sexta-feira, 7 de abril de 2017

Essa não foi “a primeira vez” de José Mayer. Foi?


Duas coisas assustam particularmente o repórter nesse episódio chocante em que o ator José Mayer assediou sexualmente uma figurinista.
Primeiro, a suposição, que em verdade está mais para uma certeza, de que essa criança nada inocente deve ter uma longa - para não dizer longuíssima - trajetória nessa prática.
Segundo, um detalhe do depoimento da figurinista Susllem Tonani: a conduta de duas mulheres, que simplesmente riram, achando normal, banal e, quem sabe, até engraçado quando testemunharam o momento mais agressivo do ator, ao tocar nas partes íntimas da moça.
Talvez a conduta dessas duas mulheres - de tolerância, quase indiferença diante do fato - seja um dos fatores que nos conduz à certeza de que Mayer fez a mesma coisa com outras mulheres, várias outras vezes, e nunca pegou nada com ele porque preponderou sempre a tolerância diante de um ato repulsivo.
Que coisa!
Já que Mayer fez divulgar uma carta em que derrama lágrimas de arrependimento pelo que fez, por que não expurga de vez suas culpas confessando desde quando age assim, ora estimulado pelo temor reverencial que muitas deveriam ter por ele, galã de primeira linha da Globo, ora acobertado pela tolerância e pela banalidade com que muitos se portam diante desse tipo de comportamento?

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