quarta-feira, 22 de junho de 2016

Olhares pela lente

Chuva chegando, vista da Escadinha da Estação das Docas, às 16h do último domingo.
As fotos são do advogado Ismael Moraes, leitor do blog.



Arnaldo Jordy propõe debater impactos de mineração às margens do Xingu


Vice-presidente da Comissão da Amazônia, o deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA) anunciou nesta terça-feira (21) que vai propor audiência conjunta para debater, na Casa, os impactos perversos do projeto Belo Sun, empreendimento bilionário tocado por uma mineradora canadense que vai extrair ouro às margens do Rio Xingu, no Pará. A exploração mineral ocorrerá a menos de 1 km da volta grande do Rio, que fica a 11 Km da usina de Belo Monte.
Dados da imprensa mostram que a multinacional tem previsão de extrair 150 toneladas de ouro em 17 anos. E informa que a Belo Sun vai usar cianeto, uma substância muito tóxica. Além disso, a mineradora vai ter uma barragem de rejeitos maior que a de Mariana, em Minas Gerais, que causou a tragédia no rio Doce.
“Este é mais um daqueles megaprojetos no Brasil sobre o qual as autoridades precisam estar vigilantes, sob o risco de se tornarem uma tragédia anunciada. A preocupação com os reflexos da produção para a região é tão grande que o Ministério Público Federal está questionando a viabilidade do empreendimento”, alerta Jordy.
O vice-presidente da Comissão da Amazônia informa que a intenção é reunir mais outras duas comissões: a de Meio Ambiente e a de Minas e Energia para discutir profundamente o projeto Belo Sun.
O requerimento para a realização da audiência conjunta deve ser protocolado nas próximas horas. A proposta precisa ser aprovada nos respectivos colegiados. Jordy pretende convidar membros do MPF no Pará, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e os responsáveis pela empresa canadense.


Fonte: Assessoria de Imprensa

O que eles disseram


"No dia do anúncio [do impeachment], ele [Wagner] tentou desesperadamente que eu atendesse seu telefonema. Vários deputados traziam pra mim o telefone com ele na linha e podem ser testemunha."
Eduardo Cunha, presidente afastado da Câmara, reforçando que o ex-chefe da Casa Civil Jaques Wagner prometeu apoio do PT para livrar o parlamentar do Conselho de Ética, caso os pedidos de impeachment contra a presidente Dilma fossem arquivados.


"Mais uma vez Eduardo Cunha mente para se fazer de vitima. Ocorreram encontros para tratar da relação do Executivo com o Legislativo e da pauta de votações. Nunca houve oferecimento de apoio do PT a Cunha nem nunca haverá."

Jaques Wagner, desmentindo.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Pense em todos os palavrões que você conhece. É a NET.


Caros leitores.
O Espaço Aberto, como vocês têm notado, não vêm sendo atualizado desde segunda-feira (20).
E os perfis do blog no Facebook e no Twitter também estão silentes.
O silêncio tem uma causa: a NET.
A NET tem um sinônimo: porcaria.
Em 2013, sob o título Vocês querem porcaria? Vão para a NET, o blog recomendou que ninguém ouse trocar uma por porcaria por outra.
Foi isso que o blog fez: trocou a porcaria da Oi/Velox pela porcaria da NET. E se arrependeu.
Desde a última sexta-feira (17), parte do bairro de Nazaré, onde se encontra a redação do blog, está sem os serviços da NET.
Sexta-feira, sábado e quase toda a segunda-feira, ficamos completamente sem os serviços da operadora.
E não adianta ligar para saber o que há, porque a NET, talvez por causa do tsunami de ligações para reclamar da porcaria de seus desserviços, desativa também o serviço de reclamações.
Ontem, segunda-feira, no meio da tarde, a NET disparou para seus clientes, pelo WhatsApp, essa mensagem que vocês veem acima.
Esse "amanhã ao meio-dia" seria, portanto, hoje, terça-feira.
Mas o sinal da internet vem e vai, vem e vai, vem e vai.
A porcaria continua a mesma.
Nós, os clientes, seremos ressarcidos na conta por todos esses dias que estamos sem os serviços da NET?
Por certo que temos esse direito.
E certamente que a NET, que respeita os seus clientes, haverá de nos ressarcir.
Mas, para conseguir o ressarcimento, precisamos, nós clientes, seguir tantos procedimentos, tanta burocracia que é melhor esquecermos essa parada.
É assim, meus caros: pensem em todos os palavrões deste mundo.
Pensem por dez segundos.
Pensaram?
Pois vocês acabam de ajudar o Espaço Aberto a classificar a NET.
Muito obrigado a vocês.
E não esqueçamos: a NET é a porcaria das porcarias.
Ah, sim. E vamos esperar que a NET normalize, minimamente que seja, os seus serviços para que o blog volte a ser atualizado com regularidade.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

O Brasil, essa surpreendente e airosa terra de corrupções


Quanto mais conheço o Brasil, mais me surpreendo com o Brasil.
Sem brincadeira, o Brasil é um dos países mais surpreendentes que a civilização já produziu.
Em suas roubalheiras, por exemplo, o Brasil é, senão único, um dos poucos em que a originalidade sobressai.
Olhem as novas revelações que brotam da íntegra da delação premiada de Sérgio Grava Tudo e Todos Machado, o ex-presidente da Transpetro.
Ali se constata, por exemplo, que Machado e seus três filhos se conluiaram para operar milhões e propinas.
Em tempos d'antanho - muito, mais muito mesmo d'antanho -, pais ensinavam, como se dizia, bons modos aos filhos.
Mas isso devia ser nas gerações anteriores às de Machado e seus filhos.
Expedito Machado da Ponte Neto, filho do Grava Todos, confessou ter aberto contas na Suíça para receber propina que as empresas pagavam ao pai dele. Contou ainda que, como não possuía a renda mínima exigida pelas instituições financeiras estrangeiras, mentiu para o próprio irmão para convencê-lo a abrir as contas em seu nome.
Admitiu que, desde 2007, operou diversas contas e trusts no exterior. E chegou a acumular cerca de R$ 73 milhões em propinas.
Meus caros, vamos repetir: R$ 73 milhões em propinas, que cevaram políticos de alto, médio e baixo coturno.
Querem mais um sinal da originalidade deste Brasil de corrupções?
Machado contou ter sido pressionado a pagar a “maior propina do PMDB” ao então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, hoje senador pelo PMDB do Maranhão.
A exigência, de acordo com Grava Tudo, foi feita por Lobão por causa da condição de ministro e porque a Transpetro estava vinculada ao ministério que ele comandava.
Entenderam? Um ministro, porque é ministro, tem que receber o maior naco.
Hehehe.

