Do Portal Imprensa
A morte da enfermeira que deu informações sobre o estado de saúde de Kate Middleton após cair em trote de uma rádio causou indignação nas mídias sociais. Segundo a Reuters, críticos alertaram que as rápidas mudanças na imprensa podem ter dado às pessoas uma maior liberdade, mas também liberado algo que pode ser prejudicial.
De acordo com a agência, nesta segunda-feira (10/12), as ações da proprietária da emissora de rádio 2Day FM, responsável pelo trote, caíram 5 por cento graças à reação do público.
"Há uma lição nisso para as organizações de mídia em toda parte, e para os jornalistas e personalidades da mídia, e é a de que eles precisam olhar para os padrões da comunidade e se autorregularem melhor", explica Jim Macnamara, analista da mídia da Universidade da Tecnologia de Sydney, na Austrália.
Macmara aponta que "a condenação que a mídia social fez da morte de [Jacintha] Saldanha deveria provocar uma reavaliação da ética na era das notícias de celebridades".
O aparente suicídio da enfermeira Jacintha Saldanha se dá em meio a outro escândalo da mídia britânica, o de escutas telefônicas envolvendo um veículo de Rupert Murdoch.
A colunista Jennifer Hewett escreveu no Australian Financial Review que "o que está claro é que em breve olharemos para trás para contar os custos de montagem e a força destrutiva, assim como os grandes benefícios da explosão da comunicação em uma mídia de todos, para todos e o tempo todo no mundo".
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Eleição da Mesa deve ficar para o próximo ano
A menos que tenham mudado de ontem para hoje as condições de temperatura e pressão, muito dificilmente as eleições para a Mesa da Assembleia Legislativa serão marcadas ainda para este mês de dezembro.
Devem mesmo ficar para o ano que vem.
O assunto será tema da reunião do colegiado de líderes, marcada para daqui a pouco, no final da manhã, logo após a sessão plenária
O Regimento Interno da Alepa, como se sabe, prevê que as eleições para Mesa Diretora devem ocorrer entre dezembro e fevereiro, com data a ser definida pelo presidente do Legislativo.
Mas o presidente Manoel Pioneiro (PSDB) já anunciou que primeiro vai consultar as lideranças, antes de definir a data.
Os tucanos querem que a votação seja em fevereiro, porque três novos deputados que assumem em janeiro poderão participar mais ativamente dos debates Mesa.
A coligação PT-PMDB, encabeçada pelo peemedebista Martinho Carmona, defende que a escolha do sucessor de Pioneiro ocorra ainda este mês, antes do recesso parlamentar, previsto para o próximo dia 20.
Tão ou mais importante que definir a data é decidir se, afinal de contas, haverá ou não disputa entre Márcio Miranda (DEM), candidato lançado pelo governo do Estado, e Carmona.
Mas isso não será definido hoje.
Será objeto de outras reuniões.
Muitas.
Devem mesmo ficar para o ano que vem.
O assunto será tema da reunião do colegiado de líderes, marcada para daqui a pouco, no final da manhã, logo após a sessão plenária
O Regimento Interno da Alepa, como se sabe, prevê que as eleições para Mesa Diretora devem ocorrer entre dezembro e fevereiro, com data a ser definida pelo presidente do Legislativo.
Mas o presidente Manoel Pioneiro (PSDB) já anunciou que primeiro vai consultar as lideranças, antes de definir a data.
Os tucanos querem que a votação seja em fevereiro, porque três novos deputados que assumem em janeiro poderão participar mais ativamente dos debates Mesa.
A coligação PT-PMDB, encabeçada pelo peemedebista Martinho Carmona, defende que a escolha do sucessor de Pioneiro ocorra ainda este mês, antes do recesso parlamentar, previsto para o próximo dia 20.
Tão ou mais importante que definir a data é decidir se, afinal de contas, haverá ou não disputa entre Márcio Miranda (DEM), candidato lançado pelo governo do Estado, e Carmona.
Mas isso não será definido hoje.
Será objeto de outras reuniões.
Muitas.
Os camelôs de volta. Pepino para Zenaldo.
Que coisa impressionante.
A avenida Presidente Vargas voltou a se transformar num caos, numa balbúrdia, numa bagunça.
Vejam matéria que O LIBERAL publica hoje.
Os vendedores ambulantes estão voltando a tomar conta do pedaço.
No início de 2008, como se sabe, Duciomar foi obrigado, por decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, a tirar toda essa galera de lá.
E tirou mesmo. Sob o tacão da Justiça.
Pois o tempo foi passando e a turma, todinha, está voltando devagar.
Devagar e sempre.
Ou nem tão devagar assim.
Zenado Coutinho, o prefeito eleito, que esteja preparado para mais este pepino.
É que, seguramente, a nova gestão será chamada, em alguma oportunidade, a adotar medidas para liberar as calçadas da Presidente Vargas apenas aos transeuntes.
Para isso, terá que realocar os camelôs.
E essas realocações normalmente não fazem sem tumultos.
E muitos menos sem desgastes políticos.
A avenida Presidente Vargas voltou a se transformar num caos, numa balbúrdia, numa bagunça.
Vejam matéria que O LIBERAL publica hoje.
Os vendedores ambulantes estão voltando a tomar conta do pedaço.
No início de 2008, como se sabe, Duciomar foi obrigado, por decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, a tirar toda essa galera de lá.
E tirou mesmo. Sob o tacão da Justiça.
Pois o tempo foi passando e a turma, todinha, está voltando devagar.
Devagar e sempre.
Ou nem tão devagar assim.
Zenado Coutinho, o prefeito eleito, que esteja preparado para mais este pepino.
É que, seguramente, a nova gestão será chamada, em alguma oportunidade, a adotar medidas para liberar as calçadas da Presidente Vargas apenas aos transeuntes.
Para isso, terá que realocar os camelôs.
E essas realocações normalmente não fazem sem tumultos.
E muitos menos sem desgastes políticos.
