quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Ar-condicionado em ônibus não empolga

No AMAZÔNIA:

Os vereadores de Belém começaram a discutir, ontem, no plenário, o projeto de lei do vereador Gervásio Morgado (PR) sobre a implementação de ar-condicionado nos transportes urbanos da cidade. Considerado um projeto polêmico na Câmara, a idéia divide opiniões até mesmo entre os governistas da bancada que dá sustentação ao prefeito de Belém, Duciomar Costa. Enquanto os vereadores discutiam sobre o projeto, nas ruas, a população não demonstra muita empolgação.
Na opinião dos usuários do transporte coletivo, existem outros tipos de benéficios que dariam mais comodidade aos habitantes, como quantidade, qualidade e segurança nos transportes coletivos. Eles dizem que com essas modificações, o ar-condicionado nos transportes coletivos se tornaria um projeto interessante. A partir dessas mudanças, muitos concordam com um possível aumento.
Para a funcionária pública Adelina Carneiro,60, o importante é que aumente o número das frotas de ônibus. Ela que é moradora do distrito de Mosqueiro, diz que é contra a colocação do aparelho nos transportes já que tem que viajar no sufoco todos os dias, devido a pequena quantidade de ônibus para a cidade. 'O importante é chegar na casa da gente. Deveria ter mais transporte. Mosqueiro não é aqui perto, o pior é viajar em pé até lá', conta.
'Eu pagaria mais caro, pois as vezes chove e não pode abrir a janela. Nos ônibus é muito quente e quanto está lotado é um sufoco', afirma o segurança de 43 anos, João Batista.
O vereador Orlando Reis (PP), lider do governo na câmara, disse que se for feita uma pesquisa junto aos usuários mostrando a possibilidade de um aumento de tarifa em 17%, - conforme estudo técnicos realizado pela Companhia de Transporte do Município de Belém (CTBel)- o projeto não seria aceito.
Já o presidente da câmara, o vereador Zeca Pirão (PP) manifestou apoio ao projeto de Morgado. Para ser aprovado, o projeto de lei que visa colocação de ar-condicionado nos coletivos do município precisa passar também pelo prefeito de Belém. Esta é a segunda vez que o projeto e discutido na Câmara. No ano de 2006, o projeto foi rejeitado por apenas um voto.

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