Quanto mais conheço o Brasil, mais me surpreendo com o Brasil.

Congressistas à beira de um ataque de nervos


Gente que trafega próximo, bem próximo à bancada do Pará e conhece bem os humores de Suas Excelências os deputados de todas as bancadas e de todos os partidos, garante: há trocentas gentes na Câmara que estão à beira do pânico, que estão à beira de um ataque de nervos.
O quase pânico é com Rodrigo Janot?
Não.
É com o juiz federal Sérgio Moro?
Ainda não.
É com Teori Zavascki?
Também ainda não.
É com Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente afastado da Câmara.
Cunha é o homem-bomba do momento. É um repositório de nitroglicerina pura. É um barril sem fundo de ódios e furores horrendos.
E está muito perto de soltar a língua.
Sua Excelência e seus advogados consideram fortemente a possibilidade de um acordo de delação.
Ele disfarça e diz que não.
Mas são justamente esses disfarces e essas negativas que apavoram trocentas gentes na Câmara.

Porque sabem que, se Cunha falar, cai a República.

"O poder não é eterno e nem há crime perfeito", diz leitor


Do leitor AHT, sobre a postagem Dudu, Claudinha e Plaza Athénée. Mas que luxo, hein?:

Imaginemos o pavor de Dudu e Claudinha atormentados com psicóticas cenas misturando Papuda com Plaza Athénée [na foto do blog].
Dilma sendo humilhada por ter que se contentar em ficar hospedada no Palácio do Alvorada. 
Lula, injustiçado, que nem pode mais se hospedar no triplex em Guarujá, ou no sítio em Atibaia.
O poder não é eterno e nem há crime perfeito, nem mesmo na República onde tudo e quase todos se compra, por um simples motivo: não há uma só técnica perfeita que garanta que as propinas jamais darão chabu.

Felizmente, sempre um infeliz haverá de cometer uma "inocente traiçãozinha" que detonará e implodirá o "sistema exaustivamente elucubrado, meticulosamente planejado e perfeitamente implantado".

Belém nos tempos: a avenida São Jerônimo



Do Belém Antiga, em sua página no Facebook:

A surpreendente história de uma avenida que foi sem nunca deixar de ter sido. Que sumiu do mapa há quase 60 anos e continua presente no dia a dia dos moradores de Belém. Talvez uma das únicas do mundo com dois nomes.
Lugar de poços que abasteciam de água potável a Belém do século XIX, ganhou o primeiro nome por causa de um deles, o que ficava no sítio Paul de Água, na então Estrada de Paul D’Água. E você deve estar se perguntando... que história é essa?
O livro ‘Ruas de Belém’, de Ernesto Cruz, diz que era ‘Estrada de Paul D’água’, muito provavelmente por causa do poço que ficava na esquina da Piedade e que abastecia Belém até metade do século XIX.
O nome São Jerônimo, veio em seguida como homenagem ao conselheiro Jerônimo Francisco Coelho, presidente e comandante das armas no Pará em 1848, que abriu desde o Arraial de Nazaré, várias das ruas e travessas que dariam origem ao bairro do Umarizal.
Antiga região de sítios, viria a abrigar palacetes no estilo Europeu no final do século XX, bancados pela riqueza da borracha como o de Augusto Montenegero, governador no início do século XX, ( Hoje Museu da UFPa), em frente a residência do Senador Vigílio Sampaio, ambos na esquina da São Jerônimo com a Generalíssimo Deodoro.
Em 1907, ganha o sistema de bondes elétricos e mais palacetes como o Bolonha e o Bibi Costa. O nome atual surgiu homenageia o interventor federal Governador José Malcher, que chegou ao poder em 1937, por ocasião da mudança do sistema político no Brasil.
A mudança ocorreu por decreto em 1956 e foi resgatado da biblioteca da Câmara pelo colaborador Bruno Rosa ( foto publicada). Ganhou novo nome oficial, mas nunca perdeu o antigo.
É avenida de dois nomes.. tão presente e tão ausente do dia a dia da capital que ajudou a construir. Hoje, quando passar pela São Jerônimo, ops, José Malcher, contemple esta história, conte para seus amigos, veja a beleza do casario e ajude a preservar a memória de Belém.

Quem não gosta

Para começar o dia e abrir o apetite nesta sexta-feira, pupunhas à farta.
A foto é de Fernando Sette Câmara.

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Justiça bloqueia R$ 2,4 milhões de madeireira

A Justiça Federal em Santarém decretou a indisponibilidade dos bens da madeireira Madesa, Luiz Fernando Ungenheuer e Vanderleia da Silva Reis, no valor de R$ 2,4 milhões no total. O total bloqueado corresponde aos danos ambientais encontrados pela fiscalização ambiental na empresa em 2014. A decisão de bloquear os bens atende a pedido do Ministério Público Federal (MPF), com base em 12 autos de infração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), que fiscalizou a empresa em 2014 e encontrou provas de fraudes.
Os acusados inseriram dados falsos, criando movimentação fictícia de madeira, para acobertar a comercialização de madeira de origem ilegal. As derrubadas ilegais ocorriam em florestas nativas dentro do assentamento Corta Corda e outras áreas públicas. O total de madeira ilegal movimentada passa de 20 mil metros cúbicos, ou cerca de 500 caminhões carregados de toras.
A madeira comercializada ilegalmente era das espécies mais lucrativas, como maçaranduba e ipê. O bloqueio dos bens é necessário porque seria o valor necessário para financiar um Plano de Recuperação de Áreas Degradadadas (Prad), que os acusados devem apresentar para aprovação no órgão ambiental dentro de 90 dias.