Voto de Celso de Mello decidirá sobre perda de mandato
Do Consultor Jurídico
Em agosto, quando o ministro Cezar Peluso declarou seu voto, adiantou a dosimetria das penas dos réus em que entendeu pela condenação. No caso de João Paulo Cunha, único dos parlamentares que condenou, a pena sugerida por Peluso foi de seis anos e 100 dias-multa pelos crimes de peculato e corrupção passiva. Considerou, no caso do deputado federal do PT, a "perda do mandato eletivo" como "efeito específico da condenação". A dosimetria da pena de João Paulo Cunha está na página 8 do voto.
Peluso baseou seu entendimento no artigo 92, inciso I, alínea "b". Dizem os textos que a "perda de cargo, função pública ou mandato eletivo quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a quatro anos" são "efeitos da condenação". O ministro se aposentou no início de setembro, quando completou 70 anos.
A tendência é que Celso de Mello acompanhe os votos favoráveis à interpretação de que cabe ao Supremo determinar a perda de mandato dos deputados condenados, já que durante a sessão desta segunda-feira ele se mostrou inclinado à tese. Encabeçada pelo relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, a lista de ministros que votaram pela competência do STF para decidir a questão conta com os ministros Luiz Fux, Gilmar Mendes e Marco Aurélio. No campo oposto ficaram o revisor, Ricardo Lewandowski, e os ministros Rosa Weber, Dias Toffoli e Cármen Lúcia.
A discussão quanto à perda de mandato começou na última quinta-feira (6/12), com os votos do relator, Joaquim Barbosa, e do revisor, Ricardo Lewandowski. Assim como na última sessão, a discórdia foi instalada por conta dos artigos 15, inciso III, e artigo 55 da Constituição Federal. O artigo 15 trata de direitos políticos e diz que sua perda ou suspensão se dará no caso de condenação criminal transitada em julgado; já o artigo 55 trata especificamente de perda de mandato de deputado e senador e diz que a cassação poderá ocorrer quando houver suspensão de direitos políticos (inciso IV) ou condenação criminal transitada em julgado (inciso VI).
O parágrafo 2º do artigo 55 ainda diz que a perda do mandato, em caso de condenação criminal, "será decidida" pela Câmara ou pelo Senado em votação secreta, por maioria absoluta de votos. O parágrafo 3º estabelce que, no caso da perda de direitos políticos, a decisão da cassação cabe à Mesa Diretora, de ofício ou por pedido de partido de partido político, ou por voto secreto e maioria absoluta (em caso de condenação criminal), por provocação da própria Mesa ou de partido político.
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Entidades discutem o tráfico de pessoas
Entidades paraenses reuniram-se ontem para discutir o tráfico de pessoas, que vitimou quase 500 pessoas no Brasil nos últimos seis anos A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), o Ministério Público Estadual, o relator da CPI do Tráfico Humano no Pará, deputado Carlos Bordalo (PT) e o presidente da CPI do Tráfico de Pessoas na Câmara, deputado federal Arnaldo Jordy (PPS-PA) participaram da mesa-redonda promovida pela Igreja Anglicana com objetivo de esclarecer a sociedade sobre essa atividade criminosa, que tem como uma das principais rotas de atuação o estado do Pará.
“Hoje o Estado do Pará é um fornecedor dessa atividade que coisifica os seres humanos”, afirmou o deputado Arnaldo Jordy. Segundo informações da CPI nacional, foram descobertas, somente em são Paulo, onze organizações de exploração sexual envolvendo recrutadores paraenses. O tráfico de pessoas com fins para o trabalho análogo à escravidão também tem forte incidências no Estado, até mesmo por causa das grandes obras de hidrelétricas no Pará, ressaltou o parlamentar
Para o promotor Aldir Jorge Viana da Silva, do MPE, existe um pacto perverso de coerção à vítima, devido principalmente a situação de vulnerabilidade financeira e psicológica das pessoas capturadas, por isso o Estado, em suas instâncias formais, tem dificuldade de interferir no combate ao crime.
O deputado Carlos Bordalo ressaltou outras dificuldades em enfrentar o crime, o fato de o mesmo ser considerado como “invisível” aos olhos da sociedade, tanto porque as pessoas não reconhecem a proximidade do crime no seu dia a dia, quanto porque não há denúncias registradas. O relator da CPI paraense revelou que os locais de maior incidência do crime no Pará são: a região do Marajó, principalmente Breves; Vila do Conde, em Barcarena; a região em torno do porto de Bragança; e em Belém, onde a rede de recrutamento costuma agir fortemente nos bairros do Jurunas e da Cremação.
Existem três caminhos para fortalecer o enfrentamento a este crime, apontou o deputado Arnaldo Jordy: “o mais importante é repercutir o tema, esclarecer a sociedade, como faz a Igreja Anglicana nesta iniciativa. Precisamos também aparelhar o Estado, tanto para o enfrentamento ao crime, quanto para assistir às vítimas do tráfico de pessoas. E é necessária a atualização da Legislação Brasileira, inclusive a CPI da Câmara tem trabalhado junto a diversos órgãos para criar uma legislação específica contra o tráfico humano”, finalizou Jordy.
Fonte: Assessoria Parlamentar
O que ele disse
"Nosso papel é o de guardião da Constituição, é dizer o que é a Constituição. Causa-me espécie, desconforto, a perspectiva de dizermos que pessoa condenada à privação de liberdade por 10, 15 anos, possa exercer um mandato parlamentar."
Joaquim Barbosa (na foto), presidente do Supremo Tribunal Federal e relator do processo do mensalão, defendendo a tese de que os deputados federais João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar da Costa Neto (PR-SP), que foram condenados, deverão perde automaticamente o mandato.
Joaquim Barbosa (na foto), presidente do Supremo Tribunal Federal e relator do processo do mensalão, defendendo a tese de que os deputados federais João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar da Costa Neto (PR-SP), que foram condenados, deverão perde automaticamente o mandato.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Santarém em versos e imagens. Santarém em poesia.
As músicas que se ouvem no vídeo são Pérola do Tapajós (letra de Felisbelo Sussuarana, música de Wilson Fonseca e Pedro Santos), na voz de Nato Aguiar, e Terra Querida (letra e música de Wilson Fonseca), interpretada por Ray Brito.
