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quarta-feira, 11 de julho de 2018
A seleção, desta vez, deu orgulho. Mesmo na derrota.
Coleguinhas, sobretudo os da, como se dizia d'antanho, crônica esportiva, ainda se manifestam compungidos, entristecidos, aturdidos com a eliminação do Brasil da Copa, após a derrota para a Bélgica por 2 a 1.
Não sei, sinceramente, o porquê de todo esse mimimi e mumumu.
Porque, sinceramente, acho que a seleção brasileira, pela primeira vez depois das últimas Copas em que não logrou conquistar o hexa, comportou-se, felizmente, de forma digna. Sobretudo na partida em que foi eliminada.
Primeiro, porque não entrou em campo cheio de saltos altos.
Segundo, porque não transmitiu a impressão de ser um time imbatível.
Terceiro, porque, mesmo tomando dois gols - o primeiro deles, convenhamos, um acidente de trabalho -, em nenhum momento se acovardou; ao contrário, foi pra cima, reduziu o placar, teve três oportunidade de ouro para empatar e só não marcou o segundo gol porque aquele, definitivamente, não era o dia.
E por último, mas não menos importante, uma vez encerrada a partida, não vimos aquele chororô ridículo, aquelas lágrimas arrancadas a fórceps sabe-se lá de onde, aquela demonstração patética de sentimentalismo postiço, apenas para registro em redes sociais.
Não. Felizmente não tivemos essa palhaçada.
Vimos isso sim, jogadores e comissão tecnicamente compreensivelmente abatidos, mas todos de cabeça erguida e indicando, nas entrevistas, que no futebol nem sempre ganha o melhor. E quando não ganha o melhor, como foi o caso, isso não significa que todos devam derramar rios de lágrimas, mas de aceitar o resultado como parte do jogo, como parte do futebol.
Por isso, meus caros.
Bola pra frente.
E até mais ver, no Qatar.
Simples assim.
Leiam Caju, o que está fora da onda de concordâncias
É muito bom.
Polêmico.
Instigante.
Inquietante.
Fora do circuito vai nessa onda que eu vou que está tomando conta a imprensa brasileira.
Sob o título "A caminhada de Didi", está assinado no site de O Globo por Paulo Cezar Lima, o Paulo Cezar Caju (na imagem).
Ex-jogador, ex-craque, ele nunca teve papas na língua.
E sempre está fora dessas ondas de concordâncias.
Mas posiciona-se com opiniões fundamentadas.
Como as que estão abaixo.
E o blog publica-as não pra você concordar, é claro.
Mas pra você considerar que há vinda inteligência fora dessas ondas de concordâncias incondicionais.
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Eu, definitivamente, devo viver em outro planeta. Quase 100% dos comentaristas de tevê e jornal apoiam a permanência de Tite. Os motivos são incontáveis: “deixou um caminho pavimentado”, “mudou a cara de nossa seleção”, “tem o grupo na mão” e blá blá blá!!!
Que cansaço!!! Teve um, na tevê, que chegou a duvidar que existisse alguém no mundo que não gostasse do trabalho do professor: “Liguem para a redação e se apresentem”, sugeriu. Se o nível do futebol está ruim, o dos comentaristas, com exceções, nem se fala. Querem discutir futebol, de verdade? Então me respondam qual a diferença das seleções do 10 x 1 do Felipão (7 da Alemanha mais 3 da Holanda), do Dunga e esta do Tite? Me apontem alguma evolução tática ou técnica de uma para outra.
Era óbvio que nas Eliminatórias o grupo estava insatisfeito com o Dunga. Jogador derruba o técnico que quiser, isso é muito comum no futebol. O que mudou na seleção, me digam? Saiu um professor sisudo e entrou um pastor, um palestrante de autoajuda. Mudou apenas o discurso. E, se Dunga tinha zero de apoio da mídia, porque nunca fez questão de ser simpático, Tite teve uma aprovação retumbante. Aí fica mais fácil trabalhar. Mas pensem comigo.
Sua técnica de autoajuda não melhorou em nada, por exemplo, o lado psicológico de Neymar, que até o último minuto tentou ludibriar o árbitro com suas quedas. O Tite psicólogo falhou. Como uma seleção chega no ponto alto da Copa com tantos jogadores em frangalhos, contundidos? O Tite departamento médico falhou. Como uma seleção consegue dar 50 passes errados em um jogo tão importante? O Tite fundamentos falhou. Como uma seleção não tem uma jogada ensaiada, um contra-ataque mortífero, um toque de bola envolvente e coloca o centroavante para marcar como um cabeça de área? O Tite técnico falhou. Como olhar para o banco e ver Fernandinho, Renato Augusto e Firmino como as principais alternativas? O Tite convocação falhou.
