Hehe.
Muito legal!
Repórter da Globo, coitado, entrevistou há pouco mãe e filho, ambos russos, que chegavam ao estádio Lujniki pra acompanhar Rússia x Espanha.
Perguntou se apostavam em Cheryshev, o melhor da seleção russa.
A resposta: "Tudo bem".
Depois, perguntou se era razoável a Rússia jogar com três zagueiros.
A reposta: "Tudo bem".
Provavelmente, mãe e filho (um garotinho ainda) não sabem nem quem é Cheryshev, nem muito menos o que seria um zagueiro.
Não estranhem essa parada.
Porque torcedor de Copa que assiste presencialmente aos jogos é sempre um torcedor muito, mas muito especial.
Uma boa parte, senão a maioria, é bissexto, ou seja, protagoniza o papel de torcedor uma vez numa Copa, outra vez em outra Copa... E assim vai.
Não são torcedores propriamente ligados em futebol.
Por isso, às vezes não distinguem bem o tiro de meta do escanteio - e vice-versa.
E isso não ocorre apenas com os que assistem pessoalmente aos jogos, não.
Ocorre com muita frequência com o torcedor de Copa que assiste aos jogos pela TV, de quatro em quatro anos.
Uma vez, num jogo da seleção brasileira, acho que no Mundial passado, uma torcedora de Copa, das legítimas, das genuínas, queria que eu explicasse pra ela o que era propriamente um impedimento, aquela regra do futebol que nem boleiro, dos melhores, entende direito.
Mas ela queria entender, coitada.
E essa curiosidade, ressalte-se, assaltou-a bem na hora de um ataque do Brasil que poderia resultar num gol.
Agora, nesta Copa, a mesma torcedora chegou a mim, sobressaltada, querendo saber quais eram mesmo as dimensões de um campo de futebol.
Mamãããããããeeeeeeeeeeeeee!
Ah, sim. Normalmente, torcedora ou torcedor de Copa comemora gol batendo palminhas.
O que não deixa de ser, admita-se, a quintessência da elegância e da civilidade humanas em comparação a quem se esgoela expelindo todos os palavrões do mundo.
Aprendamos com o torcedor de Copa.
E vamos em frente.
Que ainda tem Copa pela frente!
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