O vídeo foi sugestão de leitora do Espaço Aberto, também ela santarena.
O vídeo foi sugestão de leitora do Espaço Aberto, também ela santarena.
Falta de estrutura retarda aplicação da Maria da Penha
Do Consultor Jurídico
Passados seis anos da promulgação da Lei Maria da Penha e embora o número de denúncias venha aumentando, a impunidade ainda é o maior obstáculo para a punicão de agressores. Sancionada em 2006 e considerada um modelo internacional de legislação de proteção à mulher, a lei, que leva o nome da ativista cearense que ficou paraplégica após ser baleada pelo marido, enfrenta a morosidade do Poder Público que ainda não empreendeu a estruturação da rede de atendimento à mulher prevista pela norma. As informações são da BBC Brasil.
Passados seis anos da promulgação da Lei Maria da Penha e embora o número de denúncias venha aumentando, a impunidade ainda é o maior obstáculo para a punicão de agressores. Sancionada em 2006 e considerada um modelo internacional de legislação de proteção à mulher, a lei, que leva o nome da ativista cearense que ficou paraplégica após ser baleada pelo marido, enfrenta a morosidade do Poder Público que ainda não empreendeu a estruturação da rede de atendimento à mulher prevista pela norma. As informações são da BBC Brasil.
De acordo com reportagem da rede BBC, o serviço Ligue 180, implantado na mesma época da promulgação da lei, recebeu quase 3 milhões de ligações nos últimos seis anos, sendo 330 mil denúncias de violência. O dado é interpretado por por especialistas como sinal da consolidação do canal e da cultura gerada pela lei.
Segundo a reportagem, entre os principais obstáculos estão a morosidade do Poder Judiciário, o machismo e o preconceito das autoridades e a insistência de magistrados em proceder com conciliações mesmo em casos flagrantes de agressão e abuso.
De acordo com levantamento realizado pelo Instituto Sangari, com base em dados obtidos de certidões de óbito e da Organização Mundial de Saúde, o Brasil registrou mais de 90 mil mortes de mulheres vítimas de agressão nos últimos 30 anos. Em 1980, o índice era de 1.353 assassinatos por ano. Em 2010, a crifra aumentou para 4.297. O país ocupa atualmente o 7º lugar no ranking dos países com mais mortes de mulheres vítimas de agressão.
A pesquisadora da USP Wania Pasinato, ouvida pela reportagem da BBC, afirma que a maioria das iniciativas para que a rede prevista na lei seja implantada e ampliada tem fracassado. “Fica difícil transformar esse direito formal em um atendimento concreto sem essas estruturas previstas pela lei”, relatou.
Duas decisões para o Timão
Legal - muitíssimo - o papo desses três aí.
Um papo descontraído.
Informal.
Salgado.
E molhado.
Como todo bom papo.
Os jornalistas Juca Kfouri (Folha), Antonio Prata e Bernardo Itri avaliam as chances do Timão no Mundial de Clubes, que começa na próxima quarta-feira.
Agora, olhem só.
São duas decisões.
A primeira é contra o Al-Hali.
Quanto à decisão seguinte - se houver a seguinte, claro -, a gente conversa depois.
Por que essa cautela?
Porque já temos o precedente do Internacional.
"Sensação de hegemonia" distende tensões na Assembleia
Mudou substancialmente - senão da água para o vinho - a conjunção de forças para a eleição da nova Mesa da Assembleia Legislativa.
E mudou mais cedo do que se imaginava.
O que vinha sendo traçado no horizonte próximo, até agora, era a consolidação do bloco PT-PMDB, que estava contando com apenas cinco votos para obter a maioria absoluta de 21 e eleger o novo presidente da Mesa, afrontando a chapa adversária, apoiada pelo governo do Estado.
Mas o fato novo - para muitos novíssimo e surpreendente - da renúncia do tucano José Megale à condição de candidato a presidente da Assembleia levou a um certo, digamos assim, refluxo no assanhamento político de petistas e peemedebistas.
É que uma das motivações básicas, essenciais para que o PT - e principalmente este - e PMDB pugnassem por uma candidatura dita alternativa era a alegada hegemonia tucana, no âmbito do Estado e nas prefeituras de Belém, Ananindeua, os dois maiores colégios eleitorais do Estado.
Mas eis que a opção do governo, em apoiar o lançamento da candidatura de Márcio Miranda mudou as coisas.
Mudou, como diríamos, a sensação de hegemonia que atormentava todo dia, o dia todo, tucanos e peemedebistas.
É que Márcio Miranda é do DEM.
E, além de tudo, carrega a condição de ter sido, em outubro último, derrotado pelo PMDB na disputa pela Prefeitura de Castanhal.
Pronto.
Como Miranda não é do PSDB, é um bom articulador e assume a condição de candidato sem a aura de imbatível e sem a empáfia do vencedor, suas excelências estão mais afeitas a novas conversas, novas articulações e novas sensações.
Daí os discursos dos últimos dias - inclusive do peemedebista Martinho Carmona, até aqui o candidato da bloco PT-PMDB - de que já se vislumbra, concretamente, a possibilidade de uma composição ampla, evitando-se com isso a disputa.
Mas, com certeza, a flexibilização das posições não se deve apenas à perda da tal sensação de hegemonia.
Como se diz, há mais coisas no ar do que avião de carreira.
Bem mais.
E mudou mais cedo do que se imaginava.
O que vinha sendo traçado no horizonte próximo, até agora, era a consolidação do bloco PT-PMDB, que estava contando com apenas cinco votos para obter a maioria absoluta de 21 e eleger o novo presidente da Mesa, afrontando a chapa adversária, apoiada pelo governo do Estado.
Mas o fato novo - para muitos novíssimo e surpreendente - da renúncia do tucano José Megale à condição de candidato a presidente da Assembleia levou a um certo, digamos assim, refluxo no assanhamento político de petistas e peemedebistas.
É que uma das motivações básicas, essenciais para que o PT - e principalmente este - e PMDB pugnassem por uma candidatura dita alternativa era a alegada hegemonia tucana, no âmbito do Estado e nas prefeituras de Belém, Ananindeua, os dois maiores colégios eleitorais do Estado.
