A autorização da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados para que as passagens aéreas aos cônjuges de parlamentares passe a ser paga com recurso público, repercutiu negativamente na sociedade, nesta quinta-feira, 26. Os deputados do PSOL atacaram a medida, afirmando que cada um dos 513 parlamentares tem condição financeira de pagar pelo transporte de seus familiares. Entre os críticos à regalia, está o deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL/PA). Ele anunciou que vai poupar o recurso público, abrindo mão das passagens à cônjuge dele.
"Essa autorização demonstra que algumas autoridades estão totalmente surdas, incapazes de perceber que a população brasileira, com exceção das empresas corruptoras e dos políticos corruptos, já não suporta mais esse tipo de política que diz representar povo para legitimar ataques aos direitos dos trabalhadores e benesses para os ricos, inclusive legislando em função de seus próprios interesses", criticou Edmilson Rodrigues (PSOL/PA). "Chega a ser trágico que, em plena crise econômica e social, o mesmo congresso que quer retirar direitos previdenciários e aumentar impostos para os mais pobres, queira meter a mão no dinheiro público legalizando o turismo familiar", completou Edmilson.
Bancada
O líder da bancada do PSOL, deputado federal Chico Alencar (RJ), anunciou logo cedo que vai abrir mão do novo “benefício” a que tem direito os parlamentares, exemplo que foi seguido por outros partidos. Alencar cobrou do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, “que decisões que tratem do dinheiro público e que repercutam sobre todos os parlamentares devem ser submetidas ao colégio de líderes, antes de serem aprovadas pela Mesa Diretora”.
“A permissão de compra de passagens para os cônjuges dos deputados está repercutindo muito mal. Essa 'generosidade' é um retrocesso, já que foi extinta em 2009. Do outro lado, a Câmara tende a ratificar o ajuste fiscal do governo federal, que só arrocha o trabalhador e as famílias brasileiras. Este tipo de decisão vai na contramão da austeridade”, afirma o líder do PSOL. O custeio de passagens aéreas pela Câmara Federal tornou-se exclusiva aos deputados depois que foram descobertos diversos casos de uso indevido da verba. O episódio ficou conhecido como "farra das passagens”.
Fonte: Assessoria de Imprensa
Nenhum comentário:
Postar um comentário