Espiem só.
A Lava Jato, e seus múltiplos desdobramentos,
vai perseguir dezenas de políticos que vão disputar as próximas eleições.
Vejam o caso do senador Jader Barbalho (MDB-PA),
que deve concorrer a mais um mandato em outubro.
Ele já disse reiteradas vezes que não tem e
nunca teve qualquer envolvimento com o recebimento de propinas provenientes das
obras de Belo Monte.
Mas o fato de estar sendo investigado pela
Polícia Federal, com autorização do Supremo, volta e meia dá ensejo a que o
senador tenha que se explicar. Muito embora, no estágio em que as apurações se
encontram, não se possa ainda extrair qualquer convicção sobre a ocorrência ou
não de eventual ilícito.
Mesmo assim, o G1
informa que relatório da PF aponta indícios de que Jader e o senador
Edison Lobão (MDB-MA) - na imagem acima, do próprio G1 - teriam sido beneficiados com desvios na obra da usina
hidrelétrica de Belo Monte, um dos maiores empreendimentos para geração de
energia do mundo. Os agentes apontaram suspeita de corrupção passiva e lavagem
de dinheiro por parte dos parlamentares, investigados em um dos inquéritos da
Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.
O
advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, defensor de Edison Lobão no
caso, disse que tenta autorização de acesso ao relatório. Ele afirmou que,
embora desconheça o teor do documento, acompanha a investigação e diz que não
há elementos capazes de incriminar o senador.
Jader, de seu lado, garante que o relatório é uma
"leviandade" e uma "barbaridade" porque não tem nenhum
fundamento relacioná-lo à obra de Belo Monte. "Nunca tive nenhum encontro
sobre a obra e nunca recebi nada desta gente, nem telegrama de aniversário".
Para o senador, quem assinou o relatório que o aponta como
beneficiário de propina é "um irresponsável que está fazendo
molecagem". "Desafio quem quer que seja a apontar um ato contra
mim", afirmou ao G1.
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