O que ele disse


"O deputado se utilizou de engenharia financeira para dissimular o recebimento de propina. Creio que a única sanção aplicável é a perda de mandato, pois a mentira foi premeditada e realizada com a finalidade de minar a Operação Lava Jato. O que há aqui é uma verdadeira laranjada".
[...]
"Estamos diante do maior escândalo que esse colegiado já julgou. Não se trata de omissão e mentira, mas de uma trama com a finalidade de ocultar uma série de crimes".

Marcos Rogério (DEM-RO), referindo-se a Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no relatório recomendando sua cassação, aprovado por 11 votos a 9 no Conselho de Ética.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Dudu, Claudinha e o Plaza Athénée. Mas que luxo, hein?


Plaza Athénée, em Paris: abrigo para grande corruptos. Mas nem todos. (Fotos do Espaço Aberto)
Vamos falar claro?
Falemos, pois - claro e singelamente: corrupção com luxo é outra coisa.
Sem brincadeira que é.
Vejam só esse casal esperto, formado por Eduardo Cunha e sua senhôura, dona Cláudia Cruz.
Vamos respeitar: eles sabem o que é bom. Sabem o que é apreciável. Sabem o que é regalar-se com o dinheiro dos outros.
Descobre-se agora que os pombinhos - como os chamariam por aqui -, fizeram o que já estão definindo como "circuito da realeza" pela Europa.
Os lugares onde estiveram incluíram Paris, Zurique e Veneza.
No dia 12 de fevereiro de 2013, em Zurique, teriam torrado US$ 1.043,40 no Grand Hotel Dolder, que já hospedou personalidades como Sir Winston Churchill e Luciano Pavarotti.
No Baur au Lac, também em Zurique, a conta subiu para US$ 3,6 mil.
Em Barcelona, Eduardo e Claudinha hospedaram-se no dia 25 de março no W. Barcelona, que já hospedou até nobres do Oriente Médio como o Rei Abdala II, da Jordânia, e a rainha Rania. Valor da conta: US$ 3,5 mil.
Em março de 2014, o hotel escolhido foi o Danielli, em Veneza. Conta: US$ 4,9 mil.
Em fevereiro do ano passado, Dudu e Claudinha aconchegaram-se no conforto do Plaza Athénée, em Paris. Fatura: US$ 15.880,26.
Repita-se: US$ 15.880,26 (mamããããããããeeeeeeeeeee, socorro!)
Aliás, vou contar uma coisa a vocês.
Na última vez em que estive em Paris, em outubro do ano passado, andava uma tarde, meio sem lenço e sem documento, pela avenida Montaigne, uma das mais agradáveis da capital francesa, mas também um corredor de algumas das mais caras grifes do mundo.
Eu já havia passado outras vezes pela avenida Montaigne, mas nuca havia me apercebido daquele hotel - uma tapera, como vocês sabem.
Para registro imagens da tapera, fiz até algumas fotos, como as que ilustram esta postagem. E as fiz com toda a cautela, porque o número de segurança nas imediações é tão grande que aproximar-se muito do prédio, nos trajes em que eu me encontrava, é correr o risco de ser barrado com medidas não muito, digamos assim, corteses.
Pois diante do Plaza Athénée, ainda chegue a pensar assim: "Nesse hotel, nem grandes corruptos brasileiros teriam condições de se hospedar".
Hehe.
É que eu ainda não conhecia em detalhes a vilegiatura de Dudu e Claudinha.
É que ainda não conhecia a fundura dos seus bolsos, a profundidade dos seus cofres e nem seus apetites pelos dinheiros públicos.
Que gosto, o desse casal!
Que finesse.
E eu, idiota, apostando que nem grandes corruptos brasileiros poderiam se hospedar no Plaza Athénée.
É como já se disse no início: corrupção com luxo é outra coisa.
Sem dúvida que é!

Tite cometerá um grande erro se aceitar ser técnico da seleção


Então é isso.
Dunga, aquele que foi técnico sem nunca ter sido, acabou dispensado do comando técnico da seleção brasileira.
A CBF quer Tite, treinador do Corinthians, que na noite desta terça-feira (14) passou quase três horas reunido com Marco Polo Del Nero.
Ficou de responder hoje.
Se disser que aceita ser o substituto de Dunga, Tite estará cometendo uma das maiores besteiras de sua vida.
Ele sabe, todos sabemos, que o grande problema do futebol brasileiro não está dentro de campo, mas fora dele.
Uma das caras do futebol brasileiro é esse Del Nero, com quem Tite conversou longamente.
Aliás, leiam o manifesto abaixo.
Ele foi divulgado em dezembro do ano passado.
Traça um painel perfeito do futebol brasileiro fora de campo.
Sabem quem o assinou?
O movimento Bom Senso FC, com o apoio de mais cerca de 130 personalidades.
Sabem quais, dentre outras, as personalidades que assinaram o manifesto?
Pelé, Zico, Paulo Autuori, Rogério Ceni, Alex e, por último mas não menos importante, Tite.
Com que cara Tite vai se apresentar como treinador da seleção, se continua preservada e intacta a mesma estrutura que ele próprio condenou há cerca de seis meses?
Tite assinou uma afirmação como esta: "A crise de corrupção é a face mais visível de um profundo problema estrutural, que travou o desenvolvimento do futebol brasileiro em todas as suas dimensões."
Perfeito.
E agora, como é que vai conviver com essa cambada toda que enlameia o futebol brasileiro?
Leiam o manifesto.

