O Conselho Regional de Medicina (CRM) convidou
representantes das entidades médicas para debaterem “de forma propositiva”,
segundo expressões do convite, resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM),
publicada na primeira semana de fevereiro, que está levantando grande polêmica
entre a categoria.
A Resolução
2.227/2018, que entra em vigor em 90 dias, autoriza e incentiva o
recurso à telemedicina, ou seja, o uso das inovações eletrônicas e dos meios de
comunicação que surgiram com a internet para a prática de uma medicina que já
não exige o contato físico. Em três meses, os médicos já poderão atender seus
pacientes através de um simples vídeo, procedimento que, até agora, era
expressamente proibido.
A convocação do CRN não é sem propósito. Conselhos
regionais de vários estados alegam não ter participado da elaboração das
normas. Chegou-se a pedir, inclusive, a suspensão das deliberações do CFM, que rebateu
as críticas sob o argumento de que a resolução foi resultado de dois anos de
amplas discussões deflagradas em todo o país.
Em Belém, a classe médica está dividida. Alguns profissionais
ouvidos pelo Espaço Aberto preferiram no momento não se manifestar, até porque
estão se inteirando da resolução. Mas reputam a telemedicina como um grande
avanço que poderá ser posto em prática rapidamente.
Outros
são mais cautelosos. É o caso do endoscopista Edmundo Veloso de Lima, que
admite ser a telemedicina um grande avanço, mas acha que, no momento, essa
alternativa “ainda não é adequada à nossa realidade”.
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