A Procuradoria Geral da República recebeu, no dia de 5 de novembro, os autos de Inquérito 4833, em que a Polícia Federal apura o suposto do envolvimento do senador Jader Barbalho (MDB-PA) em crimes decorrentes de supostos pagamentos a membros da cúpula do MDB do Senado no esquema de contratações fraudulentas celebradas pela Transpetro.
Em despacho assinado pelo ministro Edson Fachin, foi assinalado o prazo de 15 dias para que a PGR se manifeste sobre pedido da Polícia Federal, que aponta a necessidade de "especificadas diligências necessárias e pendentes à conclusão do inquérito."
No final de agosto deste ano, Fachin concedera à PF o prazo de 60 dias para a realização das diligências pendentes para a conclusão não apenas das investigações sobre o envolvimento de Jader, mas de um outro inquérito, o de numero 4832, em que figura como investigado o também senador emedebista Renan Calheiros (AL), igualmente suspeito de participação em contratação públicas irregulares.
O INQ 4832 investiga supostos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro por parte de Renan relacionados ao suposto pagamento de vantagens indevidas em razão da construção de embarcações do Estaleiro Rio Tietê. Já no INQ 4833, ele e Barbalho são investigados pelos mesmos crimes em decorrência de supostos pagamentos a membros da cúpula do MDB do Senado no esquema de contratações celebradas pela Transpetro.
Os fatos apurados nos inquéritos estão inseridos na investigação inicialmente conduzida pela PGR nos autos do INQ 4215, instaurado para apurar esquema de corrupção, de caráter marcadamente político, no âmbito Transpetro, em que seriam feitos repasses de propina a diversos agentes políticos e que teriam por finalidade a manutenção de Sérgio Machado na Presidência da estatal. A PGR requereu a cisão do INQ 4215, com a adoção de diversas providências relacionadas a fatos não contidos na denúncia.
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