O Capitão não é bobo, não.
Ele, ao contrário do que imaginam e acreditaram - e acreditam - seus acólitos, é da velha política, e não da nova.
Chegou a presidente da República após 28 anos de parlamentar.
É escolado nessa área.
É um iniciado, pois.
Não é nenhum neófito.
Por isso é que o PSL do Capitão aderiu, ora, à candidatura de Rodrigo Maia (DEM) - outro da velhíssima política - para presidente da Câmara.
Aderiu porque sabe que não haveria condições de vencê-lo, caso lançasse um candidato próprio ou aderisse a uma candidatura alternativa, de outra legenda.
Nesse caso, o Capitão, que não é bobo, seguiu aquela máxima: se você não pode vencer o inimigo, alie-se a ele.
Simples assim.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2019
Alexandre Garcia não integrará o governo Bolsonaro
Alexandre Garcia, que recentemente encerrou sua trajetória na Globo, acabou de vez com especulações de que iria comandar a Comunicação do governo Bolsonaro.
"Me perdoem, portanto, de não aceitar a sugestão de vocês [de integrar o novo governo]. Porque quero ser o porta-voz de todos", diz Garcia numa postagem no Twitter.
"Me perdoem, portanto, de não aceitar a sugestão de vocês [de integrar o novo governo]. Porque quero ser o porta-voz de todos", diz Garcia numa postagem no Twitter.
Texto completo... pic.twitter.com/VB0rg5u23t— Alexandre Garcia (@alexandregarcia) 3 de janeiro de 2019
Novo governo desrespeita jornalistas e ameaça liberdade de Imprensa
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), entidade de representação nacional da categoria, vem a público manifestar seu veemente repúdio às restrições ao trabalho dos jornalistas e ao tratamento desrespeitoso dispensado aos profissionais durante a posse do presidente Jair Bolsonaro, ocorrida ontem, 1º de janeiro, em Brasília. Os profissionais da imprensa foram obrigados a cumprir um horário injustificado, tendo de se apresentar para a cobertura às 7 horas, para uma solenidade marcada para o início da tarde. Jornalistas tiveram de se deslocar para os locais de cobertura em veículos disponibilizados pelo governo, não puderam circular livremente (alguns correspondentes estrangeiros consideram o confinamento obrigatório como cárcere privado), passaram por privação de água e ainda foram ameaçados, caso desrespeitassem as rígidas regras de comportamento anunciadas. Quem não respeitasse as restrições de acesso ou mesmo fizesse movimentos bruscos (aviso especial aos repórteres fotográficos, que não deveriam erguer suas câmaras), poderia se tornar alvo dos atiradores de elite.
Na história recente do país, nunca houve restrições ao trabalho dos jornalistas para a cobertura das posses dos presidentes eleitos pelo povo brasileiro. Aos profissionais credenciados foi anunciado, por uma assessora do novo governo, que se tratava de “uma posse diferenciada e todos têm que entender isso”. A diferença, entretanto, foi uma demonstração inequívoca de que o novo governo acha-se no direito de desrespeitar uma das regras essenciais das democracias: a liberdade de imprensa. A segurança não pode ser justificativa para medidas autoritárias e abusivas, que visam, na verdade, dificultar o trabalho dos jornalistas e restringir a produção e a livre circulação da informação. O verdadeiro aparato de guerra montado para a posse revela que a tática de Bolsonaro de espalhar o medo, utilizada na campanha eleitoral, será mantida no governo.
A FENAJ soma-se ao Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, que já havia denunciado as medidas restritivas ao trabalho da imprensa quando do credenciamento dos profissionais, e exige das autoridades do novo governo uma mudança no tratamento dispensado aos jornalistas no exercício da profissão. A Federação também cobra das empresas de comunicação postura mais firme na defesa de seus profissionais e da liberdade de imprensa. A maioria das empresas nem mesmo denunciou as medidas restritivas imposta pelo governo e o tratamento desrespeitoso dispensado aos jornalistas.
Não podemos naturalizar medidas antidemocráticas, para que não se tornem a regra. A democracia exige vigilância e estaremos vigilantes.
Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ.
Brasília, 2 de janeiro de 2019
quarta-feira, 2 de janeiro de 2019
O pacto do governo Bolsonaro é com sangue ou sem sangue?
Essa é nova.
Para não dizer novíssima.
Ao tomar posse como 38º presidente do Brasil, Jair Bolsonaro disse, com uma bandeira brasileira nas mãos, que ela só se tornaria vermelha se precisasse do "nosso sangue para mantê-la verde e amarela".
Palmas, vivas, berros de exaltação e descabelamentos patrióticos.
Muitas palmas e vivas.
Hoje, 24 horas depois dessa alocução, digamos assim, plena de moderação, serenidade e tolerância, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, defendeu um "pacto político entre governo e oposição por amor ao Brasil".
Ohhh!
Ainda não se sabe é se o pacto será com sangue ou sem sangue.
Mas Lorenzoni vai consultar seu chefe e, depois, di-lo-á (oh, saudades das próclises, mesóclises e ênclises de Temer!).
A chacina da Cabanagem: nada a ver e tudo a ver com o governo Helder
É a primeira chacina ocorrida sob o governo de Helder Barbalho (MDB), que assumira apenas poucas horas antes da matança.
Mas e daí?
O que a chacina tem a ver com o governo Helder?
Nada a ver e tudo a ver.
Nada a ver, porque é um absurdo atribuir-se a uma eventual quebra de compromissos do novo governo uma ocorrência criminosa registrada poucas horas depois da posse. Mas essa absurdez vem sendo propagada, intensamente, nas redes sociais, onde a insanidade, aliás, é a regra.
