No AMAZÔNIA:
À imprensa, e à tarde, o procurador pediu desculpas por seu comportamento. 'Peço desculpas públicas como cidadão, como um homem que errou. Um erro lamentável e injustificável', disse. Há 13 anos como procurador e professor universitário, Paulo de Tarso deixou claro que seu erro diz respeito à sua vida pessoal. Mas que, na condição de homem público, se manifestou publicamente, pedindo desculpas aos policiais que o prenderam e ao delegado Sandro Rivelino.
Também pediu desculpas às instituições da qual faz parte - Ordem dos Advogados do Brasil, seção Pará, e Procuradoria Geral do Estado. 'Minha conduta nada tem a ver com a OAB e a Procuradoria Geral do Estado', enfatizou. 'Qualquer invocação a essas instituições que eu tenha feito, no momento de embriaguez, foi um equívoco. Eu não sustento isso. Acho que nenhuma autoridade, nenhuma pessoa, que exerce um cargo público tem o direito de fazer isso. Por isso que devo satisfação pública por esse erro. Acho que seria péssimo a mensagem que eu mandaria como homem público, de que eu posso me albergar na minha função pública. A função pública é para servir, não para seu autoproteger e invocar privilegios', disse. E acrescentou: 'Por isso meu pedidos de desculpas. Não só aos envolvidos, mas à sociedade. Estou falando como cidadão. Vou responder judicialmente pelos meus atos como cidadão comum, não é como autoridade, procurador, advogado e nem professor. Mas como cidadão que errou'. O procurador Paulo de Tarso Klautau Filho também afirmou não advogar nenhuma espécie de impunidade. 'Acho que seria lamentável se esse episódio virasse um exemplo disso'. O procurador também disse que não se reconheceu naquelas imagens, capturadas por um celular. 'Essa conduta viola meus princípios', disse, afirmando estar decepcionado consigo mesmo.
9 comentários:
Reconhecer o erro é salutar. Mas não exclui o crime nem a culpa. O procurador do Estado e professor de Direito cometeu pelo menos dois delitos tipíficados em lei, aliás confessados publicamente: dirigir embriagado e desacato.Como todo criminoso, deve ser punido na forma da lei.
Infelizmente cometeu um deslize feio, mas pela forma que se retratou publicamente, mostra que ele não faz parte daquele time das elites sociais e politicas que acham que estão acima do bem e do mal.
Nada justifica a atitude deste procurador. Se ele não for punido, terei certeza de que a lei funciona apenas para os mais pobres !!!
Esse tal procurador ainda acredita que não deve desculpas aos policiais militares ofendidos !!!
Desculpas. Mas qual é o verdadeiro Klautau? Aquele da arrogância, do super-homem; ou esse humilde que se desculpa? Nem ele saberá responder.
Nada que meia dúzia de cestas básicas não resolvam.
Pronto, estará "punido".
"Normalmente" é assim nessa tal de dona justiça.
Mas, como cidadão, torço que não seja assim. Tomara que não.
Em tempo: a atitude de reconhecer o erro e pedir desculpas já o faz parecer ser um cidadão de boa índole e formação.
A desculpa é cabível, necessária até, mas nestes tempos de vida midiática pode ser tambem um meio de remediar o comportamento acintoso, arrogante, de uma pessoa que se considera acima das leis. Tivesse escapado do celular e das imagens que não deixam margem para contestação do ato, o procurador teria, depois, se arrependido e pedidos desculpas?
No dia de hoje (13AGO09) o Procurador dirigiu-se a polícia Militar para se retratar.
Uma atitude que so tem cabimento numa promiscua relação entre tiranos e submissos. O Comando recebeu esse digno senhor e estabeleceu um longo dialogo com ele.
A falta de coragem da PM é uma caso a parte nesse caso. A PM recebe seu algoz com uma nobreza impar e aceita suas desculpas com uma submissao singular. Deixe-se claro que os Ofendidos nao estavam presentes.
Schadenfreude
é uma palavra de origem alemã usada também em outras línguas para designar o sentimento de alegria ou prazer pelo sofrimento ou infelicidade dos outros.
Ditados alemães:
* Schadenfreude ist die schönste Freude, denn sie kommt von Herzen. (ditado popular) - Schadenfreude é a alegria mais bela, já que ela vem do coração.
* Neid zu fühlen ist menschlich, Schadenfreude zu genießen teuflisch. (Arthur Schopenhauer) - Sentir inveja é humano, gozar da Schadenfreude é diabólico (Schopenhauer desdenha este sentimento)
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