A verdade é que o “genial” Tite falhou além da conta, mas a imprensa continua passando a mão em sua cabeça, e a CBF já garantiu a sua permanência, a do filho e a do papagaio até o ano 3000. É preciso mudar não só o Tite, mas toda a cúpula da CBF que transformou a seleção em um balcão de negócios. E olha que essa seria a chance de ouro de Tite & Cia brilharem porque o nível dessa Copa está abaixo da crítica. Pelo menos as seleções em que apostei, tirando a Espanha, continuam no páreo: Croácia, França, Bélgica e Inglaterra. O Brasil perderia para as quatro até porque não somos mais a melhor seleção do mundo faz tempo. Mas o pior é que agimos como se fôssemos. E não seremos tão cedo se essa escola retranqueira, covarde, do futebol de resultado, pragmático, que preza o futebol força e ama os velocistas, permanecer no poder.
Nós temos nossa própria forma de jogar, que foi enterrada sem dó nem piedade por Parreira, Mano, Felipão, Dunga e Tite. Já deu. E não me venham com essa de romantismo, isso é o que precisa ser feito porque a tecnologia está a favor de todos, correr todos sabemos, mas nenhum outro país do mundo tem o dom para o futebol como o brasileiro, em nenhum outro país surgem tantos garotos bons de bola.
O problema é que estão sendo engessados nas escolinhas. Ali, na mão dos professores de Educação Física travestidos de técnicos de futebol, eles sofrem a primeira lavagem cerebral e passam a trocar o drible pelo carrinho, os gols pela ajuda na marcação. Precisamos nos libertar, clamamos por novos ares, por mais leveza, temos que partir em busca de nossas raízes. Mas a mídia precisa comprar essa briga e não se deixar levar por discursinhos chatos e ensaiados. Não queremos mais pastores, gestores de pessoas e fabricantes de brucutus.
Queremos boleiros!!! E não me venham, novamente, com o papo furado de que o mundo mudou. Nós mudamos, nos influenciamos pela escola europeia e ela só estava tentando nos copiar. Evoluíram eles, regredimos nós.
Precisamos reverter essa situação trágica, mas para isso temos que agir com a tranquilidade e a serenidade de mestre Didi, após o gol da Suécia, na final de 58. Dá para virar esse jogo! Didi acreditou, eu acredito.
terça-feira, 3 de julho de 2018
Neymar, um dos melhores jogadores do mundo, é o maior encenador do mundo
Não sei se vocês, mas o pessoal aqui do blog continua sentindo uma espécie de vergonha alheia de Neymar e suas encenações ridículas, horrorosas, bizarras.
No jogo contra o México, nesta segunda-feira (02), Neymar foi puramente, genuinamente Neymar. Aliás, conseguiu superar-se. E envergonhou mais uma vez.
No discutido lance com Layún, Neymar foi pisado.
É claro que foi.
Foi pisado fora de campo.
Deslealmente.
Layún, acho, deveria até ter levado um amarelo.
Mas a encenação de Neymar foi ridícula.
Pelos esgares, pelas caretas, pelos gritos, pelos contorções no gramado, imaginava-se, ou melhor, imaginavam os desavisados que Neymar teria sofrido uma fratura exposta do fêmur ou coisa parecida.
Torcedora de Copa, dessas legítimas, que estava perto de mim, foi na corda.
- Credo! Mas deve estar doendo! - ela, coitada, compadeceu-se.
- Não. Não está doendo. Ele não está sentindo nada, apesar do pisão - eu respondi.
Da mesma forma, Ricardinho, que já foi jogador de futebol - e dos melhores, ressalte-se -, dizia convicto, na SporTV, que o pisão "não foi grande coisa".
É claro que "não foi grande coisa".
E tanto não foi que Neymar, esgotado o tempo regulamentar de suas encenações, levantou-se, entrou no campo de jogo e já estava dando suas arrancadas.
Apesar dos gritos, dos contorcionismos, dos esgares e das caretas que indicavam dores lancinantes.
Hehe.
Que pena.
Neymar é o melhor jogador do Brasil.
É o melhor jogador da seleção brasileira.
É um dos melhores jogadores do mundo - com potencial de ser o melhor do mundo.