Tudo a ver, porque a chacina, e as cobranças que lhe sobrevieram, são indicadoras da enorme carga de expectativas que recai em relação às promessas do governador eleito, que durante a campanha eleitoral sentou a pua, o dia todo e todo dia, no governo Jatene, responsabilizando-o por ter abandonado o setor de Segurança Pública não apenas em Belém, mas em todo o estado.
Pela insistência e contundência das críticas, o novo governo terá agora de mostrar resultados. E as cobranças não escolhem hora.
Há os que vão cobrar resultados apenas nos famosos primeiros 100 dias de governo, outros no final do ano, outros mais no final de quatro anos e mais outros em poucas horas após a posse de Helder Barbalho.
"Fuga" de Simão Jatene divide o tucanato
Tucanos estão meio divididos em relação à postura do governador Simão Jatene, que simplesmente escafedeu-se e não compareceu à cerimônia de posse de seu sucessor, Helder Barbalho, a quem, portanto, não passou a faixa, um gesto tradicional, emblemático e revigorante nas democracias. Pelo menos nas melhores democracias, vale dizer.
Há gente próxima a Jatene que defender o gesto do ex-governador como uma reação natural diante das críticas diárias e contundentes que os veículos de comunicação da família Barbalho moveram contra o governo tucano e, pessoalmente, contra o próprio Jatene, sobretudo nos episódios envolvendo seu filho Beto, que chegou a ser preso pela Polícia Federal, em dezembro de 2018, sob a acusação de estar envolvido num esquema de corrupção.
Tucanos há, no entanto, avaliando que Jatene, experiente na vida pública, deveria ter posto à prova a couraça com que a experiência o proveu, com isso participando da cerimônia de entrega da faixa, mesmo rangendo os dentes.
Aliás, poucos dias antes da posse, o Espaço Aberto ouviu de dois tucanos que o governador compareceria à posse de Helder.
Era só uma ilusão, como se vê.
E se a corrupção imperar no departamento de corrupção de Witzel?
O governador do Rio, Wilson Witzel, é mesmo uma
espécie de Rambo entre os novos governantes que assumiram ontem o Executivo nos
27 estados do País.
Witzel, convenhamos, é um cara de coragem.
De muita coragem.
Ao ser empossado, ele prometeu criar um já nominado
Departamento
Geral de Investigação à Corrupção.
Hehe.
O governador, pelo sim, pelo não, poderia logo
criar, como medida acautelatória, um departamento para vigiar o que vai
combater a corrupção.
Porque, neste Brasil de corrupção, é bem
possível que a corrupção medre, justamente, no órgão encarregado de reprimi-la.
Mas tudo vai dar certo.
Grande Witzel!
sexta-feira, 28 de dezembro de 2018
Uma mulher foi barbarizada. Mas é alvo de deboches porque apoia Bolsonaro.
Neste Brasil de intolerâncias e selvagerias, o
crime não é bem um crime.
Tudo vai depender do viés ideológico da conduta –
seja do autor, seja da vítima.
A futura ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves,
contou publicamente que foi abusada sexualmente por dois pastores quando era
criança. Por causa disso, pensou em se matar. Só não o fez porque, disse, subiu
numa goiabeira no quintal da casa dela, viu a imagem de Jesus e desistiu.
Pronto.
A partir daí, a ministra não ficou conhecida
porque foi vítima de um crime – odioso, horroroso, nojento, hediondo, selvagem,
tenebroso.
A ministra ficou conhecida porque, conforme seu
relato, subiu numa goiabeira, viu a imagem de Jesus e desistiu de tirar a
própria vida. E era uma criança, não esqueçam, pensando em atentar contra a
própria vida.
Metade do País, que não votou em Bolsonaro,
esqueceu a parte odiosa, horrorosa, nojenta, hedionda, selvagem e tenebrosa da
história da ministra – a parte em que ela narra as agressões sexuais que sofreu
– e passou a ridicularizar e debochar da outra parte, relativa a suas crenças e convicções
religiosas.
E o mais espantoso: entre os que se divertem com
o relato de um crime hediondo cometido contra uma mulher, grande parte é
formada por quem?
Por mulheres, ora.
Homens e mulheres que se divertem com o drama que
envileceu, aviltou e barbarizou uma mulher estariam, provavelmente, com suas indignações (que seriam
justas, diga-se) à flor da pele se a envilecida, aviltada, agredida e
barbarizada fosse uma mulher antibolsonarista.
Façamos justiça a umas poucas vozes, entre elas
a da ex-deputada Manuela D’Ávila, vice de Fernando Haddad nas últimas eleições
presidenciais, que
se solidarizou publicamente com a futura ministra.
No segmento dos que não apoiaram e nem acolhem
as ideias e os preconceitos cultivados por Bolsonaro e seus exércitos, Manuela
é uma das exceções que confirmam a regra atual de que, neste Brasil de
intolerâncias e selvagerias, o crime não é bem um crime.
Tudo vai depender do viés ideológico da conduta –
seja do autor, seja da vítima.
É ou não é?
Meu
Deus!
terça-feira, 25 de dezembro de 2018
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
Não. Se o Supremo ainda for o Supremo, a decisão de Marco Aurélio não tem que ser cumprida.
Se eles, os juristas, não conseguem especular o que deu no ministro para assinar decisão tão esdrúxula, imaginem nós.
Mas o certo é o seguinte.
Marco Aurélio é conhecido no Supremo como Voto Vencido.
E ele adora, parece, protagonizar esse papel.
