Quando bolsonaristas – de primeira, segunda,
terceira ou quarta hora – choramingam ou bradam irresignados contra supostas conspirações, é sinal de que
precisam parar uns dois ou três segundos para olhar no entorno.
Se olharem no entorno e despirem-se, também por
dois ou três segundos que sejam, de suas desvairadas paixões, vão descobrir
que, ora pois, o maior inimigo do governo do Capitão é, sim, o governo do
Capitão.
Espiem agora.
O maior, senão o único, articulador político do
governo tem sido o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
À ausência e à falta de operatividade das ditas
lideranças governistas no Congresso, é Maia quem vendo sugerindo caminhos,
advertindo sobre desacertos e amenizando os efeitos corrosivos que a desarticulação progressiva da base alidada está causando ao governo.
Pois qual é a retribuição do governo Bolsonaro?
É sentar a pua no Congresso. Simplesmente isso.
"Vocês sabem que as pressões são enormes
porque a velha política parece que quer nos puxar para fazer o que eles faziam
antes. Nós não pretendemos fazer isso", disse o Capitão há uma semana.
E
a reação de Maia?
"Eu acho engraçado. Quando dizem que o
Parlamento quer indicar alguém no governo é toma lá da cá. Quando eles querem
indicar relator aqui e interferir no processo legislativo não é toma la da
cá?", afirmou, nesta quarta-feira (20), o presidente da Câmara.
Entenderam?
O maior inimigo do governo Bolsonaro não são
comunistas de foice e martelo, não é a mídia golpista (hehe), não é a velha
política (credo!).
Não.
O maior inimigo do governo Bolsonaro é o governo
Bolsonaro!
Avante!
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