De um Anônimo, sobre a postagem A luta do Estado do Tapajós é legítima:
A luta é legítima, mas infundada.
Todas as terras do Tapajós se encontram federalizadas - são reservas florestais, indigenas, áreas do Incra, etc. - e não cabe nenhuma culpa disso ao governo estadual com sede em Belém.
O Estado do Pará só controla 20% (vinte por cento) de seu próprio território. Em resumo, a União é responsável, em larga medida, pelos infortúnios do Pará, inclusive pelo estímulo à imigração de forâneos para ocupar a Transamazônica sob o lema "Ocupar para não Entregar" na época da ditadura militar.
Os paraenses, ou paraoras, como queiram, tem, sim, o direito de lutar contra o esfacelamento de seu território e, uma vez vencida a luta, pedir que a União lhe restitua todo o território, discutindo com todas as regiões como desenvolver melhor o Pará.
Parece-me que os separatistas, desde o início, trabalharam com a hipótese de votarem sozinhos no plebiscito. Mas a lei e o TSE dizem outra coisa, daí a irritação que se vê em alguns comentários postados. Na minha opinião, toda a Federação deveria votar, pois a criação de novos Estados repercute claramente no equilibrio do pacto federativo - que vai dizer o contrário?
Dizer que os paraoras são egoístas é, com todo o respeito, um argumento fraco, afinal, muita coisa está em jogo, sobretudo o destino econômico de cada suregião do Pará.
Se for por isso, os sesparatistas de Carajás são campeões do egoísmo porque querem as reservas de minérios só para si - e com apenas 1.6 milhão de habitantes, excluindo, por conseguinte, os 4,6 milhões do Pará remanescente. É justo isto?
12 comentários:
O Estado do Tapajós, uma luta de mais de 150 anos.
Os antecedentes do movimento de emancipação de Tapajós são antigos, a ideia da criação desta nova Unidade Federativa partiu do governo central há mais de 150 anos, datam do início do século XIX, aproximadamente 1923.
No Oeste o desejo emancipacionista tem raízes históricas que vêm desde a metade do século XIX, quando Dom Pedro II assinou, em 1850, o decreto de criação da Província do Rio Negro, mais tarde Província e estado do Amazonas, depois que as elites daquela unidade intentaram, sem êxito, a separação por conta própria, em 1832.
Após a perda territorial de sua imensa banda oeste, as elites paraenses permaneceram inconformadas, e os atritos foram frequentes entre as duas unidades. Surgiu, então, a ideia de se criar uma terceira província, que viria, naquele momento, arrefecer os ânimos das elites locais. Em 1869, foram intensos os debates no Parlamento Imperial sobre a necessidade de transformar o Baixo Amazonas paraense (hoje chamado de Oeste do Pará) em uma província autônoma. Em 1832, o Grão-Pará tinha três comarcas: Belém, Santarém e Manaus. Santarém adquiria, assim, status jurídico e administrativo semelhante ao das outras duas cidades, alimentando o sonho da autonomia que jamais veio a se realizar. A redivisão territorial voltou a ser discutida novamente, para resolver as diferenças de limites entre as duas províncias, nos anos de 1869 e 1877.
Após a instalação da República, foram feitas várias propostas de reordenamento territorial do Brasil e todas, sempre evidenciado a Amazônia e citando o Tapajós, seja como província ou como um futuro estado.
Entre os anos de 1933 e 1980, foi proposta a redivisão territorial da Amazônia, incluindo o estado do Pará, apontada como alternativa de desenvolvimento social a criação do estado do Tapajós. Nomes como os de Segadas Viana, Juarez Távora e Ronan Liberal (Prefeito de Santarém), propuseram a criação do estado.
Em 1984, ocorreu uma importante reunião no antigo Hotel Tropical, em Santarém que consolidou um novo momento de luta pelo plebiscito do estado do Tapajós. Por pouco não criou-se o Estado do Tapajós, na Assembleia Constituinte de 1988. Embora não tenham consolidado a criação do Estado, fundou-se a Frente Popular pelo estado do Tapajós, tendo coletado mais de 17 mil assinaturas, em pouco mais de 15 dias úteis, tendo dado entrada no Congresso Revisor, de uma emenda popular, protocolada sob o número 12.977-7, que hoje, junto com o relatório 01/90, respaldam o projeto do Senador Mozarildo Cavalcanti, de 1993.
Em 1995 um relatório da Comissão de Estudos Territoriais da Assembleia Legislativa do estado do Pará, deu viabilidade à criação do estado do Tapajós, então uma ação político-popular , entrou no Senado Federal com o Projeto de Decreto Legislativo de Consulta Plebiscitária sobre a criação do estado do Tapajós, em 1999.
O Estado do Tapajós é viável.
De acordo com estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) (orgão responsável por estudos sócio-econônmicos), sobre a viabilidade do novo estado, o custo econômico total da nova unidade federativa seria de R$ 832 milhões anuais [carece de fontes]. Há ainda, estudos de orgãos como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontam que a região teria um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 9.173 bilhões, superior a dos estados do Acre, Amapá e Roraima.
O Estado do Tapajós faz parte do plano de desenvolvimento da Amazônia.
A criação do Estado do Tapajós sempre foi um ponto central da pauta de reorganização territorial e administrativa da imensidade amazônica.