Porque acha que só deve favores e explicações à sua consciência. Ainda que sua consciência lhe dite, tantas vezes, seguir entendimentos, digamos assim, fora do ponto de curva.
Engana-se o ministro.
É bom, sim, que ele subordine seus pronunciamentos judiciais à sua consciência. Mas não pode fazê-lo sem balizamentos constitucionais no mínimo razoáveis, porque a Corte que ele integra, não por acaso, é chamada de Guardiã da Constituição.
E para sê-lo, o Supremo não pode aviltar, não pode envilecer suas próprias decisões.
Curioso é que Marco Aurélio, tão logo expediu a liminar, disse assim: "Se o Supremo ainda for o Supremo, minha decisão tem que ser obedecida".
Hehe.
Se o Supremo ainda for o Supremo, a decisão de Marco Aurélio não tem que ser obedecida.
E por que não tem?
Porque o Supremo já decidiu contrariamente à vontade monocrática de Marco Aurélio. E ele dá demonstrações evidentes de que, desta vez, não se conforma em ser o Voto Vencido, já que se enfileirou entre os que são contrários à prisão após o trânsito julgado em segunda instância.
Mas convém que o ministro siga o entendimento da Corte até que, na apreciação de uma nova ação, possa novamente firmar seu entendimento sobre essa questão.
Se o Supremo, em abril do próximo ano, voltar atrás e decidir que ninguém poderá ser preso após o trânsito em julgado em segunda instância, rendamo-nos todos a essa decisão, independentemente do seu mérito. Mas, por enquanto, não.
Por enquanto, se o Supremo ainda for o Supremo, a decisão de Marco Aurélio não tem que ser obedecida.
Simples assim.
A voz, a serenidade, a lucidez, o jornalista: Joseval Peixoto
Acabo de ouvir o Jornal da Manhã, da Jovem Pan, como fazemos eu e trocentos milhões que jamais se desgrudam do rádio.
Porque ainda há, acreditem, trocentos milhões que, como eu, têm no rádio uma referência imorredoura.
Ouvindo o Jornal da Manhã, comovi-me com as homenagens de despedidas para Joseval Peixoto.
Aos 80 anos de vida, e cerca de 60 no rádio, ele se aposentou da emissora.
Há muitos anos - antes, apenas quando estava em São Paulo, e depois, quando chegou a internet, também fora de São Paulo -, ouço o Jornal da Manhã com a avidez dos que gostam de boa informação.
Há muitos anos, a vinhetinha Vumbora, vumbora, olha a hora soa como um despertador para a boa informação.
Há muitos anos, o Jornal da Manhã associou-se ao nosso imaginário como a hora em que Joseval Peixoto estava ali, compondo a bancada e brindando seus ouvintes com análises e comentários serenos, vocalizados por um voz potente, empostada, agradável, como se fosse a embalagem apropriada para um conteúdo da melhor qualidade.
Joseval foi um mestre do jornalismo no rádio.
E, no meu caso, cativou-me também porque foi narrador esportivo.
Entre outros eventos, narrou o milésimo gol de Pelé, naquele jogo contra o Vasco, numa partida disputada no Maracanã lotado e que acompanhei, num rádio Philco de meu avô Vidal Bemerguy, pela Rádio Globo.
O narrador daquele gol foi Waldir Amaral. Mas depois já escutei umas mil vezes a narração do milésimo gol de Pelé, umas 500 na voz do próprio Waldir e outras 500 na voz de Joseval Peixoto.
É uma pena que não tenhamos mais a presença marcante de Joseval Peixoto no Jornal da Manhã.
Mas é animador sabê-lo lúcido, pleno de vida e uma referência das mais positivas e brilhantes para quem faz jornalismo.
No rádio e fora dele.
sábado, 15 de dezembro de 2018
Bolsonaro sabe tudo sobre parafusos. O dele e dos outros.
Sobre o presidente eleito, Jair Bolsonaro,
diga-se tudo e mais alguma coisa.
Mas não se diga uma: a de que ele não é objetivo e bastante inteligível no que fala.
Parece que todo mundo entende Bolsonaro, né?
Quando ele fala, todo mundo entende.
Até porque o Capitão evita, por exemplo, as
longas orações intercaladas, mais afeitas apenas aos grandes oradores.
Mas Bolsonaro é desta era de Zaps, em que as
pessoas digitam duas palavras e, mesmo assim, às vezes ninguém entende nada mesmo.
Mas ele, não.
Pois espiem essas notas (na imagem) que estão na coluna de Ancelmo Gois, em O Globo deste sábado.
Espiem.
E vejam se concordam comigo: em termos de
parafusos, Bolsonaro entende tudo.
Entende
bem sobre os parafusos dele e dos outros.
terça-feira, 27 de novembro de 2018
Paysandu é dirigido por “garotos inconsequentes” e “velhos irresponsáveis", diz Luiz Omar
O ex-presidente do Paysandu Luiz Omar Pinheiro fez
duros ataques à atual diretoria depois do rebaixamento do time bicolor para a
Série C, consumado no último sábado com a goleada por 5 a 2 para o Atlético-GO,
em plenário estádio da Curuzu.
Numa gravação que ele próprio fez de si mesmo,
logo depois do jogo de sábado à noite, Luiz Omar diz que o clube está sendo
dirigido, nos últimos anos, por “um bando de garotos inconsequentes rodeados
por meia dúzia de velhos irresponsáveis” e acusa os atuais cartolas de terem
disseminado, inclusive entre a própria Imprensa e boa parte da torcida, a
ilusão de que faziam uma gestão de excelência.