Mas suas encenações são vergonhosas.
Ah, tem mais uma coisa.
Dois seis minutos que o árbitro acrescentou à partida, três, seguramente, referem-se ao tempo decorrente da encenação de Neymar.
A Fifa precisa depurar seus critérios sobre o melhor jogador
Grande!
A Fifa, digamos assim, depurou seus princípios éticos, depois da razia que resultou no afastamento de Blater et caterva.
Mas precisa, urgentemente, depurar os critérios que amparam a escolha do melhor jogador em campo, em cada partida da Copa.
Com todo o respeito à Fifa depurada, Neymar não foi o melhor jogador em campo na vitória do Brasil sobre o México por 2 a 0, nesta segunda-feria (02).
O melhor em campo, todos viram e viram todos, foi Willian.
Neymar mostrou mais um pouco de evolução em relação aos últimos jogos.
E fez um gol importantíssimo, que deu mais tranquilidade à seleção.
Reconheça isso.
Mas nunca, nunca mesmo, foi o melhor da seleção brasileira na partida.
domingo, 1 de julho de 2018
O "torcedor de Copa" é especial. Aprendamos com ele. Ou com ela.
Hehe.
Muito legal!
Repórter da Globo, coitado, entrevistou há pouco mãe e filho, ambos russos, que chegavam ao estádio Lujniki pra acompanhar Rússia x Espanha.
Perguntou se apostavam em Cheryshev, o melhor da seleção russa.
A resposta: "Tudo bem".
Depois, perguntou se era razoável a Rússia jogar com três zagueiros.
A reposta: "Tudo bem".
Provavelmente, mãe e filho (um garotinho ainda) não sabem nem quem é Cheryshev, nem muito menos o que seria um zagueiro.
Não estranhem essa parada.
Porque torcedor de Copa que assiste presencialmente aos jogos é sempre um torcedor muito, mas muito especial.
Uma boa parte, senão a maioria, é bissexto, ou seja, protagoniza o papel de torcedor uma vez numa Copa, outra vez em outra Copa... E assim vai.
Não são torcedores propriamente ligados em futebol.
Por isso, às vezes não distinguem bem o tiro de meta do escanteio - e vice-versa.
E isso não ocorre apenas com os que assistem pessoalmente aos jogos, não.
Ocorre com muita frequência com o torcedor de Copa que assiste aos jogos pela TV, de quatro em quatro anos.
Uma vez, num jogo da seleção brasileira, acho que no Mundial passado, uma torcedora de Copa, das legítimas, das genuínas, queria que eu explicasse pra ela o que era propriamente um impedimento, aquela regra do futebol que nem boleiro, dos melhores, entende direito.
Mas ela queria entender, coitada.
E essa curiosidade, ressalte-se, assaltou-a bem na hora de um ataque do Brasil que poderia resultar num gol.
Agora, nesta Copa, a mesma torcedora chegou a mim, sobressaltada, querendo saber quais eram mesmo as dimensões de um campo de futebol.
Mamãããããããeeeeeeeeeeeeee!
Ah, sim. Normalmente, torcedora ou torcedor de Copa comemora gol batendo palminhas.
O que não deixa de ser, admita-se, a quintessência da elegância e da civilidade humanas em comparação a quem se esgoela expelindo todos os palavrões do mundo.
Aprendamos com o torcedor de Copa.
E vamos em frente.
Que ainda tem Copa pela frente!
terça-feira, 26 de junho de 2018
Servidora da Setran bate ponto por antecipação e vai pra Rússia
O que leva funcionário público a bater ponto por
antecipação, registrando o comparecimento ao trabalho durante 30 dias, mas
mesmo assim ausentar-se do trabalho e, acreditem, exibir-se em redes sociais viajando
em outro país?
É a certeza da impunidade.
É a certeza de que não será descoberto.
É a certeza de que ninguém terá acesso a essa
transgressão.
É a certeza de que, se todo mundo faz e não pega nada, eu também posso fazer, porque não
vai pegar nada comigo.
É a noção equivocada de que a obrigação de ser
transparente é para os outros. Apenas para os outros.
A Roma News informa o caso da engenheira da Secretaria
Estadual de Transportes (Setran), Iolanda Vilhena, que foi para a Rússia,
acompanhar o marido, Adélcio Torres, presidente da Federação Paraense de
Futebol (FPF).
Até aí, tudo muito bom, tudo muito bem.
Não tivesse a dita cuja deixado
o ponto de serviço assinado durante todo este mês de junho, como
demonstram as imagens que o portal exibe.
