Levantamento feito pelo Sindicato dos Servidores do Fisco Estadual do Pará (Sinditaf) no final da tarde deste sábado (29), primeiro dia da greve do pessoal do Fisco, aponta uma redução da ordem de 75% no volume de documentos fiscais registrados no posto de Itinga, o maior dos sete localizados nas áreas de divisa do Estado do Pará. A Sefa sustenta que a paralisação não afetou o funcionamento dos postos.
Segundo o sindicato, no sábado passado (22), até as 17h, foram registrados no posto de Itinga 6.700 documentos fiscais. Ontem, até o mesmo horário, esse número caiu para apenas 1.700, equivalente a apenas 25% em relação ao movimento de uma semana atrás.
O registro de 1.700 documentos não significa, obviamente, que 1.700 caminhões tenham passado pela barreira. Isso porque o número de documentos relativos à mercadoria transportada varia de caminhão para caminhão, de carreta para carreta. Assim como determinada mercadoria pode ser registrada em um ou dois documentos, outras mercadorias podem corresponder a dezenas.
Mas o Sinditaf aponta o movimento no posto do Itinga como um indicador seguro de que a greve, com duração prevista até a próxima quarta-feira, 2 de setembro, está tendo uma grande adesão, que deve aumentar ainda mais a partir da próxima segunda-feira.
Funcionamento é normal, diz a Sefa
O secretário da Fazenda, José Raimundo Trindade, informou na noite deste sábado ao blog, por telefone, que foi de “plena normalidade” o funcionamento no conjunto dos sete postos situados em áreas de divisa do Pará.
“Não sei de onde eles tiraram esses dados”, contrapôs o secretário, referindo-se ao Sinditaf, quando informado pelo repórter que, segundo o levantamento do sindicato, apenas 1.700 documentos fiscais haviam sido registrados até o final da tarde dete sábado.
Segundo o secretário, a diretoria de Arrecadação da Sefa ainda está fazendo o balanço para divulgar os dados, com maior precisão, apenas na segunda-feira. “Além disso, não se pode comparar um sábado com outro. Nós precisamos é ter uma média. É um dado impreciso [o apresentado pelo Sinditaf], ligado à luta política, porque esta é uma greve política”, resumiu o secretário.
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