“O Paysandu, na era Novos Rumos, se tornou um cinema,
porque a Novos Rumos é uma seita e fica rotulando que o Paysandu,
administrativamente, havia evoluído, era um exemplo de administração. Cara, mas
o que é uma administração perfeita para um time tipo o Paysandu? [...] Era
pintar a Curuzu? Comprar um ônibus, fazer um hotel, ajeitar a sede? Não. Não é
isso a gestão que o Paysandu precisa. O Paysandu precisava estar na Série A do Campeonato
Brasileiro”, diz Pinheiro.
Assista ao vídeo, que foi mandado originalmente
para alguns bicolores mais ligados a Luiz Omar Pinheiro, mas está viralizando. A
versão que chegou ao Espaço Aberto está interrompida mais ou menos aos seis
minutos de gravação. Mas a parte disponível é nitroglicerina pura.
sábado, 24 de novembro de 2018
Os hermanos e uma das maiores selvagerias de todos os tempos
Mas que coisa, hein, gente?
Como vocês sabem, e como todos nós sabemos, os hermanos são sempre superlativos, né?
Como são superlativos, estavam pintando essa final entre River x Boca, pela Libertadores, como a maior final de todos os tempos.
Sim: a maior final de todos os tempos - desde o início dos Cosmos, para ficar bem claro.
Pois é.
O que tivemos hoje, no entorno do Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, foi, isso sim, uma das maiores barbáries de todos os tempos no futebol.
A delegação do Boca foi atacada a pedradas por selvagens quando se dirigia ao estádio.
Jogadores sofrem lesões nos olhos.
Outros, como Tévez (na imagem), passaram mal após a polícia atirar bombas de gás contra os vândalos.
O motorista do ônibus, atingido, acabou desmaiando. O vice-presidente do Boca teve que assumir a direção do veículo para evitar uma tragédia maior.
As ruas ao redor do estádio transformaram-se num campo de guerra.
Resultado: partida adiada para este domingo (25).
E fica uma pergunta: independentemente de quem seja o campeão, qual será a punição para o River?
Será apenas uma advertência?
Ou será, superlativamente, a maior punição de todos os tempos por não ter garantido a segurança no entorno de seu estádio?
A conferir.
quarta-feira, 21 de novembro de 2018
Cosanpa cobra mais de R$ 30 mil de idosa e arranca tubulação
Espiem só.
Espiem só como a crueldade não tem limites.
No caso, a crueldade da Cosanpa.
A titular dessa conta de água que vocês estão
vendo é um senhora de 80 anos, que reside em casa de dois cômodos no bairro do
Marco.
O blog recebeu uma foto dela. Mas prefere não
expô-la.
A octogenária sofre de Alzheimer e tem como companhia
uma cuidadora.
O imóvel tem apenas um chuveiro e uma pia de
lavar louça.
O consumo de água é basicamente para sua higiene
pessoal e para lavar louças. Poucas louças, vale dizer, uma vez que tudo é
preparado na casa de uma irmã dela.
Observem as cobranças da Cosanpa.
O consumo seria o equivalente a mais de R$ 30
mil, desde junho do ano passado até setembro deste ano.
A família explicou a situação desde quando
chegaram as primeiras contas.
Técnicos fizeram inspeção na casa e não
constataram nenhum vazamento.
Nesse meio tempo, vieram uma ou duas cobranças
com valores reais.
Depois, enlouqueceram.
Na terça-feira (20), foram à casa da pobre
mulher e arrancaram a tubulação, deixando um buraco na calçada.
Não se importaram nem com o estado de saúde da
idosa.
A crueldade, repita-se, não tem limites.
terça-feira, 20 de novembro de 2018
Bolsonaro, superchefe da Casa Civil, precisa conter o superpresidente Paulo Guedes
Espiem só essa nota publicada há pouco em O
Antagonista, o site antipetista e bolsonarista que tem, entre seus integrantes,
Diogo Mainardi. Prestem atenção, sobretudo, no penúltimo parágrafo.
Como publicamos mais cedo, Paulo Guedes está criando diversas
‘supersecretarias’ temáticas dentro do Ministério da Economia.
Uma delas é a de Desestatização e Privatizações, que ele
acaba de confirmar ao resto da imprensa. Ocorre que a Secretaria Geral da
Presidência já tem sob sua alçada o PPI (Programa de Parcerias de
Investimento), que reúne justamente concessões e desestatizações.
Da
mesma forma, Guedes quer bombar uma Secretaria de Comércio Exterior e Relações
Internacionais. Mas o Palácio do Planalto planeja ter uma forte Assessoria
Internacional, voltada a apoiar o trabalho do Itamaraty, inclusive no comércio
exterior.
Dias atrás, integrantes do staff de Sergio Moro se
surpreenderam com uma ‘equipe’ de Guedes para a Justiça. Assessores de
Bolsonaro avaliam que essa ‘estrutura paralela’ do superministro pode gerar
sobreposição de esforços e conflitos de competência.
A interlocutores, Guedes alega que sua intenção é criar
‘pontos de contato’ com as diferentes áreas do governo, para facilitar a
interlocução e a execução das agendas.
Agora, espiem aqui esse trecho de postagem do Espaço Aberto, de 15 novembro passado,
sob o título No
governo Paulo Guedes, Bolsonaro deve ser chefe da Casa Civil. #euapoio.
Pelo
andar da carruagem da transição, não seria melhor Jair Bolsonaro, ainda que
investido na condição de presidente legitimamente eleito, assumir o cargo e
nomear-se, digamos assim, chefe da Casa Civil, entregando o governo ao futuro
superministro da Economia, Paulo Guedes?
Pois é.
Então, o surpresidente
Paulo Guedes já se metendo até na área do superministro Sergio Moro.