Iolanda Vilhena Torres, segundo o Roma News, é
engenheira civil, com matrícula 327468/1. Ela assinou o ponto
até o dia 29 de junho, último dia útil deste mês. Na folha de ponto, pode-se
ver que o dia 1º doi facultado pela administração estadual por causa do feriado
de Corpus Christi. O ponto está assinado a partir do dia 2 de junho, no horário
de expediente de 8h às 14 h.
O portal tentou ouvir a Setran, mas a assessoria
informou, que a Secretaria Estadual de Administração (Sead), é o órgão
responsável por disciplinar o horário de expediente e a folha de ponto dos
servidores.
Perfeito.
E por que a Sead não se manifesta sobre isso?
Deveria
fazê-lo, pelo apreço à reputação dos próprios servidores públicos, que já são
injustamente estigmatizados como ociosos e ineficientes, em boa parte por causa
de condutas como a da engenheira da Setran.
sexta-feira, 22 de junho de 2018
Neymar ainda está mal. Mas pode logo fazer a diferença.
Neymar está mal.
Ainda se recupera da cirurgia.
Em dois lances, se já tivesse voltado a ser totalmente Neymar, teria resolvido a parada.
Convém, no entanto, trabalhar o psicológico do Neymar.
Ele é um craque. Desequilibra um jogo. É o melhor jogador da seleção brasileira. Mas não está, ainda, no melhor de suas condições físicas. E está nervoso com as cobranças, o que é natural em se tratando de um atleta diferenciado como ele.
Hoje, se esse jogo demora mais um pouco e o Brasil não conseguisse fazer o gol, Neymar seria expulso.
E já tem um cartão amarelo, ninguém esqueça.
Na Copa, dois amarelos significam suspensão para o próximo jogo.
Os amarelos serão zerados apenas para as semifinais.
É preciso, por isso, ter cuidado.
Ah, sim.
E na simulação do pênalti?
Mais uma vez, Neymar foi deplorável, quase patético.
Ainda não disseram pra ele que há 1.500 câmeras filmando tudo.
Não adianta, portanto, continuar com essas encenações vergonhosas.
Neymar está jogando 50% do que pode.
Se jogar 70%, já fará uma grande, uma enorme diferença.
Nesta Copa, a melhor defesa é a defesa mesmo
Mas que Copa horrível, né?
A Copa da Rússia está contrariando aquela velha máxima de que a melhor defesa é o ataque (foi Neném Prancha quem disse? - sei lá). Nesta Copa, a melhor defesa é a defesa mesmo.
Porque o Brasil ganhou por 2 a 0 da Costa Rica, ainda há pouco, enfrentando um paredão que durou, acreditem, 91 minutos.
A Islândia, contra a Argentina, também botou 950 atrás, fez três ataques, empatou o jogo e está sendo saudada pelos coleguinhas como um exemplo de disciplina tática (mamãããããeeeeeeeeeee).
É uma pena que times fechados estejam sendo exaltados por isso.
Não que defender bem seja uma demérito.
Não.
O Brasil, um time muito ofensivo, tem um sistema defensivo dos mais eficientes.
Agora, elevar à condição de um dogma essa parada de que times menores, que armam uma retranca quase intransponível, como Costa Rica, Islândia e outros, devem ganhar uma estátua por sua alegada disciplina tática já é demais.
Sinceramente, é demais.
Enfim, que venha a Sérvia.
Que joga bola, vale dizer.
A Sérvia não se defende apenas.
Ela joga bola.
A seleção de Tite precisa manter-se ligada.
Ligadíssima.
segunda-feira, 18 de junho de 2018
Nunes, o coronel, é mesmo um cara de sorte. Mas ele acha isso?
Vejam só como o coronel Nunes, o paraense que preside a CBF, é mesmo um cara de sorte.
Na Rússia, ele tem divertido a patuleia (como diria Elio Gaspari) em suas confusões geográficas e por ter, acreditem, votado - por engano, diz-se - no Marrocos para ser a sede da Copa de 2026, e nã nos Canadá, Estados Unidos e México, que afinal vão sediar o evento conjuntamente.
Por quebrar esse pacto, Nunes está sendo isolado, escanteado pela cúpula do futebol mundial.
Ficar isolado da cúpula do futebol deveria ser a glória - moral, pelo menos - para qualquer cartola.
Agora, se Nunes, o coronel, pensa assim, isso ninguém sabe.