Fruto da revolta de sua ocupação predatória, e com a “ausência do Estado” na região amazônica, a idéia do Estado do Tapajós é um projeto antigo, que tem percorrido toda a história da nossa região amazônica.
Uma região riquíssima e de tamanho continental, que abriga numerosos povos indígenas, comunidades tradicionais,
Com a pobreza e a falta de desenvolvimento persistindo para a maioria da população.
Por isso, a presença do Estado, ainda que seja como agente regulador, torna-se imprescindível. Ainda mais no Pará, que mesmo detentor da maior economia da Amazônia, é o Estado com os piores índices de desmatamento e de desenvolvimento humano da região norte. Mais uma vez, comprovando a “ingovernabilidade” do seu enorme território, o que torna imprescindível a necessidade de sua redivisão territorial, com a criação de duas novas unidades federativas (Tapajós e Carajás).
O TAPAJÓS QUE QUEREMOS
No Tapajós, o movimento de emancipação nasceu e cresceu sob três grandes pressupostos básicos:
O isolamento geográfico; O abandono político; e as vantagens econômicas da emancipação, elementos esses, que sempre fizeram parte da retórica emancipacionista de diferentes gerações.
Se a “ausência do Estado” foi o motor do anseio popular para um novo Estado, precisamos agora do combustível que fortaleça a perspectiva de sua criação, acrescentando mais elementos ao nosso projeto político.
Em primeiro lugar reafirmando a Identidade Comum de nossa população com seu território, que hoje representa um conjunto de 27 municípios, unidos pelo mesmo perfil, social, econômico e ambiental. Uma identidade social e cultural construída historicamente, que solidifica e unifica a região.
Em segundo lugar, prezando para a Sustentabilidade Socioambiental da grande região oeste do Pará, uma das últimas fronteiras verdes, com uma significativa população nativa, mestiça e oriunda dos processos de colonização da região.
Uma sustentabilidade associada aos valores humanos, capaz de trilhar um novo modelo de desenvolvimento; ambientalmente sustentável no uso dos recursos naturais, na preservação da biodiversidade; socialmente justo na distribuição das riquezas e na redução da pobreza e das desigualdades sociais; que preserve valores, tradições, e as práticas culturais regionais.
Um novo Estado, que deverá se basear nos princípios da democracia e da participação, acima dos interesses oligárquicos e de grupos políticos que historicamente vem dominando a política e o poder no Pará.
Um estado descentralizado, que não reproduza os vícios que tomaram o Pará e sua capital Belém, o centro monopolizador dos recursos públicos. Um Estado que deverá ser a negação de todos os malefícios e práticas políticas que historicamente foram os percalços para que o Tapajós não se desenvolvesse e o povo não fosse feliz.
Queremos um Estado do povo para o povo, representativo de toda a população do Oeste do Pará, nas suas diversas formas de organização cultural e composição demográfica. Um Estado presente, atuante, indutor de políticas que promovam a justiça e a equidade, em oposição a ausência do Estado na região.
Um projeto de Estado com dimensões menores, com a responsabilidade de formar novas lideranças para administrá-lo, sem o qual não superaremos o jogo de dominação que persiste nas regiões do Brasil e da Amazônia em particular.
Enfim, temos o desafio de lutar pelo Estado do Tapajós sedimentado em valores modernos de democracia e sustentabilidade social, ambiental, econômica e cultural, que prisma pela “sustentabilidade” e não por um “crescimento” a qualquer custo. Um projeto de reorganização territorial que sempre esteve no imaginário de toda a população do Oeste do Pará.
O Estado do Tapajós trará equilíbrio igualitário a Amazônia.
Haverá melhor distribuição de renda na região na região do baixo amazonas.
Se o Estado do Tapajós não tivesse futuro, as elites de Belém não estaria brigando por ele.
Para Belém, o Estado do Tapajós é só uma colônia.
Basta ,
O Estado do Tapajós terá um futuro brilhante e vai ser mais uma estrela na bandeira de nosso país.
A luta é legítima e fundada. A União nunca vai investir lá, a não ser que seja obrigada. E para obrigá-la, só a divisão. Agora, esse argumento de que o Pará não é responsável pelo infortúnio é tremendo papo furadíssimo. Muda a capital prá lá e não precisa dividir. Topas? Duvido.
O Estado do Tapajós será mais uma estrela em nossa bandeira.
Qualquer pessoa em sã consciência sabe que o Estado do Pará precisa ser dividido ao meio para ser melhor administrado.
Se o Estado do Tapajós tem muitas terras federalizada, é um problema nosso, o Estado do Tapajós é nosso. por isso peço ao belenense que nós deixe em paz e nos permita a emancipação.
Não seja egoísta e nos deixem viver em paz no nosso estado o Tapajós.
Postagens em sequência. Até parece que sãomanifestções de pessoa diversa. ahahahahahahahah
Voto 55 (2 vezes).
O Estado do Tapajós é o maior projeto de desenvolvimento para Amazônia.
Eu voto 77.
O Estado do Tapajós será o maior projeto de desenvolvimento na Amazônia.
Eu voto 77
Será só o maior projeto mesmo...... quanta bobagem!
Taí, anônimo das 15:52, uma boa idéia: mudar a capital do Pará para Santarém. Perfeito, desde que levem o Duciomar para continuar a ser o prefeito da capital...
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