Vamos e convenhamos: nós, torcedores - sem exceção -, somos mesmo tipos que devem ser investigados em provetas.
Num dia, estrilamos contra as arbitragens, às quais acusamos de roubar nosso time.
No dia seguinte (ou no jogo seguinte), a arbitragem é nossa amiga-irmã, que rouba o adversário e, portanto, nos favorece e nos deixa transbordantes de felicidade.
Vejam aí o Flamengo.
Na última segunda-feira (8), reclamou ter sido garfado na partida contra o lanterna Chapecoense, que perdia o jogo e chegou até a virar o placar, que foi encerrado, no final das contas, em 2 a 2.
Pelo que se leu por aí, a Impressão que tínhamos era de que a diretoria rubro-negra iria (será que ainda vai?) reclamar à Corte de Haia ou ao Conselho de Segurança da ONU, muito parecido ao que já aconteceu aqui nos nossos quintais, há não muito tempo.
"São erros que dão medo", disse um cartola, ardendo em revolta (hehehe).
Pois é.
Mas eis que ontem, três dias depois do jogo contra a Chape, Flamengo volta a campo para enfrentar o Bahia. Ganhou de 3 a 0.
No primeiro gol, no entanto, o árbitro viu pênalti numa bola que escandalosamente, estupidamente, absurdamente, clamorosamente e incontestavelmente bateu no peito de Germán Conti, zagueiro do time baiano, conforme mostrou o próprio VAR, também ignorado solenemente por Sua Senhoria o juiz da partida.
Aí, foi a vez do Bahia: "O futebol brasileiro virou um escândalo, um assalto, um absurdo. Fechem as portas", esperneou um cartola, também fervente de revolta (hehehe).
Entenderam bem, vocês aí, torcedores?
Então, é isso: nunca chame um juiz de ladrão.
Porque o ladrão de hoje pode ser aquele que, amanhã, vai ajudar o teu time.
Simples assim.
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