Neymar, Bruna Marquezine só existe fora de campo. Dentro, é outra coisa.
Sério: o melhor da Copa - desta Copa - são os memes.
Sobretudo os que estão fazendo sobre Neymar.
Divirtamo-nos com eles, os memes, e fechemos os ouvidos para essa discussão boba, ridícula, sem sentido sobre até que ponto o cabelo do craque brasileiro teria influenciado a sua péssima atuação no empate frustrante do Brasil com a Suíça, no sábado.
Ora, Neymar jogou mal não porque o cabelo dele está amarelo, roxo, azul, branco ou lilás.
Jogou mal porque, acreditem, jogou mal.
Pronto.
E ponto.
Agora, é fato que Neymar, não é de hoje, precisa ser trabalhado na sua personalidade dentro de campo. Fora, deixemos que ele faça o que bem entender. Inclusive namorar com Bruna Marquezine, ora bolas.
Mas, dentro de campo - aí, meus caros, não haverá nem abraços, nem beijinhos, nem carinhos sem ter fim. Não mesmo.
É preciso que alguém encoste no Neymar e diga pra ele, singelamente e em português, mais ou menos assim:
- Olha, garoto, você é um dos melhores jogadores do mundo. É um craque. Tem talentos raros. E você foi feito pra apanhar mesmo. E muito. Foi feito pra ser caçado. Foi feito pra levar bordoadas, cair e se levantar.
Porque é assim.
Fora dos braços de Marquezine, é assim mesmo. Não tem outra alternativa.
Cristiano Ronaldo, o melhor do mundo, também é caçado.
Messi, que já foi o melhor do mundo e sempre está perto de ser de novo, também.
Quando levam bordoadas, não os vemos gargalhando, é certo. Mas nota-se que encaram a situação como parte do jogo. Uma parte chata, vá lá. Mas parte do jogo, de qualquer forma.
Neymar, não.
Quando leva um tranco um pouco mais forte, ele faz aquela cara de por que só eu? Por que ninguém gosta de mim? Por que eu sou o único na face da Terra a ser visado? Por que não têm piedade de mim?
Outra vezes, a cara, normalmente voltada para o árbitro, é de completo deboche, tipo como quem estivesse cobrando que o adversário fosse deportado para os confins do mundo.
É isso que chateia a galera e que contribui para esses memes deliciosos, que normalmente passam de Neymar a aparência de ser exótico, de mimado, de cheio de mimimis e chororôs. Uma aparência de quem quer aparecer (hehehe).
O cara é um craque.
É bem, bem, bem acima da média.
Tem tudo para ser o melhor do mundo.
Seu incrível talento realmente é fator de desequilíbrio.
Mas a forma como Neymar se porta e se conduz dentro de campo precisa ser trabalhada por especialistas talhados pra isso.
No mais, e depois de ser caçado em campo, é só relaxar fora de campo, aí sim, com abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim.
Porque ninguém é de ferro, né?
domingo, 17 de junho de 2018
Ouçamos Tostão. Leiamos Tostão. E controlemos nossa soberba.
Eu também.
Assino embaixo, com todas letras - sem faltar nem uma -, o que diz Tostão.
E o mais preocupante do que o clima de perfeição que envolve o Brasil é ver coleguinhas da Imprensa mostrarem-se próximos, muito próximos, de ingressar de pés e cabeça nessa onda de já ganhou.
Isso é o que preocupa mais, porque retira o senso crítico.
Quero, claro, que o Brasil ganhe de 7 a 1 da Suíça.
Mas convém controlarmos a nossa soberba.
Assino embaixo, com todas letras - sem faltar nem uma -, o que diz Tostão.
E o mais preocupante do que o clima de perfeição que envolve o Brasil é ver coleguinhas da Imprensa mostrarem-se próximos, muito próximos, de ingressar de pés e cabeça nessa onda de já ganhou.
Isso é o que preocupa mais, porque retira o senso crítico.
Quero, claro, que o Brasil ganhe de 7 a 1 da Suíça.
Mas convém controlarmos a nossa soberba.
"Estou otimista com a seleção brasileira, mas a expectativa positiva, da imprensa e do público, cresceu demais. Só chega notícia boa da Rússia. Não existe nenhuma crítica, dúvida, preocupação. Parece tudo perfeito. Isso me preocupa." Tostão, em sua coluna Folha. pic.twitter.com/M3Lxbd9TLn— Espaço Aberto (@EspacoAberto) 17 de junho de 2018
sábado, 16 de junho de 2018
Um futebol horroroso, o da Islândia. Mas esse foi o seu prêmio.