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"A Confederação Brasileira de Futebol vive a maior crise de sua história. Seus últimos três presidentes são réus em investigação policial internacional por fraude na CBF e na FIFA. José Maria Marin está preso desde maio, Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero estão indiciados pela Justiça dos EUA desde o dia 3 de dezembro.

Compreendemos que a sucessão determinada por um estatuto viciado, que foi arquitetado e aperfeiçoado para a manutenção do poder nas mãos dessa mesma linhagem, é ilegítima e imoral.

Exigimos a renúncia definitiva de Marco Polo Del Nero e sua diretoria, seguida da convocação de eleições livres e democráticas para o comando da CBF, sem a atual cláusula de barreira, mecanismo que impede a aparição de posições independentes ao sistema vigente, pois exige oito assinaturas de federações e mais cinco de clubes para candidaturas.

A crise de corrupção é a face mais visível de um profundo problema estrutural, que travou o desenvolvimento do futebol brasileiro em todas as suas dimensões.

Conclamamos a Procuradoria Geral da República, a Polícia Federal e a Receita Federal a não deixar impunes quem corrompeu ou quer continuar a corromper o futebol pentacampeão mundial.

Aos clubes e federações, pedimos que se paute e vote a alteração de pontos estatutários necessários para a democratização e desenvolvimento de nossa maior paixão, inexorável e sem volta.

De nossa parte, signatários deste manifesto, acreditamos que, caso as mudanças sejam iniciadas, os novos mandatários da CBF, juntamente com os muitos personagens capacitados e honrados da comunidade do futebol saberão criar as condições para a reconstrução da credibilidade, confiança e retomada do protagonismo esportivo do futebol brasileiro, de seus jogadores, da alegria do jogo e, principalmente, dos torcedores."

Por um pãozinho, danem-se as regras e o mundo


Olhem aí.
Num terra em que cumprir regras é coisa de idiota, para quê cumpri-las, então?
Observem na foto enviada por um leitor do Espaço Aberto.
O cara foi comprar um pãozinho e volta já.
Enquanto isso, o carrão ficou estacionado em local proibido, na 14 de Março com a Domingos Marreiros, bem na frente da deliciosíssima Panificadora Umarizal, uma das melhores de Belém, vale dizer.
E dane-se o mundo.

E danem-se as regras, ora!

O que ela disse


"Eu estava nesta Casa e a Imprensa sabe que eu estava, assistindo ao que Platão chama de mito da caverna, para poder olhar nos olhos de cada um. Porque os olhos refletem muito mais do que a boca não tem coragem de dizer."
Tia Eron (PRB-BA), numa justificativa filosófica, digamos assim, sobre as razões de sua ausência de sessão anterior em que a cassação de Eduardo Cunha esteve em pauta no Conselho de Ética. Mas nesta terça-feira (14), felizmente, votou favoravelmente ao relatório do deputado Marcos Rogério (DEM-RO), recomendando a cassação do parlamentar.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Petistas insatisfeitos podem bandear-se para Edmilson


Petistas de Belém, aqueles de carteirinha, históricos e cevados pelos princípios primordiais que alicerçaram o início da trajetória do partido, no início dos anos 1980, ainda não digeriram, de jeito nenhum, a decisão do Diretório Estadual de aprovar alianças com o PMDB para as eleições de outubro.
Muito embora se contenham ao máximo em comentar esse assunto, alguns admitem, ainda que com indisfarçável constrangimento, a possibilidade de simplesmente ignorarem a decisão do comando do partido, pregando a voto nulo ou mesmo bandeando-se, por trás das bombas, para ajudar o PSOL, que vai lançar a candidatura do deputado federal Edmilson Rodrigues (na foto) à Prefeitura de Belém.
É esperar para conferir!

PT, mesmo envergonhado, apoia Tourinho na UFPA


De leitor do Espaço Aberto, sobre a postagem Na UFPA, petistas também apoiam peemedebista:

Desculpem pelo anonimato, mas sem ele não poderia elaborar comentários aqui.
A percepção que corre, dentro da campanha do professor Tourinho à Reitoria da UFPA, é de que o PT está muito desconfortável apoiando a chapa dele. Os acordos foram feitos antes da posse de Michel Temer e agora não podem ser desfeitos. Tem muito petista que está com vergonha sim dessa situação, mas tem que se calar.
Como o calendário eleitoral é apertado (por engenhosidade do Maneschy e dos Barbalho), esses petistas ficaram sem tempo para rearticularem uma migração para outra chapa - por exemplo, a chapa do professor João Weyl, que tem o apoio de petistas mais à esquerda.
E a coisa é ainda pior porque a postura do Tourinho e dos seus principais apoiadores é daquele tipo que o PT odeia: o tipo "top", elitista e bastante excludente em relação aos valores petistas mais fundamentais, como democracia participativa, inclusão e crítica à meritocracia de resultados.
De certa maneira, então, além do ônus de ser uma candidatura do PMDB, a do Tourinho é uma candidatura bastante elitizada. É claro que no meio disso tudo tem muito petista que não está nem um pouco constrangido em apoiar o Tourinho, porque está de olho na máquina de poder que é a universidade.