Mas eis que a opção do governo, em apoiar o lançamento da candidatura de Márcio Miranda mudou as coisas.
Mudou, como diríamos, a sensação de hegemonia que atormentava todo dia, o dia todo, tucanos e peemedebistas.
É que Márcio Miranda é do DEM.
E, além de tudo, carrega a condição de ter sido, em outubro último, derrotado pelo PMDB na disputa pela Prefeitura de Castanhal.
Pronto.
Como Miranda não é do PSDB, é um bom articulador e assume a condição de candidato sem a aura de imbatível e sem a empáfia do vencedor, suas excelências estão mais afeitas a novas conversas, novas articulações e novas sensações.
Daí os discursos dos últimos dias - inclusive do peemedebista Martinho Carmona, até aqui o candidato da bloco PT-PMDB - de que já se vislumbra, concretamente, a possibilidade de uma composição ampla, evitando-se com isso a disputa.
Mas, com certeza, a flexibilização das posições não se deve apenas à perda da tal sensação de hegemonia.
Como se diz, há mais coisas no ar do que avião de carreira.
Bem mais.
Um balanço da roubalheira no Dia Contra a Corrupção
O Dia Internacional Contra a Corrupção transcorreu ontem.
Escolhe-se a data de 9 de dezembro para marcar um dia que em países como o Brasil deveria ser todo dia, vocês sabem.
Apenas no Brasil, a estimativa é a de que, nos últimos dez anos, foram desviados dos cofres públicos brasileiros R$ 720 bilhões, segundo levantamento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
De 15 mil contratos entre União, Estados, municípios e ONGs passados pelo crivo da Controladoria-Geral da União no mesmo período, havia indícios de malversações de recursos em cerca de 80% deles. Os desvios constatados nesses casos chegaram a R$ 7 bilhões.
Um espanto.
Um terror.
Um horror.
Verdadeiramente assolador - com o perdão da rima, que não é solução para nada.
Agora mesmo, cerca de quatro dias atrás, a ONG Transparência Internacional (TI) divulgou o ranking referente ao Índice de Percepção de Corrupção no mundo inteiro.
O Brasil ocupa o 69º lugar entre 176 países. O país subiu quatro posições em relação ao ranking do ano passado, quando ocupava a 73ª posição, e repetiu o desempenho de 2010.
Em uma escala que vai de zero (percepção de alta corrupção) a cem (percepção de alta integridade), o Brasil ficou com 43 pontos.
O índice é elaborado anualmente com base em sondagens e avaliações de diversas instituições a respeito de como a corrupção no setor público é percebida em cada país.
Ao divulgar os novos números, a ONG Transparente Internacional ressaltou que "há um reconhecimento público mais forte no mundo inteiro, incluindo as economias emergentes dos grupo Bric, como China e Brasil, dos custos da corrupção, além de uma crescente recusa em aceitá-la como fato inevitável".
O fato de aceitar-se a corrução como fato inevitável não significa que se desista de combater a corrupção, não é?
Porque o conformismo e aquele discurso de "que todos roubam mesmo" anestesia a sociedade e impregna as instituições de uma omissão generalizada contra a roubalheira desmedida.
Convém, por isso, que a sociedade se mantenha atenta para que o conformismo diante da corrupção seja banido e que os órgãos e as instâncias incumbidos de dificultar - pelo menos isso - que as malfeitorias se banalizem disponham de estrutura suficiente para monitorar a aplicação do dinheiro público.
Para marcar o Dia internacional Contra a Corrupção, instituições públicas federais, como a Controladoria-Geral da União e Polícia Federal vão apresentar hoje, a partir das 10h, em Belém, no auditório da Procuradoria da República no Pará, um balanço da atuação em 2012 no combate à corrupção no Pará.
Plataforma para mudar o Remo
De um Anônimo, sobre a postagem Apenas 112 decidem os destino do Remo. Pode isso?:
Não pode, nobre jornalista.
E proponho uma plataforma para modificar a situação dramática - certamente a pior de sua gloriosa história, a saber:
a) eleição direta para a presidência do clube;
b) gestão capitalista eficiente;
c) uso comercial intensivo das marcas, símbolos, etc., do clube;
d) prestação de contas mensal dos gastos/receitas do clube aos sócios e opinião pública;
e) responsabilidade fiscal, ou seja, o clube só fará gastos conforme a capacidade de sua receita.
Mudanças não caem do céu. Se ocorrem se houver luta e pressão, aliás, muita luta e pressão.
Não pode, nobre jornalista.
E proponho uma plataforma para modificar a situação dramática - certamente a pior de sua gloriosa história, a saber:
a) eleição direta para a presidência do clube;
b) gestão capitalista eficiente;
c) uso comercial intensivo das marcas, símbolos, etc., do clube;
d) prestação de contas mensal dos gastos/receitas do clube aos sócios e opinião pública;
e) responsabilidade fiscal, ou seja, o clube só fará gastos conforme a capacidade de sua receita.
Mudanças não caem do céu. Se ocorrem se houver luta e pressão, aliás, muita luta e pressão.
Sessão especial discutirá a retomada das obras do PAC em Belém
A retomada das obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), em Belém, será discutida nesta segunda-feira, 10, em sessão especial na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). A sessão será realizada às 9 horas, no auditório João Batista, atendendo a requerimento de autoria do deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) e aprovado por unanimidade em sessão no dia 27 de novembro deste ano. No documento, o deputado psolista requer explicações sobre o abandono das obras. Moradores e movimentos sociais de diversas comunidades, como Riacho Doce e Taboquinha, estarão presentes na sessão para cobrar do poder público a retomada das obras. As obras do PAC, no Riacho Doce (I, II e III etapas), que deveriam estar sendo concluídas até o final deste ano, estão paradas desde 2010. Representantes do Governo do Estado e da Caixa foram convidados e deverão participar da sessão especial.
