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Faleiro: "Espero que o equívoco deste voto seja compreendido como um erro isolado na minha extensa vida política como militante das causas mais caras da democracia e da sociedade brasileira" |
O deputado federal Airton Faleiro (PT-PA) manifestou-se, nesta quinta-feira (18), sobre seu voto favorável à chamada PEC da Blindagem, no primeiro turno de votação. O parlamentar e sua colega Dilvanda Faro, também do PT do Pará, somaram-se a outros 10 petistas - dos 66 que integram a bancada nacional - que também aprovaram essa PEC corporativista e imoral no primeiro turno.
Faleiro confirma que votou a favor, mesmo sabendo que, independentemente de seu apoio, haveria quorum e maioria suficientes para aprovar a PEC. "Logo após a votação, me dei conta do erro. Percebi que o Centrão votaria com a extrema direita para aprovar a urgência da Anistia, como se concretizou na votação de ontem (17) à noite. No segundo turno, na mesma noite, abandonei a tática errada e votei seguindo a minha consciência e a orientação da bancada e do Partido, contra a PEC da Blindagem. Na sequência, votei também contra o voto secreto para decidir sobre autorização do parlamento nas ações judiciais contra membros do Congresso e a urgência da Anistia", justificou-se o deputado.
Quanto a Dilvanda Faro, que votou favoravelmente à PEC em primeiro e segundo turnos, continua muda e queda.
A seguir, a íntegra dos esclarecimentos de Airton Faleiro:
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ESCLARECIMENTO SOBRE MEUS VOTOS NA PEC DA BLINDAGEM
Tive a paciência de esperar a conclusão da votação da Urgência do PL da Anistia para fazer os seguintes esclarecimentos:
1) A PEC (Projeto de Emenda Constitucional) da Blindagem tem sim o objetivo de blindar parlamentares que cometam crimes, para além da proteção que a Constituição já assegura. Junto com a bancada do PT, atuamos contra essa PEC, desde a sua origem, porque sabemos a gravidade dos seus efeitos com a imunidade total pretendida pelos seus autores.
2) Na noite da votação, houve negociações de acordos *para evitar a aprovação da urgência do PL da Anistia atrelados à votação da PEC da Blindagem. Em uma das proposições, o Centrão sugeriu a algumas de nossas lideranças, que fizéssemos um gesto com o voto favorável de parlamentares da bancada do PT, na PEC da Blindagem, pois isso facilitaria que eles construíssem maioria, junto às suas bases, para derrotar a urgência na votação do PL da anistia. No sufoco e incertezas daquela noite, concordei em ser um dos que fariam esse sacrifício para evitar o mal maior que seria a aprovação da urgência da Anistia.
3) Seguindo esse entendimento, votei a favor em primeiro turno, mesmo sabendo que, independente dos nossos votos, eles teriam maioria e o quórum para aprovar a PEC, pois tiveram 45 votos além do necessário. Logo após a votação, me dei conta do erro. Percebi que o Centrão votaria com a extrema direita para aprovar a Urgência da Anistia, como se concretizou na votação de ontem à noite. No segundo turno, na mesma noite, abandonei a tática errada e votei seguindo a minha consciência e a orientação da bancada e do Partido, contra a PEC da Blindagem. Na sequência, votei também contra o Voto Secreto para decidir sobre autorização do parlamento nas ações judiciais contra membros do Congresso e a Urgência da Anistia.
4) Asseguro que não se tratou de qualquer acordo para favorecimento pessoal e, muito menos, para acobertar falcatruas de emendas parlamentares, pois todas minhas emendas são públicas, transparentes e com aplicação monitorada pelos órgãos de controle e fiscalização.
5) Espero que o equívoco deste voto seja compreendido como um erro isolado na minha extensa vida política como militante das causas mais caras da democracia e da sociedade brasileira.
6) Sigo firme e de cabeça erguida, cumprindo o mandato com coerência, responsabilidade e comprometido com os que mais precisam da nossa voz e da articulação qualificada que fazemos em prol das políticas públicas que incidem na melhoria de vida do povo paraense.
7) Nossa próxima batalha contra essa PEC da Blindagem é no Senado, onde esperamos que a sociedade se mobilize para que o Senado derrote os absurdos que a direita brasileira vem impondo por meio de sua maioria eleita no Congresso Nacional.
NÃO À PEC DA BLINDAGEM! SEM ANISTIA PARA GOLPISTAS! SOMOS A FAVOR DA TARIFA SOCIAL DA ENERGIA, DA APROVAÇÃO DA ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA E DA TAXAÇÃO DOS SUPER- RICOS.
Deputado Federal Airton Faleiro
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