Trump x Clinton: tirem as crianças da sala


 Vocês estão acompanhando, esparsamente que seja, a campanha, ou melhor, a pré-campanha eleitoral americana?
Se estão, vocês mesmo podem confirmar que o nível está sendo aquele de "tirem as crianças da sala", né?
Tirem da sala as crianças de até 90 anos de idade.
Impressionante!
De um lado, temos Donald Trump, o virtual candidato republicano à Casa Branca.
Ele é uma espécie de Jair Bolsonaro dos Estados Unidos. Com a diferença de que é bilionário. Mas se os dois sentarem-se à mesma mesa, vai acabar rolando uma clima entre eles - podem apostar.
De outro lado, temos Bill Clinton, o ex-presidente, marido de Hillary, a virtual candidata democrata ao Salão Oval.
Clinton é o insaciável. Sua vida pregressa o credenciou a ser uma espécie de terror das estagiárias. E das não estagiárias também.
Aliás, observem a cara, as feições de Clinton.
Não sei por quê, mas sempre tive a sensação de que Clinton, se sair à rua no meio de um temporal, e disse pra todo mundo, aos berros "ei, olhem como está chovendo", ninguém vai acreditar completamente nisso.
As feições de Clinton transmitem a impressão de que ele, mesmo quando diz a mais profunda, a mais irretorquível, a mais clamorosa verdade, parece que guardou uma mentirinha lá no fundo, apenas pra rir, sozinho, da cara dos circunstantes.
Pois é.
Trump e Clinton passaram a revirar o passado.
E chegaram às mulheres de cada um.
Dizer aqui os detalhes das barbaridades que brotam desse baú de histórias é desnecessário. Mas, se vocês estiverem mesmo interessados, cliquem aqui.
O essencial desta discussão é o seguinte: na maior democracia do mundo, a política é uma nojeira, é um covil de estupores.
Na maior democracia do mundo, um sujeito como Donald Trump pode ser o presidente.
O presidente, meus caros!
Os americanos podem fazer de um maluco como esse um dos homens mais poderosos do mundo (toc, toc, toc).
Há republicanos queimando suas carterinhas, literalmente, diante da simples possibilidade de que esse cidadão venha a ser o candidato do partido à presidência dos Estados Unidos.
O que se espera, portanto, de um debate entre Trump, o Jair Bolsonaro deles, e Clinton, o insaciável, também deles?
Tirem as crianças de até 90 anos da sala.

Pur favor.

São Francisco, clube eleito do meu coração


Olhem só essa foto.
É o São Francisco, o Leão azul santareno, o time pelo qual este repórter caiu de amores e paixões eternos desde que tinha sete, oito anos, ainda "criança pequena" na Pérola do Tapajós.
Aparecem aí: Guajará, Helvécio, Dias Queixura, Marcial, Pão Doce e Acari (em pé); Carlitinho, Cristovam Sena, Ataualpa, Antônio José e Navarrinho (agachados).
A foto, mostrando o time que em 1968 derrotou o Madureira do Rio por 2 a 1, foi pinçada de uma crônica ótima que o próprio Cristovam Sena escreveu no Blog do Jeso (leia aqui a íntegra: http://goo.gl/2zg3Dl), abordando também o início da prática do futebol em Santarém.
Desse time aí, tive a ventura de ver vários jogarem, como o próprio Navarrinho. Era um craque. Baixinho, não tinha mais de 1,65 de altura. Mas dava "guizas" em zagueiros que era uma maravilha. Era extasiante, mas também engraçado, vermos Navarrinho, um ponta esquerda genuíno, entortando zagueirões e passando praticamente por baixo das pernas deles com bola e tudo.
Hoje, diz Cristovam, Wilson Navarro tem 69 anos e está, benza Deus, com a memória a mil, relembrando-se com detalhes de fatos dos tempos gloriosos do Leão nas décadas de 1960 e 1970.
Antonio Carlos, o Pão Doce, também era um craque. Volante, formaria depois a dupla Pão Doce e Da Silva, do time do Leão que se tornou tricampeão santareno e tinha ainda, em seu elenco, Cabecinha e Jeremias, depois contratados pelo Remo. Pão Doce, bancário do Banco da Amazônia, também era um craque em matemática. Com ele, este repórter chegou a ter aulas de reforço. E aprendeu, direitinho, que dois e dois são quatro e nove veze seis, ora bolas, são 54. Hehe.
Acari dispensa apresentações: era lateral-esquerdo dos melhores e veio para a Tuna, pela qual, se não estou enganado, chegou a ser campeão.
Lembro-me vagamente de ter visto Cristovam Sena jogar, mas sei que também era um craque, assim como Ataualpa.
"São Francisco valente de guerra / clube eleito do meu coração / porque teu destemor não se encerra / nos estádios te chamam Leão".
A crônica de Cristovam também nos faz evocar esses trechos do hino do São Francisco, com letra e música de Emir Bemerguy, tido do repórter, que partiu para a eternidade em novembro de 2012 (vejam aqui:http://goo.gl/lB5CiK).
Grato, Cristovam, por sua crônica nos recordar tantas coisas boas.