Com a proximidade do período chuvoso, os moradores das diversas comunidades que estão com obras do PAC paradas, enfrentarão muitos problemas, sobretudo alagamentos e perda de seus pertences. Na sessão ordinária da Alepa, no dia 27 de novembro deste ano, além de apresentar requerimento pedindo a realização da sessão especial, o deputado Edmilson Rodrigues conseguiu que os líderes do PSDB e do governo na Alepa, deputados José Megale e Márcio Miranda, ambos do PSDB, reunissem com os moradores e lideranças da área, que lotaram o plenário, pedindo ajuda para a situação de abandono que estão vivendo. Na ocasião, os dois parlamentares se comprometeram em entrar em contato com a presidente da Companhia de Habitação do Estado do Pará (Cohab), Noêmia Jacob para obter informações e verificar o que é possível fazer. No entanto, diante da falta de respostas positivas, os moradores anseiam pela realização da sessão especial para que consigam fechar um cronograma de retomada dessas obras do Riacho Doce, que tiveram a primeira etapa iniciada e concluída na gestão municipal que teve a frente Edmilson Rodrigues.
Solidário e unido à luta dos moradores, Edmilson Rodrigues ressalta que é preciso sensibilizar o Governo do Estado, atual responsável pela execução das obras, para que elas sejam retomadas o quanto antes para evitar ainda mais sofrimento dos moradores. “A obra está se arrastando há tanto tempo que o valor repassado aos moradores, que foram remanejados do local, para o pagamento de aluguel (R$ 375,00) já está insuficiente porque os valores dos alugueis na área aumentaram. Além disso, os terrenos destinados à construção das casas já estão sendo invadidos por outras pessoas que não integram o cadastro do projeto. Por essa razão, é preciso que essa obra seja retomada e concluída o quanto antes”, defendeu Edmilson.
Fonte: Assessoria de Imprensa
Show de horrores
Aqui pra nós, deixando o ceticismo de lado, todos sabem que o segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi marcado por muito barulho da oposição e tentativas de CPIs, em sua maioria comandada pelo Partido dos Trabalhadores, o PT. Por ironia do destino, a História, hoje e a cada minuto, abre sua caixinha de surpresa e desenrola seu novelo diante dos nossos olhos que cabe a nós interpretá-la.
Em 2002, FHC chegou ao final de seu segundo mandato fragilizado, com a sociedade dividida e clamando por mudanças que, por fim, chegaram em 2003, na figura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O PT finalmente subiu a rampa do Palácio do Planalto, com toda pompa e circunstância. Não muito tempo depois, de novo, o povo brasileiro constatava pelas manchetes dos jornais que políticos, ex-ministros, assessores do primeiro escalão e membros fundadores desse mesmo partido enfrentam hoje os juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) naquele que é considerado o maior julgamento da história deste país, a Ação Penal 470, popularmente conhecido por “mensalão”. Na prática, o discurso da oposição petista, repleto de jargões, de moralismo e acusações aos adversários rapidamente foi relegado ao esquecimento.
Mais uma vez, pagamos o ônus da democracia, corrupção, desvios de recursos públicos, lavagem de dinheiro, acordos transformadores entre políticos de renome, partidos sem base ideológica forte, esquemas de influência, ausência de um plano de metas para o Brasil, entre outras mazelas, indicam o que é a atual democracia em nosso país.
A sociedade sentiu-se enganada por ter dado seu aval por meio do seu voto a arengas eleitoreiras, vazias e mentirosas, quando em 2004, o deputado petebista Roberto Jefferson botou a boca no trombone denunciando o escândalo do mensalão. A denúncia foi motivada por razões políticas e não morais. Envolvia, entre outros, o empresário Marcos Valério, dono de agências de publicidade, Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, considerado a eminência parda por trás do então presidente Lula. De acordo com Jefferson, que confessou ter recebido do publicitário R$ 4 milhões em 2004, o dinheiro do mensalão servia para “comprar” o apoio de políticos da base aliada do governo.
O PT errou. Errou exatamente como outros governos já o fizeram: comprando o apoio do Congresso. O PT poderia ter escolhido com ética, mas preferiu a via mais fácil, a da compra do apoio político. Ademais, deixou que as instituições funcionassem. O escândalo veio à tona, atores políticos foram
afastados e agora se criou um precedente histórico. Por vias tortuosas, o PT abriu caminho para a atuação esperada das instituições brasileiras. O STF pode fazer o que devia estar fazendo há muito tempo.
Agora, o mais novo escândalo revela sobre a mistura entre o público e o privado no Estado brasileiro. As falcatruas têm o alcance em Paulo Vieira, apontado como líder, agia em ministérios e agências reguladoras. Por outro viés, o alvo é outro. Rosemary Noronha, Rose, submersa no tráfico de influência, era chefe de gabinete do escritório da Presidência da República na capital paulista. A oposição busca uma nova oportunidade de atingir Lula, responsável pela sua nomeação. A quadrilha, diz a Polícia Federal, adulterava pareceres técnicos e facilitava a vida de empresas dispostas a pagar. O governo e o PT veem emergir novos monstros na lagoa.
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SERGIO BARRA é médico e professor
sergiobarra9@gmail.com
O que ele disse
Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal e relator do processo do mensalão.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Juiz é repreendido por elogiar coragem de assaltante
A ouvidoria dos juízes na Inglaterra repreendeu formalmente um juiz que elogiou a bravura de um assaltante. O juiz Peter Bowers ganhou as páginas dos jornais britânicos em setembro, depois de dizer que assaltar a casa de alguém requer uma dose grande de coragem. A reprimenda foi divulgada, na terça-feira (4/11), pelo Office for Judicial Complaints, a ouvidoria da Justiça inglesa.
A comissão considerou que os comentários de Peter Bowers prejudicaram a confiança da sociedade no sistema judicial. Ao julgar um dependente químico que admitiu ter roubado três casas e tentado roubar uma quarta, Bowers afirmou: “É preciso uma dose grande de coragem para assaltar a casa de alguém. Eu não teria essa coragem”. Um dia depois do julgamento, seus comentários foram divulgados pela imprensa e despertaram a ira de políticos e associações que defendem vítimas de crime.
