Professores em greve ocuparam o prédio de SEFA em Belém. Eles quebraram a vidraça do hall de entrada do prédio que fica na Avenida Doca de Souza Franco. pic.twitter.com/Zk1tAAFf8w
— JL1 - TV Liberal (@JL1edicao) January 28, 2025
Professores estaduais, em greve desde o dia 23 de janeiro passado, invadiram no final da manhã desta terça-feira (28) o prédio da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), na Avenida Visconde de Souza Franco, a Doca. Aos gritos da "revoga, revoga, revoga", os manifestantes quebraram uma vidraça e entraram no prédio, conforme mostram as imagens acima.
A manifestação dos professores e a ocupação do prédio da Sefa amplia o movimento iniciado por lideranças indígenas, que há cerca de duas semanas ocupam as instalações da Seduc, na Avenida Augusto Montenegro, e também exigem, como os docentes, não apenas a revogação da Lei Estadual 10.820/2024, votada e aprovada à quase unanimidade pela Assembleia Legislativa do Estado, no apagar das luzes do ano passado, como a demissão do secretário de Educação, Rossieli Soares.
Tanto os professores grevistas como as lideranças indígenas consideram que a lei, aprovada em meio a confrontos entre manifestantes e policiais militares nas áreas próximas à Alepa, é perniciosa ao sistema educacional, eis que, conforme avaliam, retira direitos dos docentes e prejudica os indígenas que moram em aldeias distantes de zonas urbanas, substituindo a atividade presencial de professores por aulas ministradas remotamente, por meios virtuais.
A manifestação também tem sido engrosssada com a ocupação da BR-163, à altura do Km 922, no município de Belterra, na região oeste do Pará. A Justiça Federal já expediu liminar determinando que a manifestação deveria limitar-se a 30 minutos pela manhã e 30 minutos à tarde, mas a Advocacia Geral da União (AGU) voltou a pedir que a proibição seja integral, porque os manifestantes não estariam respeitando a limitação imposta pela decisão judicial.
Como o Espaço Aberto já mostrou, as manifestações de professores e lideranças indígenas, exigindo a revogação da lei e a demissão de Rossieli Soares, representam o maior desgaste político para o governo Helder Barbalho, justamente no início do ano em que o Pará vai sediar a COP30, marcada para novembro, em Belém.
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