sexta-feira, 29 de maio de 2009

Fim da greve dos rodoviários

No AMAZÔNIA:

Após dez horas de negociações entre as categorias envolvidas, mediadas pelo Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, foi encerrada ontem a greve de rodoviários de Ananindeua e Marituba, que já durava três dias. A negociação que pôs fim à greve foi intermediada pela desembargadora Odete Alves, presidente em exercício do TRT. O último impasse para o encerramento do movimento foi a reposição dos dias parados. Os rodoviários aceitaram o pagamento de um dia e meio nos contracheques, com o consequente desconto de igual período.
Participaram da audiência de negociação da greve representantes da Federação das Empresas de Transportes Rodoviários da Região Norte (Fetranorte) e do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Passageiros de Ananindeua (Sintran-Pa). Discutindo sobre os dias parados, o grande impasse entre as categorias, foi aceita a proposta da presidência do TRT para que as partes dividissem o ônus da greve, ou seja, dos três dias de movimento grevista, as empresas pagariam o correspondente a um dia e meio e descontariam um dia e meio dos trabalhadores. A proposta foi aceita pela categoria profissional. Em contrapartida, a Fetranorte desistiu da Ação Declaratória de Abusividade de Greve.
Também ficou conciliado a fixação de uma jornada de trabalho de sete horas e 20 minutos, e 44 horas semanais, sendo garantido o direito de oposição, por meio formal, ou seja, de documento apresentado no departamento competente de cada uma das empresas. Com a celebração do acordo, ficou acertado o retorno imediato dos rodoviários ao trabalho.
Ao longo da audiência, que se iniciou às 9 horas e só se encerrou no início da noite, o vice-presidente da Fetranorte, Mário Martins, disse que a categoria reagiu bem quanto à proposta do reajuste salarial de 6,5%, e ressaltou que o desconto dos dias parados seria uma espécie de vacina para prevenir novas paralisações. Um dia de trabalho de um motorista equivale a R$ 32 e de um cobrador, R$ 18.
O presidente do Sintram, Márcio Amaral, chegou a afirmar que os rodoviários não aceitariam o desconto dos dias não trabalhados e acusou os empresários de negligência quanto às negociações, que se estendiam desde o final do mês de abril.

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