O juiz Peter Bowers também rejeitou mandar o assaltante para a cadeia. Ao ler sua sentença, ele reconheceu que poderia ser ridicularizado, mas ponderou que pouco adiantaria deixar o assaltante cumprir pena atrás das grades. A punição aplicada foi de 200 horas de trabalho comunitário mais a obrigação de frequentar um centro de reabilitação para usuários de droga. O jovem também vai ficar um ano sem poder dirigir.
A ouvidoria da Justiça não puniu o juiz por sua sentença, mas apenas o repreendeu pelos comentários sobre a bravura do condenado. Peter Bowers continua exercendo normalmente sua função de juiz.
Niemeyer: o homem, as linhas, os traços, as curvas
Vejam aí.
Um ótimo documentário produzido pela TV Câmara.
Está disponível no YouTube.
Oscar Niemeyer é o tema.
O trabalho mostrou como ele se tornou um dos ícones da arquitetura brasileira.
Confiram.
Um ótimo documentário produzido pela TV Câmara.
Está disponível no YouTube.
Oscar Niemeyer é o tema.
O trabalho mostrou como ele se tornou um dos ícones da arquitetura brasileira.
Confiram.
Apenas 112 decidem os destinos do Remo. Pode isso?
Mas que coisa, hein, amigos?
O Remo fez sua eleição.
Votaram 112 pessoas.
Dessas, 84 cravaram um segundo mandato para Sérgio Cabeça e 23 se manifestaram em apoio a Roberto Macedo, o candidato oposicionista.
Houve quatro votos em branco e um nulo.
Pode isso?
Pode apenas 112 pessoas decidirem os destinos de um clube da grandeza do Remo?
Pode um clube como o Remo, que busca, pelo menos, subir à Série C, não deixar nem sequer que um grupo de sócios remidos acompanhassem as eleições?
Cabeça caprichou no discurso da vitória.
Discursos da vitória, vocês sabem, são prenhes e plenos de grandes e edificantes pretensões e intenções.
Ele prometeu, de pés juntos, que esta foi a última vez que as eleições presidenciais do Remo aconteceram de forma indireta, com a escolha dos nomes sem a participação dos sócios.
É ver para crer.
Porque no Remo, no estágio em que se encontra, tudo é possível.
Até promessas serem cumpridas.
Até isso.
Putz!
O Remo fez sua eleição.
Votaram 112 pessoas.
Dessas, 84 cravaram um segundo mandato para Sérgio Cabeça e 23 se manifestaram em apoio a Roberto Macedo, o candidato oposicionista.
Houve quatro votos em branco e um nulo.
Pode isso?
Pode apenas 112 pessoas decidirem os destinos de um clube da grandeza do Remo?
Pode um clube como o Remo, que busca, pelo menos, subir à Série C, não deixar nem sequer que um grupo de sócios remidos acompanhassem as eleições?
Cabeça caprichou no discurso da vitória.
Discursos da vitória, vocês sabem, são prenhes e plenos de grandes e edificantes pretensões e intenções.
Ele prometeu, de pés juntos, que esta foi a última vez que as eleições presidenciais do Remo aconteceram de forma indireta, com a escolha dos nomes sem a participação dos sócios.
É ver para crer.
Porque no Remo, no estágio em que se encontra, tudo é possível.
Até promessas serem cumpridas.
Até isso.
Putz!
O debate, sim. A baixaria, não.
Alto lá, meus caros.
Vamos devagar para compreendermos bem o sentido de algumas postagens feitas aqui.
Uma postagem do Espaço Aberto, intitulada Agressões e exibicionismo em vez de debate, parece não ter sido muito bem compreendida.
Comporte-mo-la (toma-te!), então, dentro de seus devidos e exatos termos.
A postagem critica o humorista Rafinha Bastos por ter agredido - gratuitamente, imotivadamente, afrontosamente e outros mentes - o apresentador da Globo Luciano Huck, que se negou a fazer o teste do bafômetro ao ser parado numa blitz.
E aí?
E aí que alguns leitores - poucos, ao que parece - entenderam a postagem como se o blog estivesse apoiando, chancelando, concordando com a conduta de Huck, ao negar-se a fazer o teste do bafômetro depois de beber.
Pois olhem aqui o que consta da postagem:
O humorista até acertou no sentido, mas errou na forma.
Acertou no sentido, mas errou na dose de agressividade.
Aventurou-se em pegar um bom exemplo para discutir o bom-mocismo, o politicamente correto e suas repercussões e práticas na vida privada de cada um. Mas errou por ter expressado, sem mais nem menos, uma forma de se exibir da maneira mais deplorável possível.
Uma pena.
Pronto.
Diga-se o mesmo, portanto, com outras palavras.
Rafinha Bastos acertou em comentar o caso, em condenar a conduta de Huck.
Mas errou na forma e na dose.
Rafinha Bastou acertou em em "pegar um bom exemplo", ou seja, o caso de quem se nega a fazer o teste do bafômetro, para discutir o bom-mocismo e o politicamente correto - atributos normalmente associados a Luciano Huck - e suas repercussões na vida privada.
Com régua e compasso na mão, continuemos, mas já para encerrar: o que Huck fez, ele que se porta normalmente com bom-moço e como politicamente correto, é censurável sob todos os aspectos. E deve ser discutido amplamente, com direito até a concordâncias e discordâncias.
O que não se admite é a baixaria, como fez Rafinha Bastos.
E tanto é assim que o próprio se desculpou.
É isso.
Vamos devagar para compreendermos bem o sentido de algumas postagens feitas aqui.
Uma postagem do Espaço Aberto, intitulada Agressões e exibicionismo em vez de debate, parece não ter sido muito bem compreendida.
Comporte-mo-la (toma-te!), então, dentro de seus devidos e exatos termos.
A postagem critica o humorista Rafinha Bastos por ter agredido - gratuitamente, imotivadamente, afrontosamente e outros mentes - o apresentador da Globo Luciano Huck, que se negou a fazer o teste do bafômetro ao ser parado numa blitz.
E aí?
E aí que alguns leitores - poucos, ao que parece - entenderam a postagem como se o blog estivesse apoiando, chancelando, concordando com a conduta de Huck, ao negar-se a fazer o teste do bafômetro depois de beber.
Pois olhem aqui o que consta da postagem:
O humorista até acertou no sentido, mas errou na forma.
