No AMAZÔNIA:
No Zinho de Oliveira, casa do Águia de Marabá, não se fala em outra coisa senão a ação que poderá valer ao time do interior a condição de único representante paraense na Série B do Campeonato Brasileiro. O objetivo dos dirigentes da equipe, agora, é se valer da influência de políticos e autoridades do Estado para que o Duque de Caxias-RJ seja punido adequadamente e perca os pontos da partida contra o Rio Branco-AC, quando os jogadores do time, instruídos pelo treinador, simularam contusões para que a partida fosse encerrada. Na época, o time foi indiciado no artigo 205 do Código Desportivo, que prevê como pena o pagamento de multa e a perda dos pontos disputados no jogo.
Para alcançar este objetivo, o Águia já tem uma audiência marcada para a próxima quinta-feira, na sede do STJD, na cidade do Rio de Janeiro. Entre os presentes estarão o técnico do time, João Galvão, o presidente do clube, Ferreirinha, e o secretário estadual de esportes e lazer, Alberto Leão, além do advogado Hamilton Gualberto, que representará a defesa do clube paraense. 'Nós estamos contando com o apoio de toda a sociedade paraense. Precisamos do apoio dos políticos, governantes, da Federação e da imprensa para conseguir este objetivo. Teremos também a ajuda da Federação Baiana de Futebol, já que o Vitória da Conquista também tem interesse que o time do Duque seja punido', disse Galvão.
O advogado Hamilton Gualberto, que já começou a trabalhar no caso, está com viagem marcada para o Rio de Janeiro na próxima quarta-feira. Ele se mostra confiante em um desfecho positivo para os paraenses pelo fato de o STJD já ter revisto uma sentença por meio do mesmo artifício. 'Este caso é interessante. Neste tipo de julgamento, a defesa não é feita oralmente, mas o advogado pode fazer adendos para esclarecer o que está sendo requerido. O que me anima é que já há um precedente aberto que pode favorecer o Águia, que foi no caso do Náutico', disse.
Hamilton também disse estar tranquilo quanto à possibilidade de haver favorecimento para o time fluminense, hipótese que ele rechaça. 'Não acredito nisto. O presidente do STJD, Rubens Approbato Machado, já foi presidente da OAB nacional e é uma pessoa muito séria, e o tribunal é composto por pessoas dignas. Tenho certeza de que o que tiver que ser decidido no âmbito do direito será limpo.'
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