Pelo visto, o superchefe da Casa Civil, Jair
Bolsonaro, terá que intervir.
quinta-feira, 15 de novembro de 2018
No governo Paulo Guedes, Bolsonaro deve ser chefe da Casa Civil. #euapoio.
Pelo andar da carruagem da transição, não seria
melhor Jair Bolsonaro, ainda que investido na condição de presidente
legitimamente eleito, assumir o cargo e nomear-se, digamos assim, chefe da Casa
Civil, entregando o governo ao futuro superministro da Economia, Paulo Guedes?
Porque, sim, Bolsonaro, apesar de ser Bolsonaro,
tem traquejo político. À sua maneira, é claro, mas tem.
Já Paulo Guedes só tem traquejo de Paulo Guedes
mesmo.
Vejam a última dele.
Em encontro com governadores, nesta quarta-feira
(14), apresentou como uma das propostas para tirar os cofres estaduais das
cinzas dividir entre as unidades federados os esperados R$ 100 bilhões resultantes
de um leilão do pré-sal.
Agora, vejam só que estratégia bacana. Tipo
assim, uma estratétia genuinamente com a grife Paulo Guedes.
O processo licitatório ainda precisa ser
aprovado no Congresso. Para isso, portanto, será preciso negociar com todos os
congressitas. Mas supomos que o governo Paulo Guedes (desculpa aí, Bolsonaro) negocie
e aprove o projeto com o modelo de licitação. Beleza!
Aí, em troca, os governadores, em troca dos R$
100 bilhões que vão receber, comprometem-se a apoiar a reforma da Previdência,
cooptando suas respectivas bancadas.
Ou seja, o governo Paulo Guedes (desculpa aí,
Bolsonaro) não se preocuparia com essa articulação. Deixaria tudo a cargo dos
governadores, que então teriam de se virar nos 30.
Olhem trecho de matéria de O Globo desta
quinta-feira:
—Está
todo mundo apertado junto. Se arrecadar esses R$ 100 bilhões, eu vou pegar isso
aí, e a gente pode passar para estados e municípios, para todo mundo pelo
princípio do pacto federativo. Agora, o que não pode é atrapalhar a tramitação.
Se for mudar, enfiar uma emenda lá, aí já atrasa — afirmou Guedes aos
governadores.
Essa é uma sinalização da estratégia que Guedes pretende
colocar em prática na relação do governo Bolsonaro com o Congresso. A ideia é
negociar as pautas de interesse do governo no Legislativo prioritariamente com
os governadores e não com os parlamentares.
—
Querem ajuste (tributário) mais rápido? Participem da reforma previdenciária
conosco. Façam um sacrifício —disse Guedes.
Então, vamos resumir.
O Congresso prepara tudinho como o governo quer,
ou seja, aprova o projeto da licitação e o aprova.
São arrecadados R$ 100 bi.
O dinheiro é dividido – equanimemente, acredita-se
– entre os Estados.
Governadores ficam saltitantes.
Aí, chamam seus deputados e senadores para votar
a reforma da Previdência rapidamente:
- Venham cá. Agora é nóis na fita! – dirão governadores a seus deputados e senadores,
que assim não tratariam com o governo Paulo Guedes (desculpa aí, Bolsonaro),
mas com os governos estaduais.
Não é tão simples esse roteiro?
Não é ótimo eleger-se presidente e passar o
governo para o ministro da Economia?
sábado, 10 de novembro de 2018
Fábio Bentes tem a grave missão de acabar com as divisões no Remo
Meno male.
Fábio Bentes foi eleito neste sábado (10) o novo presidente do Remo.
Cravou mais de 200 votos sobre o segundo colocado, Manoel Ribeiro.
Aliás, há umas duas semanas, quando teve sua candidatura impugnada sob a acusação de que teria cometido ato de improbidade quando dirigia do DNIT no Pará, Ribeiro disse que não entrava em disputa para perder.
Pois não é que perdeu?
Perdeu e, antidesportivamente, deixou as dependências do Remo sem falar com ninguém, muito menos com o presidente eleito, a quem sequer cumprimentou.
Pois é.
Essa conduta também é ultrapassada.
O importante é que o Remo decidiu renovar-se.
Mas Fábio tem uma grande missão: acabar com as divisões internas no clube.
Porque, como já se disse aqui, os mais letais adversários do Remo são os próprios remistas.
Fábio Bentes foi eleito neste sábado (10) o novo presidente do Remo.
Cravou mais de 200 votos sobre o segundo colocado, Manoel Ribeiro.
Aliás, há umas duas semanas, quando teve sua candidatura impugnada sob a acusação de que teria cometido ato de improbidade quando dirigia do DNIT no Pará, Ribeiro disse que não entrava em disputa para perder.
Pois não é que perdeu?
Perdeu e, antidesportivamente, deixou as dependências do Remo sem falar com ninguém, muito menos com o presidente eleito, a quem sequer cumprimentou.
Pois é.
Essa conduta também é ultrapassada.
O importante é que o Remo decidiu renovar-se.
Mas Fábio tem uma grande missão: acabar com as divisões internas no clube.
Porque, como já se disse aqui, os mais letais adversários do Remo são os próprios remistas.
Fábio Bentes é o novo Presidente do Clube do Remo com 627 votos. E irá presidir o Clube no próximo biênio 2019/2020. pic.twitter.com/ic0b5MwG0n— Clube do Remo (@ClubeDoRemo) 10 de novembro de 2018
sexta-feira, 9 de novembro de 2018
Os mais letais adversários do Remo são os remistas
Não sei se eu já disse alguma vez aqui no Espaço
Aberto.
