quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

"Se não tiver público, não tem picadeiro. Se não tem picadeiro, não tem palhaço". Entenderam?

Sempre achei que falar de forma objetiva, claríssima e sucinta é, sem dúvida, uma arte.

Assistindo a esse vídeo do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, eu eu me convenço de que é mesmo uma arte.

Se todos falassem tão objetivamente, tão claramente e tão sucintamente como o prefeito mineiro, os palhaços já teriam se recolhido à própria insignificância, à própria irrelevância e ao próprio déficit de racionalidade e inteligência que os domina.

Ah, sim: os palhaços de que aqui se trata e aos quais, certamente, o prefeito se dirige não são os encantadores palhaços que conhecemos, os palhaços genuínos, aqueles que ainda hoje evocam as nossas melhoras lembranças, sobretudo de infância, quando íamos aos circos e nos encantávamos com eles protagonizando seus shows maravilhosos nos picadeiros.

Não.

Esse palhaços são, verdadeiramente, artistas que merecem a nossa admiração e o nosso carinho.

Os palhaços a que Kalil se refere são indivíduos caricatos, ridículos, destituídos de qualquer senso de inteligência, cruéis, insensíveis e fanáticos.

É justamente a esses palhaços que devemos negar picadeiro.

Porque, se não tiver picadeiro, não teremos esse tipo de palhaço, como disse Kalil.

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