Chacrinha: ele veio não para explicar, mas para confundir. Igualzinho a certos presidentes. Mas Chacrinha era um mestre na comunicação. Bem ao contrário de certos presidentes. |
Quando se diz – como o Espaço Aberto tem dito
repetidamente – que o Capitão não sabe o que fala e nem consegue alcançar as
dimensões políticas de seus atos (como o de telefonar para a Petrobras e mandar suspender
o aumento dos combustíveis), tais assertivas se assentam na realidade, no dia a
dia deste governo despirocado.
Por exemplo: Bolsonaro disse que tem compromisso
de indicar o ministro da Justiça para a primeira vaga que aparecer no Supremo.
Moro, é claro, ficou numa saia justa: e tratou
de proclamar aos céus que, para integrar o governo Bolsonaro, fê-lo porque qui-lo –
livremente, por idealismo (ohhhhhh!), por um dadivoso patriotismo (ohhhhhh!),
sem condicionamentos de qualquer espécie.
Depois que a caca de mais essa declaração
espalhou seus odores (fétidos, obviamente) em todo o ambiente político, com
notáveis e negativos prejuízos políticos para a reputação do superministro da
Justiça, Bolsonaro, como acontece 300 vezes a cada dia, veio a público para
dizer que não foi bem isso que ele
disse quando falou em compromisso.
Mas foi, sim.
O que demonstra Bolsonaro, para criar confusões,
basta dar um "bom dia".
Porque ele não fala coisa com coisa.
Aliás, no artigo que assina em O Globo desta terça-feira (21), Merval
Pereira define perfeitamente o governo Bolsonaro: “O presidente torna-se o
Chacrinha da política, aquele que veio não para explicar, mas para confundir”.
É isso.
Com a diferença de que Chacrinha foi um mestre
da comunicação, da interação, da empatia.
Ao contrário de certos presidentes.
Hehe.Aliás, é de Chacrinha aquele velho bordão: "Quem não se comunica se trumbica".
Igualzinho ao que fazem certos presidentes.
Hehe.
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