O incêndio num edifício de luxo, o Talismã, na última quinta-feira, revelou a quantas anda a estrutura de que dispõe hoje o Corpo de Bombeiros para atuar em ocorrências do gênero.
Leitor aqui do blog ouviu de um bombeiro que a escada Magirus quebrou em outro incêndio recente, que destruiu os primeiros seis andares do edifício do INSS, na avenida Nazaré, e está esperando conserto, que sabe-se lá quando ocorrerá.
Aliás, como observa o leitor, ter somente uma escada numa cidade como Belém, espetada em quase todos os seus quadrantes por espigões, é brincadeira.
Uma brincadeira, diga-se, de muito mau gosto.
O mais grave: hoje, quase todos os prédios de Belém têm mais de 25 andares. E os bombeiros não estão dando conta de vistoriar esses trocentos edifícios.
“Se dessem conta, estaríamos na Noruega que a índia Tainá de R$ 220 mil tanto apregoava”, ironiza o leitor.
Resumo da ópera: o incêndio que transformou em cinzas um dos apartamentos do prédio foi mais uma tragédia anunciada.
Sim, porque, como observa o leitor, o mínimo que os bombeiros poderiam exigir, já que não têm equipamento nem pessoal para dar conta, é que as construtoras incluíssem nos projetos aqueles splinkers que ligam e jogam água quando há fogo.
Assim, minimizariam os riscos a que centenas, milhares de vidas humanas estão expostas.
2 comentários:
Isso é muito irresponsável.
Com o incêndio da boate Kiss, lembrei disto aqui, caro Paulo.
Será que já está tudo ok?
Postar um comentário