu colega o ministro Luís Roberto Barroso:
"O
Barroso que não sabe o que é alvará de soltura, fala pelos cotovelos. Antecipa
julgamento. Fala da malinha rodinha. Precisaria suspender a própria língua.”
Socoooorrooooooooooo!
Mil vezes: socoooorrooooooooooo!
Neste país, um logorreico se diz incomodado
porque há gente que, segundo ele, estaria falando pelos cotovelos e dando
palpites sobre tudo.
Ah, sim.
A propósito da logorreia de Gilmar Mendes, o
ministro Luís Roberto Barroso disse o seguinte:
Jamais antecipei julgamento. Nem falo sobre
política. Eu vivo para o bem e para aprimorar as instituições. Sou um juiz
independente, que quer ajudar a construir um país melhor e maior. Acho que o
Direito deve ser igual para ricos e para pobres, e não é feito para proteger
amigos e perseguir inimigos. Não frequento palácios, não troco mensagens
amistosas com réus e não vivo para ofender as pessoas.
Toma-te!
2 comentários:
Quem dera que no Judiciário ele fosse o único!
Juizes em greve, podem passar uns tres anos...Não farão falta.
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