Prefeito de BH respondeu @AndreiaSadi sobre a fala do Dep. Eduardo Bolsonaro, que o chamou de ditador: "Se não tem público, não tem picadeiro, se não tem picadeiro, não tem palhaço." #EmfococomAndreiaSadi pic.twitter.com/dFfLiuAa8E
— John Biancato 🏳️🌈😷 (@JohnBiancato) December 2, 2020
Sempre achei que falar de forma objetiva, claríssima e sucinta é, sem dúvida, uma arte.
Assistindo a esse vídeo do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, eu eu me convenço de que é mesmo uma arte.
Se todos falassem tão objetivamente, tão claramente e tão sucintamente como o prefeito mineiro, os palhaços já teriam se recolhido à própria insignificância, à própria irrelevância e ao próprio déficit de racionalidade e inteligência que os domina.
Ah, sim: os palhaços de que aqui se trata e aos quais, certamente, o prefeito se dirige não são os encantadores palhaços que conhecemos, os palhaços genuínos, aqueles que ainda hoje evocam as nossas melhoras lembranças, sobretudo de infância, quando íamos aos circos e nos encantávamos com eles protagonizando seus shows maravilhosos nos picadeiros.
Não.
Esse palhaços são, verdadeiramente, artistas que merecem a nossa admiração e o nosso carinho.
Os palhaços a que Kalil se refere são indivíduos caricatos, ridículos, destituídos de qualquer senso de inteligência, cruéis, insensíveis e fanáticos.
É justamente a esses palhaços que devemos negar picadeiro.
Porque, se não tiver picadeiro, não teremos esse tipo de palhaço, como disse Kalil.
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