Está é uma pré-campanha prenhe (toma-te!) de noivas.
É uma pré-campanha de que já teve várias noivas.
Primeiro, foi Jader Barbalho (PMDB). Ficou um tempão nessa condição, até se resolver pelo Senado, em chapa de seu próprio partido.
Depois, Anivaldo Vale (PR), até aceita ser o vice na chapa de Ana Júlia.
Em seguida, Duciomar Costa (PTB) –ele mesmo, sim senhor -, até ficar com Ana Júlia e levar, de lambuja, a Cohab, R$ 160 milhões de diferença de ICMS que o Estado deve ao município, a promessa de que um petebista será indicado para o TCE e otras cositas mas.
E agora?
Agora é Valéria.
A ex-vice-governadora Valéria Pires Franco (na foto).
Olhem só.
Está agendada para hoje ainda uma conversa com o deputado Domingos Juvenil, pré-candidato do PMDB ao governo do Estado.
Também hoje ou no máximo amanhã, Valéria deve se encontrar pessoalmente com Sua Excelência a governadora Ana Júlia.
E a direção do DEM está agendando conversas com o tucano Simão Jatene.
Ou melhor: Jatene é quem que está agendando conversas com o DEM.
É isso.
É assim.
Valéria, a noiva da vez.
Um comentário:
Essas tratativas de bastidores não estão "cheirando bem". Eles combinam tudo na base do preceito franciscano do "é dando que se recebe", mas esquecem de combinar com os "russos", sim, eles mesmos, os eleitores que vão votar e, afinal, decidir quem pode ir para Brasília, para o governo do Estado, para as Casas Legislativas ou até para o "chuveiro" ou para "estaleiro"...E se os eleitores, notadamente os de Belém, resolverem "dar o troco" adotando o voto de protesto contra esses métodos ultrapassados (alguns até velhacos com "moedas de troca") de se fazer política ?
O "butim" mais desejado é o tempo de televisão. Em termos de marketing político e de imagem dos candidatos, sabem os "iniciados" que a televisão pode ajudar muito, mas também pode derrubar com uma só aparição no vídeo. Logo, uma candidata "leve" como a Valéria deveria arriscar o voo solo. Ela tem boa imagem, está bem situada nas pesquisas, sabe dominar as "técnicas de manejo" da televisão, porque já foi profissional do ramo. Pode até preencher o "vácuo" de renovação na política paraense. Então, por que não ousar, quebrando essa influência nefasta do caciquismo político sobre as escolhas dos candidatos ?
Do contrário, jamais sairemos desse estágio de dominação dos feudos partidários mantidos à ferro e fogo pelos donatários de legendas partidárias, que também se acham os senhores ou senhoras do destino do povo.
A renovação de valores na política fica mais difícil na medida em que todos se deixam dominar pelos mesmos métodos e paradigmas.
Por que não ousar, Valéria ? Saia dessa "camisa-de-força" ou vai acabar totalmente marginalizada do processo político- eleitoral.
Posso lhes dizer que o povo não é bobo. Ele está só asistindo esses conchavos políticos, mas pode dar o "troco" na hora do voto.
Então haverá "choro e ranger de dentes".
O projeto "Ficha Limpa" pode até não alcançar muita gente boa, mas o voto pode.
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