PJe entra em funcionamento na Justiça Federal do Pará

Os juízes federais Carina Senna, Sérgio Wolney Guedes e Marcelo Albernaz na solenidade que implantou o PJe
A Justiça Federal no Pará, em suas varas de Belém e das Subseções Judiciárias de Santarém, Marabá, Altamira, Castanhal, Paragominas, Redenção, Tucuruí e Itaituba, passa a contar a partir desta segunda-feira (13) com o Processo Judicial Eletrônico (PJe), que permitirá, entre outras, vantagens, maior celeridade na tramitação e no julgamento das ações.
A solenidade de implantação contou com a presença do presidente do Comitê Gestor Regional e da Comissão Técnica Regional do Sistema PJe no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, juiz federal em auxílio à Corregedoria do TRF1, Marcelo Velasco Nascimento Albernaz, e dos juízes federais Sérgio Wolney de Oliveira Batista Guedes e Carina Cátia Bastos de Senna, respectivamente diretor e vice-diretora do Foro da Seção Judiciária do Pará. Também estiveram presentes magistrados e diretores de varas.
Desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com outros órgãos da Justiça para automação do Poder Judiciário, o PJe foi implantado de forma pioneira em dezembro de 2014, no Tribunal Regional Federal da 1ª Região e na Seção Judiciária do Distrito Federal. No ano passado, foi ampliado para as seções judiciárias de Goiás, Tocantins, Roraima, Maranhão, Acre, Rondônia e Amapá. Neste ano, o sistema também começou a ser operado nas Seccionais do Amazonas, Mato Grosso e Piauí.
Com a ampliação do sistema para as demais seccionais, todos os novos processos de classes abrangidas pelo Processo Judicial Eletrônico passam a ser autuadas exclusivamente no PJe em substituição ao e-Jur. "A nossa meta é de que, até o final do ano de 2018, 100% das novas ações ajuizadas na Justiça Federal da 1ª Região sejam protocoladas no PJe", disse o juiz federal Marcelo Albernaz.
O magistrado ressaltou que a implantação do Processo Judicial Eletrônico terá impactos positivos, inclusive em termos de sustentabilidade. "Não teremos ganhos apenas com a economia de papel, uma vez que o PJe será totalmente eletrônico. Mais do que isso, a relevância do novo sistema, no que se refere à sustentabilidade, está em que passará a ser desnecessário o deslocamento dos usuários externos até a Justiça Federal para fazer algum procedimento nos processos. Com isso, teremos menos carros nas ruas e, com isso, menos poluição", explicou Marcelo Albernaz.
Produtividade - Ele também mencionou, como uma das grandes vantagens do PJe, a disponibilização permanente dos processos durante as 24 horas do dia e a redução da sobrecarga de trabalho nos Núcleos Judiciários e na secretaria das Varas. " Com o Processo Judicial Eletrônico, não haverá mais necessidade de fracionamento no cumprimento das decisões judiciais. No sistema físico, as decisões poderiam demorar até um ano para serem cumpridas. Agora, procedimentos como os de publicação e expedição de mandados, por exemplo, poderão ser feitas simultaneamente, com enormes ganhos de tempo e produtividade", destacou o magistrado.
O presidente do Comitê Gestor Regional do PJe na 1ª Região também mencionou que o novo sistema trará um avanço considerável em relação à segurança, uma vez que qualquer impulso processual, como no caso da assinatura de sentenças e da lavratura de certidões pelos oficiais de Justiça, exigirá que o usuário possua certificação digital. "Essas mudanças de procedimentos introduzidas pelo PJe me levam a estimar que, em futuro próximo, até mesmo o perfil dos servidores que ingressarem na Justiça Federal, por meio de concurso público, precisará ser reavaliado. Porque acredito que precisaremos de maior quantidade de bacharéis em Direito, que poderão dispor de maior habilidade técnica para operar o sistema", previu Marcelo Albernaz.
O juiz federal Sérgio Wolney Guedes, diretor da Justiça Federal no Pará, considerou que, nesta era em que os procedimentos virtuais vão ganhando relevância crescente em vários setores, o Processo Judicial Eletrônico representará, para a Justiça Federal, um importância fundamental como ferramenta de trabalho que poderá contribuir para facilitar e agilizar a tramitação dos processos. "De nossa parte, juízes e servidores da Seção Judiciária do Pará, empenharemos o melhor de nossos esforços na operacionalização do PJe", disse o magistrado.
Em etapa que antecedeu a implantação do PJe no Pará, servidores da Justiça Federal no Estado que atuam em varas de Belém e do interior participaram, em maio passado, de um treinamento que os habilitou a operar o novo sistema. Ministrado por servidores do TRF1, também participaram da capacitação servidores da Procuradoria da Fazenda Nacional, Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará, Caixa Econômica Federal e da Advocacia Geral da União.

O que ela disse


"É hora que todos nos unamos e lembremos os que foram assassinados, apoiemos a todos os que estão sofrendo e depois tratemos de averiguar o que podemos fazer."
Hillary Clinton, virtual candidata republicada à presidência dos Estados Unidos, sobre a carnificina terrorista que deixou 50 mortos numa boate gay em Orlando.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Fechem o MP. E entreguem as chaves ao Congresso.



Aí não, crianças!
Aí já é por demais!
Espiem só essa notícia que saiu meio perdida, no pé da página 3 do primeiro caderno da "Folha", no último sábado (11).
É inacreditável o que se lê no segundo parágrafo: que senadores pretendem exigir do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, explicações sobre por que pediu ao Supremo que sejam presos os gigantes da ética Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney.
Hehe.
Não descartem se os participantes dessa reunião a que se reporta a matéria estivessem bêbados quando discutiram essa imbecilidade.
Ora, Janot, a juízo do Espaço Aberto, realmente deve ter pisado na bola ao pedir a prisão de pessoas que, em conversa privada, apenas emitiram opinião contrárias à Lava Jato.
Por que o apenas emitiram? Porque uma coisa é Renan et caterva externarem alguma opinião sobre a Lava Jato. Outra coisa é executarem, é fazerem a opinião exposta.
Então, suponham que Renan dissesse, numa conversa gravada, o seguinte: "Eu acho que devemos explodir a Lava Jato". Pronto.
E daí que apenas dizer isso não configura crime algum. Agora, se Renan, depois do que disse, agisse concretamente para explodir a Lava Jato. Aí sim, teríamos configurado o crime de obstrução da Justiça.
Por isso, repita-se, parece que Janot pisou na bola, a menos, é claro, que ele tenha elementos desconhecidos por todos nós para demonstrar que, concretamente, os alvos dos pedidos de prisão agiram concretamente para explodir com a Lava Jato.
Agora, exigir que Janot presta explicações ao Senado é uma brincadeira. É uma piada de mau gosto. É uma estultície difícil de acredita, eis que partida de políticos que não são virgens em política.
Janot representa o Ministério Público.
E o Ministério Público tem independência para fazer o que Janot fez, abstraindo-se, fique bem claro, o mérito do pedido formulado.
No dia em que o Ministério Público, no exercício de suas atribuições - e nada indica que Janot as tenha desbordado -, tiver que oferecer explicações ao Legislativa, então é melhor fechar o MP e entregar as chaves a Suas Excelência os dignos parlamentares.
Ou não?

Bandido arranca anel de vítima a dentadas. Em Batista Campos.