Mas, se nunca o disse, digo-o agora, pois: os
maiores – e mais letais – adversários do Remo são os remistas que o dirigem ou
se habilitam para dirigi-lo.
Vejam as eleições marcadas para este sábado
(10).
A disputa – envolvendo três chapas – tem sido
uma fonte inesgotável de horrores.
Áudios que circulam por aí – e inclusive já
chegaram até este repórter – são repositórios de nojeiras sem fim, envolvendo,
inclusive, a vida íntima de pessoas.
Há um bate-boca asqueroso em público.
Há exibições explícitas de voluntarismos,
ornados de proclamações comoventes de amor
ao Remo.
Mas esses amores
estão, a olhos vistos, acabando com o Remo, que só não acaba porque, sim, é o
Remo.
Esse circo de horrores está medrando em meio a
um deserto – dos mais desérticos – de ideias, de propostas, de intenções
concretas e viáveis para resgatar as finanças do Remo da situação caótica em
que se encontra há anos – duas décadas, no mínimo.
O que o Remo fez, gente, para merecer que
remistas o tratem tão mal assim?
O
que fez?
Moro, ministro, é sim mais político do que nunca
Sergio Moro tem razão em achar o cúmulo da teoria
conspiratória essas alegações de que ele, ao aceitar um cargo de ministro no
governo Bolsonaro, estaria apenas consumando as suspeitas sobre sua suposta parcialidade
no julgamento de Lula.
Olhem, sinceramente, isso de fato não faz
sentido algum. Porque, se alguém acha que faz, então deveriam alegar a
suspeição, a parcialidade não apenas de Sergio Moro, mas de todos os
magistrados de instâncias superiores que chancelaram seus atos no processo
envolvendo Lula.
Entre esses magistrados estão, inclusive,
membros do STJ, que negaram HCs para o ex-presidente, e integrantes da 8ª Turma
do TRF4 que mantiveram a condenação de Lula por Sergio Moro e, além disso,
aumentara a pena imposta em primeira instância.
Essa é uma questão.
A outra questão é Moro dizer que, aceitando o
cargo de ministro, não estaria contrariando declarações passadas, em que ele
prometeu jamais se envolver com política.
Hehe.
Se Moro, àquela altura, quis referir-se à
política partidária, tudo bem, ele continua coerente com o que disse.
Mas é inegável que o cargo de ministro é
político, sim.
É essencialmente político, ainda que ocupado por
um técnico sem filiação partidária como Sergio Moro.
Aliás, o que o juiz vai ter que tratar com
políticos, num ambiente político, envolvendo temas políticos com motivação essencialmente políticas não está no gibi.
Bem diferente de suas funções judicantes, quando
lidava com políticos para decidir, com base nos códigos – ou na letra fria da lei, para usar expressão
corrente -, se eles eram culpados ou inocentes.
Acabou essa fase.
Moro, agora, é político, sim.
Genuinamente um político.
E, acho, isso não o desmerece, como não
desmerece ninguém.
Porque a política é atividade das mais
dignificantes.
Pena que tantos a tornem indigna e se façam
indignos por causa da política.
Habeas Corpus vencido pela OAB garante prerrogativas profissionais e protege comunidades ribeirinhas
ISMAEL
MORAES - advogado socioambiental
A Turma de Direito Penal do Tribunal de Justiça
do Pará mandou arquivar ação penal movida por um promotor da Capital
acusando-me de denunciação caluniosa e apontando como vítima um promotor de
Barcarena denunciado a mim por comunidades de usar a função pública ministerial
a serviço da multinacional Bunge Alimentos, no ano de 2015.
A decisão do Tribunal atendeu ao pedido de
Habeas Corpus para Trancamento de Ação Penal (processo nº
0002596-97.2017.814.0000) impetrado pela OAB na pessoa do presidente Antonio
Alberto Campos, defesa de que também participou o advogado Marcelo Romeu de
Moraes Dantas.
A Corte Criminal entendeu que “postulando em
nome do cidadão, o advogado não exerce mera e simples atividade profissional
liberal, posto que sua atuação desvencilhada dos poderes Executivo, Legislativo
e Judiciário, tem o condão de contribuir para o fortalecimento, manutenção e
fomento do Estado Democrático de Direito”. E citando José Afonso da Silva,
estabeleceu que “a advocacia não é apenas uma profissão, é também um múnus, é a
única habilitação profissional que constitui pressuposto essencial à formação
de um dos Poderes do Estado: o Poder Judiciário”. Em resumo, decidiu a Turma do
Tribunal de Justiça que o advogado possui imunidade profissional quando está
munido de procuração, e que quando veicula denúncias contra o Ministério
Público e utiliza de expressões duras são meros recursos do jargão forense, que
o uso da palavra ao acusar membro do parquet não constitui excesso se as
expressões remetem a fatos.
Esse precedente é histórico na jurisprudência do
Pará no campo da defesa das prerrogativas profissionais dos advogados.
Foi rápida a atuação do presidente Antonio
Alberto Campos Campos, porque além de constatar a gravidade da violação
profissional, visualizou que a atuação da OAB também atenderia interesses
sociais de oprimidos, por saber que dedico parte substancial da minha advocacia
defendendo comunidades tradicionais amazônicas contra grandes projetos econômicos
instalados em locais de vida desses povos com o conluio criminoso do Estado
(Semas, em especial).
O promotor enviara ao Comando da PM ofício
dizendo que as comunidades impediam o trânsito de ambulâncias e ônibus escolar.