Horrível.
Horroroso.
Primário.
Sem qualquer recurso técnico.
Esse time da Islândia é tudo isso.
Ou pelo menos foi tudo isso neste jogo com a Argentina.
Mas a Islândia empatou este que foi o jogo de sua vida, em sua primeira Copa.
E ainda perdeu duas oportunidades certas de fazer gols.
E a Argentina?
Passou quase os 90 minutos jogando no campo adversário.
E perdeu até pênalti, não convertido por Messi (na imagem da Reuters), um dos melhores jogadores do mundo. E pra mim, o melhor do mundo.
O futebol é bom por isto: por suas imprevisões.
sexta-feira, 15 de junho de 2018
CR7 não é o melhor do mundo. Mas hoje foi.
O que eu já disse aqui, mantenho integralmente: Cristiano Ronaldo é o cara. Mas não é o melhor do mundo.
Diga-se, todavia, por justiça, em homenagem aos fatos (contra os quais ninguém deve brigar) e em respeito à lógica clamorosa: Cristiano Ronaldo (na imagem do G1), hoje, fez jus ao título de melhor do mundo.
Com os três gols que marcou contra a Espanha, convém considerar que a seleção de Portugal é CR7 e mais dez.
Simples assim.
Incontestavelmente.
segunda-feira, 11 de junho de 2018
Coleguinhas precisam ser mais jornalistas e menos "tietes" do Tite
Impressionante nossos coleguinhas jornalistas, aqueles da crônica esportiva, como se dizia há 150 anos.
Em cada 10, em média oito e meio viraram tietes do Tite e, em consequência, transformaram-se em efusivos áugures (ui!) do Brasil grande, hexacampeão e excelência do futebol mundial.
Hehehe.
Esses os coleguinhas, podem estar secando o Brasil, mesmo sem querer, é claro.
Esses coleguinhas podem estar sendo que nem um amigão aqui do repórter - amigão do peito: ele é um remista convicto, mas uma vez, revoltadíssimo, resolveu fechar o caixão do Remo, torcendo contra o seu próprio time. E olhem só o Remo onde está.
E tem mais: a panemice do cara é tão, como se diz, aguda que ele, só de pensar no Leão durante uma partida, a derrota será certa. Mesmo se estiver ganhando, o Remo perde de virada. Impressionante!
Mas, deixando os panemas de lado (hehehe) e voltando ao Tite, o comandante da seleção, sem dúvida, é o mais competente técnico brasileiro da atualidade e um dos maiores do continente.
Sua competência amoldou a seleção para seguir não um esquema tático determinado, estanque, fechado, imutável.
Ao contrário, o esquema que Tite é capaz de mudar conforme exige a partida, ao mesmo tempo em que os atletas não precisam ficar reféns de uma determinada forma de jogar.
Por isso é que no jogo amistoso contra a Áustria, por exemplo, foram feitas seis substituições, sem que a equipe tenha sido desfigurada. Muito pelo contrário: continuou ofensiva e com seu sistema defensivo bastante sólido.
Pronto.
Aí estão, delineados, os méritos de Tite e de sua seleção.
O que não aprecio muito no treinador é a sua performance que tende, muitas vezes, a ser bem parecida com a desses palestrantes de auto-ajuda, que são capazes de dar um bom dia sorrindo, muito embora, em certas ocasiões, estejam doidinhos pra mandar o mundo às favas - com todas as adjetivações correspondentes.
Tite é aquele que, se você der um simples "bom dia", ele vai lhe responder falando sobre a importância do coletivo.
Isso fica chato.
Fica meio antinatural.
Fica meio forçado.
E daí a gente tem a impressão de que, se o Tite tocar num BRT, por exemplo, o BRT vira ouro. Pode até continuar sem prazo de conclusão, mas vira ouro - rebrilhante e exposto para o admirarmos.
No mais, é preciso parar de considerar que o Brasil é o favorito da Copa.
Um dos favoritos, isso pode até ser!
Mas considerá-lo o favorito é arriscado.
Enfim, vamos ver no que vai nadar.
Pelo sim, pelo não, já vou combinar com o meu amigo fecha caixão do seu próprio time que ele, se possível, torça para Alemanha e França ao mesmo tempo.
Se eu conseguir sensibilizá-lo a isso, vocês podem apostar que essas duas favoritas já estão fora do caminho da seleção de Tite.
Tim-tim!
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