Contando, meus caros, ninguém acredita.
Mas acreditem, porque é a pura verdade, nesta Belém dominada pela violência.
Leitora do Espaço Aberto teve um anel arrancado por bandido a dentadas, ao ser assaltada na última quarta-feira (08), por volta das 6h45, na travessa Doutor Moraes, entre Gentil e Conselheiro, no bairro de Batista Campos.
A pé, a vítima se dirigia para fazer hidroginástica quando foi abordada bem aí, no calçadão que fica num dos lados do cemitério da Soledade, como vocês podem ver na imagem do Google Maps. O bandido, contou a vítima ao blog, estava armado com uma faca, vestia calça jeans, portava uma mochila e pedalava uma bicicleta.
O assaltante tomou-lhe a bolsa, que tinha cerca de R$ 30, e depois exigiu-lhe o anel. Ela tentou tirar, mas não conseguiu, porque estava meio apertado. O cara puxou-lhe a mão e arrancou o anel a dentadas, ferindo levemente o dedo da vítima.
Contando, ninguém acredita.
Mas acreditem, porque é verdade.

Na Praça Batista Campos, a nossa Torre de Pisa


Olhem aqui.
O registro, feito por leitor do Espaço Aberto, revela a quantas anda a deterioração da Praça Batista Campos, um local aprazível, como tanto se diz aqui, mas assolado por calçadas esburacadas, bandidos desfilando impunemente a qualquer hora do dia e, agora, pontes tortas.
Confiram aí como a estrutura que se ergue a partir da ponte está tortinha.
"Nesse ritmo, acabaremos tendo a nossa versão, em madeira da Torre de Pisa", brinca o leitor.
E por que não?

No BB da travessa Rui Barbosa, uma imbecilidade tamanha


Hehe.
Olhem só que bacana.
A foto foi feita na manhã deste sábado (11) e enviada para o Espaço Aberto por um cliente do Banco do Brasil, ele próprio aposentado do BB.
Mostra um aviso - simples, singelo, objetivo e, por último mas não menos importante, espantoso.
O aviso, estampado na entrada da agência do Banco do Brasil na Rui Barbosa, quase na esquina com a Braz de Aguiar, informa que está limitado o horário de acesso aos caixas eletrônicos nos dias úteis. E aos sábados, domingos e feriados, as máquinas todas ficam inacessíveis.
Por quê?
Sabe-se lá.
Os gestores do Banco do Brasil, do alto de seu olímpico desprezo pelos clientes, vão se poupar de oferecer uma justificativa plausível pra isso.
Então, os clientes têm todo o direito de pensar que essa medida expressa uma imbecilidade tamanha.
Ou, se vocês preferirem, expressa uma imbecilidade sem tamanho.
Putz!

Convivências virtuais. E o calor da vida, onde está?


Do jornalista e leitor Francisco Sidou, por e-mail:

Quando lemos no jornal o aviso fúnebre de missas de 7º dia de amigos diletos, contemporâneos de estudos no CEPC, na UFPA e de trabalho no Banco da Amazônia e nos veículos de comunicação por onde passamos - então constatamos meio surpresos que o nosso "prazo de validade" também está vencendo.
Vemos as pessoas usando cada vez mais ferramentas de comunicação em bate-papos (tem gente que possui quatro, cinco aparelhos entre celulares, smartphones e o escambau digital) e, no entanto, parece cada vez mais difícil o entendimento com aquelas pessoas mais próximas. 
Os jovens precisam entender seus pais e os "tios" que, às vezes , se mostram meio "descompensados" no tempo, "ranhetas" em alguns casos, mas costumam pecar por excesso de zelo ou de amor. Os pais, avós ou tios também precisam aprender com seus filhos uma nova visão de realidade bem diferente daquela em que foram criados e educados. 
Não basta exigir (porque estão "pagando") que eles estudem, se formem ou apenas tirem um diploma de curso superior. Os filhos, como os pássaros, não mais aceitam ser criados em cativeiro. Só o diálogo, compreensão e afeto podem romper esse "círculo de giz" ou esse "muro virtual".
Sintomático dessa "neura" moderna foi o fato que presenciei, mesmo sem querer. Em recente velório de um amigo dileto, chega de repente um animado grupo de pessoas bem trajadas e produzidas como se fossem para uma festa ou evento social.
Antes mesmo de cumprimentar com sentidos pêsames os parentes do falecido, foram logo perguntando: "Aqui tem wi-fi ? Qual é a senha ?