Acertou no sentido, mas errou na dose de agressividade.
Aventurou-se em pegar um bom exemplo para discutir o bom-mocismo, o politicamente correto e suas repercussões e práticas na vida privada de cada um. Mas errou por ter expressado, sem mais nem menos, uma forma de se exibir da maneira mais deplorável possível.
Uma pena.
Pronto.
Diga-se o mesmo, portanto, com outras palavras.
Rafinha Bastos acertou em comentar o caso, em condenar a conduta de Huck.
Mas errou na forma e na dose.
Rafinha Bastou acertou em em "pegar um bom exemplo", ou seja, o caso de quem se nega a fazer o teste do bafômetro, para discutir o bom-mocismo e o politicamente correto - atributos normalmente associados a Luciano Huck - e suas repercussões na vida privada.
Com régua e compasso na mão, continuemos, mas já para encerrar: o que Huck fez, ele que se porta normalmente com bom-moço e como politicamente correto, é censurável sob todos os aspectos. E deve ser discutido amplamente, com direito até a concordâncias e discordâncias.
O que não se admite é a baixaria, como fez Rafinha Bastos.
E tanto é assim que o próprio se desculpou.
É isso.
Funai sem poder de polícia
Vejam só como é a parada.
O Espaço Aberto chamou atenção para o clima de barril de pólvora prestes a explodir na região do Piriá, em decorrência das tensões entre índios e bandidos que se travestem de madeireiros.
Escreveu-se, então, o seguinte:
Pois se tudo isso já foi muito, pior ainda pode ficar se não houver a intervenção imediata da Polícia Federal.
Porque o poder de polícia da Funai, como se sabe, não é suficiente para conter o banditismo na área. E a própria Fundação não dispõe de estrutura suficiente para inibir esse tipo de crime.
Pois o leitor João Elysio Guerreiro de Carvalho, prezado amigo aqui do pessoal da redação e assessor de Imprensa da Funai em Belém, mandou o seguinte esclarecimento:
Apenas uma observação na lúcida postagem que você fez sobre o conflito entre índios Tembé e madeireiros em Nova Esperança do Piriá.
A Funai nunca teve poder de polícia, porque o artigo do Estatuto do Índio que previa a prerrogativa não foi regulamentado.
Vejam só.
Então a parada é mais grave do que se imaginava.
Porque, sem poder de polícia, aí mesmo é que a Funai - e portanto o Estado, o governo federal - fica mais fragilizada e reduzida nas suas competências para desempenhar atribuições que as leis lhe cometem, entre elas a de zelar pela integridade das áreas indígenas.
Por essas e outras, é por isso que o banditismo vai triunfando, em detrimento dos índios, cada vez mais ameaçados e expostos à insegurança e à violência.
O Espaço Aberto chamou atenção para o clima de barril de pólvora prestes a explodir na região do Piriá, em decorrência das tensões entre índios e bandidos que se travestem de madeireiros.
Escreveu-se, então, o seguinte:
Pois se tudo isso já foi muito, pior ainda pode ficar se não houver a intervenção imediata da Polícia Federal.
Porque o poder de polícia da Funai, como se sabe, não é suficiente para conter o banditismo na área. E a própria Fundação não dispõe de estrutura suficiente para inibir esse tipo de crime.
Pois o leitor João Elysio Guerreiro de Carvalho, prezado amigo aqui do pessoal da redação e assessor de Imprensa da Funai em Belém, mandou o seguinte esclarecimento:
Apenas uma observação na lúcida postagem que você fez sobre o conflito entre índios Tembé e madeireiros em Nova Esperança do Piriá.
A Funai nunca teve poder de polícia, porque o artigo do Estatuto do Índio que previa a prerrogativa não foi regulamentado.
Vejam só.
Então a parada é mais grave do que se imaginava.
Porque, sem poder de polícia, aí mesmo é que a Funai - e portanto o Estado, o governo federal - fica mais fragilizada e reduzida nas suas competências para desempenhar atribuições que as leis lhe cometem, entre elas a de zelar pela integridade das áreas indígenas.
Por essas e outras, é por isso que o banditismo vai triunfando, em detrimento dos índios, cada vez mais ameaçados e expostos à insegurança e à violência.
O índio é indolente
Por ANDRÉ COSTA NUNES, no Tipo assim... folhetim.
Está provado. Todo mundo sabe que o índio brasileiro é indolente.
Tem mais alguns adjetivos que parecem redundância, mas são bem pertinentes e enriquecem a tese.
O índio é vadio, preguiçoso, não gosta de trabalhar, aliás, o negro também é chegado ao ócio. E o branco, o amarelo, até o azul.
Eu também!
Quem simplesmente gosta de trabalhar é doente. A não ser que haja caído na velha falácia de Confúcio: escolha um trabalho que lhe dê prazer e nunca terá que trabalhar por toda a vida. Isto é conversa para filósofo rico. Pobre e vassalo não têm escolha.
Compreende-se que um professor, um jornalista, um médico, um artista, trabalhador intelectual – evidentemente, até por definição, elites da sociedade humana – sintam, eventualmente, algum prazer e muita realização no “trabalho”, mas isso nunca ocorrerá com o operário. É muito difícil sentir prazer em quebrar pedra, carregar tijolo, dirigir um ônibus no trânsito de Belém, capinar um roçado de mandioca em baixo de um sol escaldante, carregar e descarregar mercadoria nos armazéns e cais da vida. Empregada doméstica que dorme no emprego, então…
Isso, sem falar em trabalho escravo. Institucional, ou, não. Até ontem, o escravagismo era praticado em todas as nações do mundo. E era legal, ético e moral. Inclusive o tronco e a chibata.
De repente, como um axioma, determinou-se, não sei quando, nem quem, “que o trabalho enobrece e dignifica o homem”. Com certeza deve ter sido formulado pela classe patronal e por sua aliada natural, a religião. Qualquer uma.
Foi assim como uma lavagem cerebral histórica que permeou corações e mentes de toda a humanidade desde o começo dos tempos. Dogma.
Durante muitos anos lutei contra esse desígnio de uma força quase superior a mim.