As comunidades apresentaram declaração da Prefeitura de Barcarena que isso
nunca aconteceu, até porque seus filhos e eles próprios eram atendidos por
esses serviços públicos. Esse documento do Ministério Público à PM foi
utilizado como prova de declaração falsa para reprimir com força policial, e
sem ordem judicial, a defesa contra as agressões e visando que carretas da
multinacional Bunge Alimentos invadissem as áreas em que vivem. Com base nisso,
ajuizei em favor das comunidades no Tribunal queixa-crime contra o promotor de
Justiça, que foi bastante para amedronta-lo quando foi notificado pelo
Tribunal, o que o fez cessar as agressões. Mas a queixa-crime, sem ser sequer
instruída, não foi recebida, o que encorajou ao promotor que se dizia vítima
pedir abertura de processo contra mim.
Após a decisão da Turma de Direito Penal do TJ,
a Procuradoria Geral de Justiça recorreu ao Superior Tribunal de Justiça. Mas o
parecer da Procuradoria-Geral da República é a favor de manter a decisão do TJ
que concedeu o habeas corpus à OAB do Pará.
“Para ser magistrado, precisa ter vocação”, diz juiz federal
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Professor Zacaria Nassar, professora Virgínia Lopes, juiz federal Marcelo Honorato e o professor Adriano Martendal |
Os estudantes de Direito devem escolher as áreas
de atuação baseados na vocação pessoal e não pela remuneração. É o que alerta o
juiz federal, da vara de Marabá (Pará), Dr. Marcelo Honorato. De acordo com o
Juiz, muitas pessoas escolhem um concurso baseadas no salário, na estabilidade
financeira, só que nem sempre as satisfações materiais vão conseguir dar uma
estabilidade emocional e um sentimento de que a pessoa está contribuindo com a
sociedade.
“Embora a área de
magistratura possa dar uma certa tranquilidade financeira no dia a dia, é muito
importante que a pessoa realmente tenha vocação para o cargo, pois existem
aspectos da vida do juiz federal que exigem preparo para enfrentar. O candidato
tem que refletir sobre a sua disponibilidade em encarar desafios e também deve
ter perfil de quem não gosta muito de aparecer, que faz um trabalho silencioso,
que tenha uma vida em sociedade mais recatada. Eu acredito que antes de
trabalhar como Juiz, o melhor caminho seja atuar como advogado da União, ou
como procurador federal, ou até mesmo como advogado, para poder avaliar melhor
se é esse o caminho que gostaria de trabalhar. E, se eu pudesse dar um conselho
para aqueles que vão trabalhar na área federal, é cuidar da sua integridade
profissional e ética”, ressalta o Dr. Honorato.
O Juiz, ainda, citou
algumas áreas dentro do Direito que estão em crescimento. Uma delas é a área do
Direito Digital. Para ele, a primeira questão é a prática operacional, pois
todos os processos estão sendo digitalizados no Brasil. “É um caminho sem volta
a digitalização e a informatização dos processos judiciais. No Brasil, foi
adotado o PJE (Processo Judicial Eletrônico) e eu tenho observado a dificuldade
de operação desse sistema, não só pela limitação material que existe e de
infraestrutura do sistema público, mas uma dificuldade dos operadores do
direito, em especial dos advogados. Muitas vezes, o advogado tem conhecimento
do direito processual, do direito material em si, sabe defender o direito do
cliente, no entanto tem uma dificuldade muito grande com essa interface com os
sistemas informatizados. Tudo está sendo informatizado, primeiro passo foi a
digitalização dos processos, pela diminuição do papel, agora tudo está sendo operado
desde o início de forma digital. O profissional tem que saber incluir o
documento, direcionar as petições para o juiz de forma correta”, alerta.
O Juiz federal, Dr. Marcelo Honorato, esteve em
Florianópolis para participar de um evento na Unisul, no dia 17 de outubro e,
na mesma semana visitou a Universidade, atendendo uma demanda da Base Aérea.
Ele visitou as dependências do campus Grande Florianópolis, onde foi recebido
pelo diretor do campus, professor Zacaria Nassar, e pela coordenadora do curso
de Direito Unidade Pedra Branca, professora Virginia Lopes Rosa.
Leia mais aqui.
Adnan Demachki ganha prêmios
O advogado Adnan Demachki, ex-prefeito de Paragominas
e nos últimos anos, à frente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico,
Mineração e Energia do Pará, é o vencedor dos Prêmios Samuel Benchimol e Banco
da Amazônia de Empreendedorismo Consciente 2018, prêmio também promovido por
todas as Federações das Indústrias da Amazônia.
Adnan figura no primeiro lugar da categoria
Personalidade Dedicada ao Desenvolvimento da Região Amazônica, em virtude de
sua história de vida, em especial pelo projeto Paragominas Município Verde e
pelo esforço empreendido para consolidar um novo padrão de desenvolvimento à
frente do Programa Pará 2030, que entre outras iniciativas, deixa legados importantes
para a gestão pública.
Fonte: Assessoria de Imprensa
sábado, 3 de novembro de 2018
Queremos um "superpresidente" Bolsonaro. Queremos já!
Égua!
Mas quem será ministro no governo Bolsonaro, gente?
Porque até agora temos quatro.
Mas quatro superministros.
Paulo Guedes, o da Economia.
Sergio Moro, o da Justiça.
Onyx Lorenzoni, o da Casa Civil.
E o general Augusto Heleno, o da Defesa.
A eles, a Imprensa - essa mesma que antes a chamavam de golpista e agora, ora vejam só, está sendo chamada de esquerdopata - dá-lhes a denominação de superministros.
De ministro, mesmo, só conhecemos o astronauta Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia.
