"Apagou? Não sei". Sem Maurício Ettinger, o Remo não teria, como tem, tantas e repetidas alegrias. |
Sem brincadeira que é.
O Remo é um ingrato com Maurício Ettinger, o mui digno presidente do Paysandu.
Se reconhecesse a importância desse baluarte bicolor para suas glórias e triunfos, o Remo já tinha mandado erguer uma estauta para Maurício Ettinger, plantando-a no lugar mais nobre do Baenão.
Por que o Remo deve uma estauta a Ettinger?
A nossa alegria - Porque a gestão dele, convenhamos, é a alegria remista.
É a nossa felicidade, o nosso prazer, nossa diversão.
É o nosso êxtase.
A nossa festa.
Ettinger é a nossa festa porque, na gestão dele, o estádio da Curuzu, esse templo, esse monumento, esse ícone incontrastável do futebol mundial em todos os tempos, virou, vejam só, o salão de festas do Remo.
Porque, na gestão dele, completaram-se nesta quarta-feira, 6 de abril de 2022 (que bem poderia entrar para a história do Remo como o Dia de Maurício Ettinger, a Nossa Alegria), nada menos de 54 anos que o time remista não perde um título para o rival - dentro da casa do rival.
Porque, na gestão de Ettinger, sua civilidade, desportividade e educação permitiram-lhe lutar para que o jogo final de ontem fosse de torcida única, ou seja, apenas de bicolores. Assim sendo, conclui-se que Ettinger fez com que os torcedores pagassem do próprio bolso para ver o Filho da Glória e do Triunfo conquistar mais uma glória e um triunfo na própria Curuzu, transfomada, não esqueçam, em salão de festas remista pela gestão Ettinger.
O baluarte Apagado - E qual foi a última do Ettinger, esse repositório inesgotável de boas notícias para o Remo?
A última foi o apagão no salão de festas, bem na hora em que os remistas iriam erguer a taça de campeões estaduais.
E depois do apagão, o que aconteceu?
Mais alegrias, mais diversão, mais felicidade para o Remo.
É que o tiro saiu pela culatra.
Ettinger, pensando que sua raivinha causaria revolta entre os remistas, acabou mais uma vez causando-lhes frissons de bom humor.
Com esse apagão, Maurício Ettinger, o gerentão do salão de festas, virou ele próprio o Apagado.
Apagado, acabou vendo o clube que dirige desfilar, impávido colosso, no noticiário nacional na pele de um mau perdedor, dirigido por personagens destituído da mínima desportividade. Nesta manhã, no Redação Sportv, um dos programas de maior audiência da emissora do Grupo Globo, o apresentador, Marcelo Barreto, chegou a classificar o apagão no salão de festas como uma "baixaria". Ponham essa avaliação na conta de Ettinger, o Apagado; de Ettinger, a nossa alegria.
E Maurício Ettinger, o Apagado, o que diz disso tudo?
Até agora, oficialmente, a diretoria do Paysandu não se manifestou sobre o apagão.
Mas ele mesmo, Ettinger Apagado, está presente em matéria publicada no caderno de Esportes do Diário do Pará.
"Apagou?" - Escreve o repórter Matheus Miranda, que assina a matéria "Um papelão histórico": "Enquanto isso, o presidente do Paysandu, Maurício Ettinger, questionado sobre a presepada, debochou: 'Apagou? Não sei', limitou-se a dizer, certamente mordido pelo triunfo azulino em plena Curuzu".
Hehe.
Ettinger debochado?
O que é isso, gente! Um dirigente da estirpe de Maurício Ettinger não é um debochado. Isso é ofensivo. No máximo, ele é, digamos, espirituoso. Ou dono, vá lá, de um humor ferino. Ou de um humor apagado, sei lá.
Não sei bem.
O que eu sei mesmo é que Ettinger, dizendo que nem sabe se apagou, é realmente um Apagado, porque não tem conhecimento sobre o que se passa nem no seu próprio quintal, nem debaixo de seu nariz.
Mas estou certo de que Ettinger não teve a menor participação nessa, como diria o repórter do Diário, presepada. Presepadas assim jamais teriam a participação ou o conhecimento dessa fonte plena de permanentes prazeres remistas. Nunca! Porque, de Ettinger, o que se espera mesmo é alegria para Remo.
Por isso, repito, o Remo deve uma estauta em agradecimento a Maurício Ettinger, o Apagado.
Porque ele nos diverte até quando tenta nos fazer raiva.
Um comentário:
E que a estátua seja iluminada. Para todo o sempre!!!!
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