Iwo Jima, famosa pela foto



Sem dúvidas, a Segunda Guerra Mundial, além do recorde de maior guerra da história, as maiores batalhas em terra, mar e ar aconteceram nela. Os maiores crimes e horrores são outro recorde triste, como o Holocausto dos judeus na Europa e centenas de execuções de prisioneiros e civis em todas as frentes de batalhas e atrás delas, principalmente. Estima-se que entre que entre 35 e 50 milhões de civis foram vítimas de fuzilamentos sumários, câmara de gás, bombardeios que arrasaram cidades inteiras, fome e doença. E quando se fala em "maior" batalha não significa o número de tropas envolvidas ou danos causados, mas o quanto a vitória foi importante em termos estratégicos: a batalha de Iwo Jima.
Para à época, nunca se produziu tantas armas das nações que se autodenominavam "Aliados" e visava deter a ambição de três ditaduras que desejavam conquistar o mundo para si e moldá-lo conforme seus ideais: Hitler na Alemanha, Mussolini na Itália e os Comandantes Militares no Japão. A cooperação entre esses três ficou conhecida como "Eixo". Se os Aliados não tivessem enfrentado com todas suas forças o que o primeiro ministro Winston Churchill chamou de "a hora mais negra", a história e o mundo seriam completamente diferentes hoje. Principalmente, porque o nazismo se apresentava como uma ideologia política secular, mas o movimento tinha uma verdadeira liturgia: símbolos, cantos, peregrinações, culto de relíquias, luta contra o Mal... E a fé cega em um líder providencial.
Os comandantes das forças armadas japonesas sabiam que a guerra estava perdida desde a Batalha no Mar das Filipinas. Sabiam, mas não se rendiam, eles simplesmente não conseguiam aceitar a derrota - uma das coisas mais desonrosas que lhes podia acontecer. Por isso, que, mesmo sem ter chance alguma, preferiam morrer lutando a se entregar. Com suas principais bases no Pacífico tomadas ou cercadas, sabia-se que o próximo alvo era a ilha de Iwo Jima. Era estrategicamente importante. Com seus dois aeroportos, dali os bombardeiros americanos poderiam atacar o Japão escoltados por caças.
O Tenente-general Tadamichi Kuribayashi, que comandava uma guarnição de 22.000 soldados, era um homem realista e sabia o que lhe esperava. Ordenou a preparação de tantos abrigos, casamatas e trincheiras quanto fosse possível. Foram cavados túneis no Monte Suribachi, onde muitos canhões foram instalados na força braçal. Milhares de homens poderiam ficar acomodados dentro da montanha, por mais desesperada que a situação fosse, todos deveriam morrer defendendo suas posições, matando o maior número de americanos possível. Ele pretendia causar muitas perdas ao inimigo até fazê-lo desanimar de conquistar a ilha.
O desembarque da frota americana foi com 70.000 fuzileiros. Como sempre, foi feito um bombardeio naval e aéreo. Cerca de 30.000 fuzileiros das divisões 3,4 e 5 desembarcaram em Iwo Jima, sem receberem um único tiro. Onde estavam os japoneses? Assim que penetraram 500 metros ilha adentro, foram alvo de um tremendo bombardeio. Kuribayashi ordenou que atirassem nos americanos que estavam no interior da ilha, o que impedia que usassem de novo apoio naval. Suribachi foi combatido metro a metro, com atiradores de lança-chamas e granadas que limpavam os bunkers nipônicos, que foram confrontados por uma obstinada resistência.
A 23 de fevereiro de 1945, o cume foi alcançado e o fotógrafo Joe Rosenthal tirou a famosa foto "Raising the Flag on Iwo Jima" - "Hasteando a bandeira em Iwo Jima" - é a foto mais famosa de toda a Segunda Guerra Mundial. É importante que se diga que a primeira bandeira dos EUA no topo do Monte Suribachi, foi depois trocada por aquela que gerou a foto histórica. A ilha foi declarada segura em 26 de março de 1945. Depois do massacre de Iwo Jima, da destruição de todos os seus navios e de suas principais cidades arrasadas, o Japão não se rendia. Eles não sabiam se render, era uma barreira psicológica intransponível. Por isso, os americanos decidiram invadir Okinawa, que foi atacada em 1º de abril de 1945 pelo 10º Exército americano.

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SERGIO BARRA é médico e professor
sergiobarra9@gmail.com

O que ele disse


"Sabemos o suficiente para afirmar que este foi um ato de terror e de ódio."
[...]
"Este é um dia triste para a comunidade LGBT".
[...]
"Nenhum ato de terror pode mudar o que somos. Diante do ódio e da violência, nós vamos amar uns aos outros. Não vamos nos render ao medo e nos virarmos uns contra os outros."
Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, sobre mais um ato de selvageria que matou 50 pessoas numa boate gay em Orlando (EUA).

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Prenderam o Japonês da Federal. Me tira o tubo!


Hehe.
E o Japonês da Federal? Está na cadeia.
Mamãããããaããaeeeeeee, me tirem o tubo!
Vocês aí, crianças que já eram nascidas na década de 1980, devem se lembrar bem daquele personagem do "Viva o Gordo", em que Jô Soares, num quadro sensacional, fazia o papel de um general que acabara de sair de coma de seis anos, numa UTI.
Até que alguém lhe contava alguma história que se passara enquanto ele estivera sedado, entubado.
Ao ouvir a história - sempre escabrosa, implausível, inacreditável, o general soltava o bordão que se tornou popularíssimo na época: "Me tira o tubo!", indicando que, se tudo estava daquele jeito, era melhor morrer ou continuar inconsciente. (olhem o vídeo).
Pois é.
Newton Ishii ficou conhecidíssimo por conduzir presos da Operação Lava Jato.
Virou o Japonês da Federal, que, por sua vez, virou até musiquinha de carnaval e inspirou milhares de máscaras usadas por foliões.
Muitos, mas muitos mesmo, chegaram a colocar o Japonês da Federal no Olimpo dos Olimpos. Mas este blog ainda chegou a fazer um comentário no Facebook, alertando: não se enganem com o Japonês da Federal porque ele não é nenhum cândido; ao contrário, já foi até condenado.
Pois o cara foi preso em Curitiba (PR) pelo crime de facilitação do contrabando. O processo transitou em julgado, ou seja, não cabe mais recurso. O mandado foi expedido pela Vara de Execução Penal da Justiça Federal, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
Que tal, você acordando o general do "Viva o Gordo" e contando um historinha singela. Tipo assim:
- Olha, general, há uns dois anos começou aqui no Brasil uma operação da Polícia Federal chamada Lava Jato, que já prendeu dezenas de pessoas, inclusive muitos tubarões, por envolvimento com uma roubalheira bilionária da Petrobras. Quem prendeu essa gente toda era um agente da PF chamado Newton Ishii, que virou o Japonês da Federal, porque participou de muitas operações. Ele era tão popular que virou até marchinha de Carnaval.
- E aí? - perguntaria o general.
- E aí que também prenderam o Japonês da Federal.
- Me tira o tubo! Me tira o tubo!
Hehehe.
É assim.
Uma coisa quase inacreditável.

Um edificante momento ético no Conselho de Ética da Câmara

Atenção, meus caros.
O Espaço Aberto adverte: as imagens abaixo são fortíssimas. E o que vocês ouvirem é impróprio para menores de 70 anos.
Portanto, vocês aí, tirem as crianças de zero a 69 anos da sala.
Pur favor.