No AMAZÔNIA:
A greve dos rodoviários de Ananindeua e Marituba entra hoje no segundo dia. Segundo o diretor executivo do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários em Empresas de Transporte de Passageiros de Ananindeua e Marituba (Sintram), Elton Almeida, não houve negociação entre os funcionários e os dirigentes das empresas dos municípios, por meio da Federação das Empresas de Transportes Rodoviários da Região Norte (Fetranorte). Ainda ontem, a Fetranorte ingressou com pedido de abusividade do movimento grevista, cujo processo foi distribuído para a desembargadora Elizabeth Newman, do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, que deverá posicionar-se hoje sobre a matéria. O Sintram teve ontem admitida pelo TRT 8ª a legitimidade para representar a categoria dos rodoviários do Município de Marituba. Permanece em vigor a decisão pela manutenção de 50% da frota de veículos na rua, e, em caso de descumprimento, multa de R$ 10 mil por dia.
Os rodoviários reivindicam 12% de reajuste salarial, elevação do tíquete-alimentação de R$ 242,00 para R$ 320,00 e aumento do auxílio-clínica de R$ 18 mil para R$ 40 mil mensais. No final da tarde e começo da noite, foi intensa a movimentação de usuários de ônibus urbanos para apanhar transporte alternativo e carona, no retorno para casa, de Belém para Ananindeua e Marituba. Ao longo da avenida Almirante Barroso e na área da saída de Belém, pela rodovia BR-316, muita gente amargou longa espera para obter transporte, de vez que vans, kombis e micro-ônibus circularam lotados pelas vias. Alguns ônibus de linhas de Ananindeua e Marituba circularam, e também foram lotados pelos passageiros. Ao preço de R$ 1,50, o micro-ônibus dirigido por José Pereira da Silva, com linha para Águas Lindas, em Ananindeua, transportou mais de 200 passageiros até o final da tarde de ontem. Na parada seletiva em São Brás, a motorista de micro-ônibus Benevides-Castanheira, Maria Cosma, informou que ao longo do dia transportou 400 passageiros, com a passagem custando R$ 1,70.
'O jeito é ir de micro-ônibus, de van e do que der para seguir viagem', declarou o pedreiro Birilo Matos, enquanto aguardava por uma 'brecha' em um dos veículos de transporte alternativo na saída de Belém. 'Eu vim de Kombi de Nova Marituba, de manhã, e paguei R$ 2,00. O normal é R$ 1,50. Eu tinha que ir trabalhar numa obra lá no Jurunas, e, então, tive que encarar o sufoco de manhã e agora à tarde'. Com três gatos em uma minijaula, o construtor de grades Anderson Gonçalves se deslocou para Belém por meio de uma van ao preço de R$ 1,50, ou seja, R$ 0,25 a mais que o preço normal pago por esse tipo de transporte. Ele foi uma das pessoas na busca por transporte para voltar para casa no Conjunto Maguari, em Ananindeua.
Nenhum comentário:
Postar um comentário