Escondi ao máximo de todo mundo. E acho que o fiz tão bem que terminei convencendo as pessoas que eu era bom de trabalho e mesmo até gostava.
O pior é que o embuste me convenceu. Virei um viciado em trabalho. Um tal de “work-a-holic”. Fui além daquela história da mulher de Cezar às avessas: primeiro aparentar depois ser. Dizem que os paulistanos são craques nisso.
Demorou a cair a ficha. Foi quando resolvi contestar essa história de que o índio é preguiçoso.
Trabalhei como um mouro (!) por mais de cinqüenta anos. Poucas vezes tirei férias. E, nesses raros momentos de gozo, quando não estava porre, sentia-me como um estudante adolescente a gazetear aula. Culpado de alguma coisa.
Aos setenta e três continuo trabalhando, agora, como sempre, por necessidade de sobrevivência. A grande diferença é que não tenho mais que provar nada a ninguém.
Dane-se!
O que ele disse
"Não se pode confundir o fato de terem praticado vários crimes, através de uma organizada quadrilha, com continuidade delitiva de todos os crimes. Seria um privilégio indevido a quem faz da prática de crimes uma rotina. Cada crime teve seu contexto e execução próprios."
Joaquim Barbosa, ministro do Supremo Tribunal Federal, defendendo a tese, enfim vitoriosa, de que os crimes cometidos por réus do mensalão não configuraram a continuidade delitiva. Esse entendimento, amplamente majoritário na Corte, impediu a redução de penas já aplicadas.
Joaquim Barbosa, ministro do Supremo Tribunal Federal, defendendo a tese, enfim vitoriosa, de que os crimes cometidos por réus do mensalão não configuraram a continuidade delitiva. Esse entendimento, amplamente majoritário na Corte, impediu a redução de penas já aplicadas.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
O futuro da notícia
Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa
A imprensa ainda discute as razões que levaram o empresário australiano Rupert Murdoch a encerrar as atividades do seu título The Daily, criado para circular apenas em tabletes digitais. A causa apontada pela maioria dos analistas foi a insuficiência de renda de publicidade para criar e manter uma nova marca no competitivo mercado de mídia.
Nesse contexto, foi identificada também a dificuldade para captar receitas dispersas num mercado extremamente fragmentado e dirigir esses recursos para uma alternativa que se oferece apenas numa plataforma digital móvel.
Na edição de quarta-feira (5/12), a Folha de S. Paulo traz uma entrevista curta da pesquisadora Amy Mitchell, que dirige o Projeto para Excelência em Jornalismo do Instituto Pew, que repete algumas opiniões bastante populares entre observadores do ambiente comunicacional. Mitchell está em São Paulo para participar do seminário MediaOn, designada para opinar no painel intitulado “Mobile: qual o futuro da notícia?”
O núcleo de seu ponto de vista é a aparente impossibilidade de obter com os meios digitais a mesma receita que é produzida pelos meios tradicionais, como os jornais impressos. No entanto, sabe-se que os meios impressos, embora ainda produzam uma receita maior, estão em claro declínio.
Alguns pesquisadores chegam a declarar que em menos de uma década o número de leitores de jornais e revistas impressos vai cair bruscamente a um patamar tão baixo que o setor poderá entrar em colapso. Portanto, outros se surpreendem que uma iniciativa aparentemente inovadora, como um jornal exclusivo para tabletes eletrônicos, tenha tido uma vida tão curta.
Vida efêmera
No caso do Daily de Murdoch, seria conveniente acrescentar a essas análises o fator negativo Murdoch. Esse é um nome que, definitivamente, não combina com inovação. E uma das características mais associadas aos leitores da nova geração é certa seletividade quanto ao valor moral das informações, uma vez que eles podem opinar imediatamente sobre qualquer notícia.
Outro elemento que precisa ser considerado é o fato de que, no ambiente hipermediado em que vivemos, a construção das marcas não se faz da mesma forma como era produzida no contexto que ficou conhecido como cultura de massa, no qual as escolhas eram decididas exclusivamente entre as ofertas presentes num mainstream, ou uma corrente central de informação.
Nesse cenário, que vem sendo transformado pelos novos meios, as marcas dependiam exclusivamente da ação da mídia de massa. Essa hegemonia era tão absoluta que conseguia abrigar até mesmo as ações contraculturais.
O mundo ocidental ainda não superou o modelo de comunicação massiva, mas esse sistema convive com a realidade da hipermediação e sofre um processo de fragmentação provocado pela disponibilidade de meios menos centralizadores de comunicação e informação, o que reduz a efetividade da mídia de massa e tende, por consequência, a reduzir o valor percebido da publicização pelos meios tradicionais.
Sabe-se, por exemplo, que o efeito de um anúncio na televisão é muito menor hoje do que era há apenas três anos, porque um número crescente de telespectadores divide sua atenção entre a tela da TV e o tablete ou smartphone, aproveitando para usar esses aparelhos justamente durante o intervalo comercial.
Então, diria alguém, seria de supor que um jornal criado exclusivamente para tabletes digitais tivesse todas as condições para um futuro promissor? Não necessariamente, como demonstra a curta trajetória do Daily de Murdoch.
O fim das mediações
Primeiro, é preciso considerar que, para o papel ou para meios digitais, a produção e organização de notícias pelo processo tradicional representam um custo muito elevado.
Segundo, é preciso questionar se o público buscado pela iniciativa do empresário australiano se enquadra no perfil das audiências típicas de seus jornais e suas emissoras de televisão, que representam o pior que o jornalismo pode oferecer em termos de qualidade ética.
Por último, mas não menos importante, os debates sobre o futuro do jornalismo não têm enfrentado a questão central do fim das mediações centralizadas, como as conhecemos desde que a imprensa se tornou uma espécie de avalista dos valores comuns nas sociedades democráticas.
O surgimento e expansão das mídias digitais tende a substituir os processos midiáticos por sistemas de relacionamento, o que implica mudança essencial na criação de cultura.
Estamos envoltos no maior fenômeno de mudança cultural vivido pela humanidade desde a invenção da roda. Murdochs não têm a menor importância
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