quarta-feira, 27 de maio de 2009

Bombril impede na Justiça lançamento de livro

Vejam abaixo. Está no portal da revista Imprensa.
Conforme dito no texto: "parece surrealismo, mas é a realidade”.

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O livro "Surdez das Empresas: Como ouvir a sociedade e evitar crises", organizado pelo jornalista Francisco Viana, teve seu lançamento suspenso - sob pena de multa diária de R$ 50 mil - por conta de uma liminar impetrada pela Bombril. Publicado pela editora Lazuli, o livro traz um case inédito sobre a recuperação judicial da empresa, relatado por José Bacellar, ex-diretor-presidente e ex-membro do conselho de administração da Bombril.
A decisão partiu do desembargador Guimarães e Souza, Juiz de 2ª instância e relator do processo, que corre na 29ª Vara Civel de São Paulo. Anteriormente, a juiza Valéria Maldonado tinha indeferido a solicitação da Bombril de, além de supender o lançamento do livro, marcado para esta terça-feira (26), proibir a sua circulação com a expressão "Bombril, bem como a abstenção de sua veiculação/circulação em qualquer meio de comunicação.
No capítulo "Bombril, das páginas policiais à recuperação econômica", ele comenta o período entre julho de 2003 e julho de 2006, em que a empresa foi administrada judicialmente, e conta a estratégia de comunicação corporativa adotada pela equipe responsável por tal administração.
No entanto, apesar de o texto ser focado na estratégia de comunicação para cuidar da imagem da Bombril durante o período de intervenção da Justiça - quando a mídia produziu uma cobertura negativa sobre o assunto -, Bacellar conta situações como o conflito entre o então proprietário da Bombril, o empresário italiano Sérgio Gragnotti, e o acionista Ronaldo Sampaio Ferreira, filho do fundador da empresa.
A Bombril Holding era a então controladora da Bombril S.A.. A segunda comandava efetivamente as atividades da empresa e esteve sob administração da Justiça por três anos. O ex-diretor presidente considerou no texto que a guerra da Bombril com a Bombril era "surreal".
"Parece surrealismo, mas é a realidade: a Bombril S.A. entrou com ação judicial contra a sua controladora, a holding que leva o nome Bombril, na 10ª Vara de São Paulo, em março de 2005. O objetivo era recuperar créditos de R$ 207 milhões de empréstimos, concedidos para a empresa de Sérgio Cragnotti e que não haviam sido pagos", diz no texto.
Ao Portal IMPRENSA, Francisco Viana - que é colunista da revista IMPRENSA - afirmou que convidou Bacellar para preparar o case porque este "foi um grande caso de relacionamento com a mídia, um trabalho inédito de aliar comunicação e gestão. Não é um case de denúncia, é uma história comentada a partir da crise vivida pela empresa".
"Eu descobri que a Bombril tem 1002 utilidades", comentou o jornalista. "A empresa está preocupada em combater os valores republicanos e democráticos e impor censura à liberdade de expressão. A Justiça vai prevalecer e garantir os direitos à sociedade", declarou.
A reportagem entrou em contato com a Bombril, mas ainda não obteve resposta.

2 comentários:

Anônimo disse...

A Bombril, quem diria, tem se transformado em uma simples palha-de-aço.

Poster disse...

Anônimo que mandou um longo comentário pra cá.
Gratíssimo pelas informações.
Abs.