Acho que está bom de começarmos uma campanha para que o presidente JB torne-se um superpresidente.
Porque, a continuar nesta toada, o presidente é que terá de bater continência para seus superministros, todo dia, de manhã, quando chegar ao Planalto pra trabalhar. E não, como é de se esperar, os superministros baterem continência ao presidente.
quinta-feira, 1 de novembro de 2018
Moro não "afasta" ou "desafasta" nada. Nem "riscos de retrocessos".
Sergio Moro, como se esperava, vai integrar o governo Bolsonaro.
Mas, sabemos, trocar a magistratura federal por um cargo no primeiro escalão do Executivo - e ainda mais na anunciada condição de superministro da Justiça - pode ser, em sua trajetória, uma realização imediata que conduz a uma aspiração mediata.
Moro, sendo ministro da Justiça, deve ter sua indicação assegurada para a próxima vaga que abrir no Supremo. Esta, sim, é sua aspiração.
E o que o doutor poderá fazer na Justiça?
Teremos que esperar.
Ele diz que será ministro da Justiça para "afastar riscos de retrocessos".
Não se queira tanto, doutor.
Não se queira.
De salvadores da Pátria - desta nossa, a mãe gentil, e de outras -, estamos cheios.
Quem nos afasta, ou não, de "riscos de retrocessos" não é o Sergio, o João, o Manoel, o Luiz Inácio ou o Jair.
O que nos afasta dos "riscos de retrocessos" é a solidez das instituições democráticas.
O que nos aproxima dos "riscos de retrocessos" é cair na tentação dos voluntarismos, dos personalismos e outros ismos, que podem até inebriar as massas, mas acabam por conduzi-las a experiências tenebrosas. Heil!
E podem, tais personalismos, levar a democracia de roldão.
Mas, de toda forma, boa sorte a Sergio Moro.
Ele tem, sim, boas condições para fazer um bom trabalho.
Mas sem salvacionismos, vamos ser claros.
"Não há lei válida a autorizar o garrote das liberdades"
"Diferentemente do espaço de liberdade individual, que somente esbarra nos limites da lei, o Estado e seus agentes só podem atuar de acordo com o que é legalmente deferido. E não há lei válida a autorizar o garrote das liberdades, menos ainda a de pensar, de se expressar, seja ela em qualquer fora, de ensinar e aprender, de criar, porque sem isso o ser humano não teria todo o espaço para que ele pudesse se transformar e crescer".
Ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento que suspendeu as operações policiais em universidades.
No Espaço Aberto, leia: Há cintilar de luzes em meio a prenúncios de trevas
"A voz da oposição não pode jamais ser silenciada"
"Regimes democráticos não convivem com prática de intolerância ou comportamentos de ódio. Grupos minoritários têm legítimo direito de oposição, uma vez que os grupos vencidos no processo eleitoral têm expresso mandato para opor-se. A voz da oposição não pode jamais ser silenciada".
Ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento que suspendeu as operações policiais em universidades.
No Espaço Aberto, leia: Há cintilar de luzes em meio a prenúncios de trevas
Atos autoritários não podem nos reconduzir ao passado das trevas
"Nós não consideramos razoável ou legítimo cenas de policiais irrompendo em salas de aula para impedira realização de palestras ou retirada de faixas que remetem a manifestação de alunos, cenas como a apreensão de computadores. São atos autoritários e incompatíveis com o país que conseguimos criar felizmente e remetem a um passado que não queremos que volte".
Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento que suspendeu as operações policiais em universidades.
No Espaço Aberto, leia: Há cintilar de luzes em meio a prenúncios de trevas
Você quer falar sobre fascismo? Fale, então.
"Se um professor, o expositor quer falar sobre o fascismo, o comunismo, o nazismo, ele tem o direito de falar. E os alunos, as pessoas têm direito de escutar e realizar um juízo crítico e eventualmente repudiar aquilo que está sendo dito".
Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento que suspendeu as operações policiais em universidades.
No Espaço Aberto, leia: Há cintilar de luzes em meio a prenúncios de trevas
quarta-feira, 31 de outubro de 2018
Há cintilar de luzes em meio a prenúncios de trevas
Em, Brasília, por unanimidade, o Supremo
Tribunal Federal confirmou decisão da ministra Cármen Lúcia que suspendeu
ações policiais em universidades, na semana passada.
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Em São Paulo, a Polícia Civil indiciou
o estudante de direito Pedro Bellintani Baleotii, de 25 anos, por crime
racial após ele aparecer em vídeo indo votar com uma camiseta do
presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) dizendo: “Tá vendo essa negraiada? Vai
morrer!”.
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Em Santa Catarina, o Ministério
Público entrou com ação na Justiça contra a deputada estadual eleita Ana
Caroline Campagnolo (PSL), que divulgou nas redes sociais um comunicado
pedindo que estudantes catarinenenses gravem e denunciem manifestações
político-partidárias dos professores. A deputada criou um canal para receber as
denúncias.
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Em São Paulo, o
Ministério Público Federal em São Paulo denunciou um ex-delegado, um
procurador militar aposentado e um juiz militar aposentado por omissão na
investigação da morte do militante político Olavo Hanssen durante o regime
militar (1964-1985) na capital paulista. Esta é a primeira denúncia do MPF
contra integrantes do Ministério Público e do Judiciário por suspeita de
legitimar práticas de tortura durante a ditadura.
*****
A série de ataques que o presidente eleito Jair
Bolsonaro (PSL) vem fazendo contra a Folha
de S.Paulo teve como um de seus efeitos colaterais uma campanha
virtual incentivando a assinatura do jornal.
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