Vejam só.
Tanto já disse este blog que grevsistas que tumultuam o trânsito em suas manifestações - legítimas, sem dúvida - viram um caso de polícia.
E quando polícia faz greve, também o trânsito fica um caos. E a greve de policiais, nesse aspecto, também vira caso de polícia.
Ontem, virou.
Com a concentração de grevistas diante do CIG, na avenida Nazaré, o trânsito no bairro inteirinho ficou um fuzuê, com reflexos em outras áreas da cidade.
O poster gastou 30 minutos para fazer um percurso de apenas 3 quilômetros. Se fosse a pé, sem pressa alguma, gastaria apenas 15 minutos.
Um leitor aqui do blog gastou 40 minutos - 40, contados de relógios - para ir da Mundurucus com a Benjamin até a Pedreira.
Aliás, esse mesmo leitor, justamente indignado, como trocentos mil ficaram ontem, chamou atenção para detalhe nada desprezível, mas pouco lembrado durante esses atravancamentos que ocorrem no trânsito em Belém, sobretudo nessas interrupções de ruas provocadas por manifestantes, sejam quem forem.
O detalhe é o seguinte: esses congestionamentos, além de representarem um enorme desperdício de combustível consumido por veículos movimentando-se a velocidades de cágado (sem acento também serve), aumentam a poluição e forram os cofres dos donos de postos.
O leitor apresentou o seu próprio exemplo.
O carro dele, na estrada, faz 12 quilômetros por litro.
Num dia de domingo, em Belém, com trânsito maneiro, faz uns seis, sete.
No dias normais, com trânsito sempre caótico, chega a fazer apenas e tão somente de 2,5 a 3.
Isso é um absurdo.
Belém está parando.
E com grevistas - sejam quem forem - atravancando o trânsito, aí é que para tudo mesmo.
Putz!