De um Anônimo, em contraponto ao comentário intitulado O Pará não deve ser egoísta, do professor Anselmo Colares.
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Prezado professor Anselmo Colares,
Dizer não à divisão não é egoísmo nem tampouco denota falta de solidariedade. Ao contrário, demonstra que os movimentos separatistas deixaram de levar em conta a vontade de maioria - sim, da maioria dos paraenses!
A maneira insidiosa como foi aprovado o plebiscito no Congresso Nacional já diz muito sobre isto. Ou seja, não houve debate e nem tampouco a Região Metropolitana Belém e o Nordeste paraense foram chamados a opinar.
Simplesmente, os movimentos pró-Tapajós e pró-Carajás se uniram para passar o rolo compressor numa manobra oportunista no Congresso Nacional. E, cá entre nós, até o governo federal, que é contra a criação de novas unidades federativas, foi surpreendido pela manobra.
E agora?
Agora, professor, o STF decidiu que todos votam, absolutamente todos, inclusive a maioria que ficou - veja só! - com a menor fatia do território que os separatistas desenharam num mapa sem consultá-la.
E aí o sr. - e muitos outros do Oeste paraense - dizem que Belém, a suposta capital coberta de riqueza e pompa (quem dera!), é egoísta porque não quer a divisão.
Sinceramente, há um limite para contrariar os fatos. Há, por exemplo, imagens na internet do marqueteiro baiano Duda Mendonça dizendo que "as fronteiras do Pará são imaginárias!" Ao fundo, aparece o deputado Lira Maia, do Oeste e líder separatista pró-Tapajós.
Dito de outro modo, os mocorongos desprezaram Belém e o Nordeste do Pará nas discussões sobre a separação, uniram-se ao Sudeste para levar a cabo o retalhamento de nosso Estado e, agora, chamam-nos de egoístas, etc.
Será que cabe esse discurso, prezado professor?
Sou favorável ao Não - e duas vezes. Exatamente porque não houve discussão, porque grupos políticos minoritários tentaram, em vão, atropelar os interesses da maioria do povo do Pará.
Agora, professor, não tem mais volta. Infelizmente. A coisa vai-se decidir no voto. Mas, cá entre nós, entre parauaras e mocorongos há mais afinidades do que entre mocorongos e forâneos do nosso Pará.
Mas a quem os mocorongos recorreram desde o início?
A quem os mocorongos viraram as costas?
A quem os mocorongos chamam agora de egoístas?
Cá entre nós, quem são os verdadeiros egoístas em tudo isso?
Nós, paraenses, vamos lutar pela unidade de nosso Estado. Até o fim. Nosso território não nos foi dado - foi conquistado com muita luta e sangue. Batista Campos lutou, por exemplo, para que o Pará fizesse parte do Brasil. Estude a História da Cabanagem e saberá do que estou falando.
Viva o Pará unido e forte!
Viva o povo paraense, cujo ânimo foi provado em guerras e revoluções!
Este mal momento será superado. E estaremos abertos ao diálogo, sobretudo com vocês, mocorongos queridos, irmãos amazônicos.
Mas que fique registrado - foram vocês que procuraram a aliança com os forâneos desde o primeiro momento.
15 comentários:
Por um Novo Pará.
O Estado do Pará não é mais nada hoje em dia que um bolsão de miséria.
Ter orgulho do que da pobreza. Qualquer pessoa vez a necessidade de se dividir o Pará. Somente os egoístas , porque território grande não é sinônimo de riqueza. São Paulo é bem 5 vezes menor que o Pará e o estado mais desenvolvido da federação. 3 estados no norte terão mais força para lutar pelo desenvolvimento da Amazônia. Agora, ter orgulho de um bolsão de miséria e negar o desenvolvimento. A criação de novos estados no Pará vai atrair mais investimentos e por conseqüência o desenvolvimento a essa população sofrida .
Esse discurso de orgulho pela grandeza, faça me um favor, orgulho é ter comida, casa, infra estrutura e escola e hospitais para nossos filhos.
Xô , miséria, queremos a emancipação para um futuro melhor para nosso filho, chega de ser colônia de um estado que tem orgulho da miséria.
Emancipação Já
Desenvolvimento já.
Estado do Novo Pará Já.
Estado do Tapajós Já.
O Estado do Tapajós, uma luta de mais de 150 anos.
Os antecedentes do movimento de emancipação de Tapajós são antigos, a ideia da criação desta nova Unidade Federativa partiu do governo central há mais de 150 anos, datam do início do século XIX, aproximadamente 1923.
No Oeste o desejo emancipacionista tem raízes históricas que vêm desde a metade do século XIX, quando Dom Pedro II assinou, em 1850, o decreto de criação da Província do Rio Negro, mais tarde Província e estado do Amazonas, depois que as elites daquela unidade intentaram, sem êxito, a separação por conta própria, em 1832.
Após a perda territorial de sua imensa banda oeste, as elites paraenses permaneceram inconformadas, e os atritos foram frequentes entre as duas unidades. Surgiu, então, a ideia de se criar uma terceira província, que viria, naquele momento, arrefecer os ânimos das elites locais. Em 1869, foram intensos os debates no Parlamento Imperial sobre a necessidade de transformar o Baixo Amazonas paraense (hoje chamado de Oeste do Pará) em uma província autônoma. Em 1832, o Grão-Pará tinha três comarcas: Belém, Santarém e Manaus. Santarém adquiria, assim, status jurídico e administrativo semelhante ao das outras duas cidades, alimentando o sonho da autonomia que jamais veio a se realizar. A redivisão territorial voltou a ser discutida novamente, para resolver as diferenças de limites entre as duas províncias, nos anos de 1869 e 1877.
Após a instalação da República, foram feitas várias propostas de reordenamento territorial do Brasil e todas, sempre evidenciado a Amazônia e citando o Tapajós, seja como província ou como um futuro estado.
Entre os anos de 1933 e 1980, foi proposta a redivisão territorial da Amazônia, incluindo o estado do Pará, apontada como alternativa de desenvolvimento social a criação do estado do Tapajós. Nomes como os de Segadas Viana, Juarez Távora e Ronan Liberal (Prefeito de Santarém), propuseram a criação do estado.
Em 1984, ocorreu uma importante reunião no antigo Hotel Tropical, em Santarém que consolidou um novo momento de luta pelo plebiscito do estado do Tapajós. Por pouco não criou-se o Estado do Tapajós, na Assembleia Constituinte de 1988. Embora não tenham consolidado a criação do Estado, fundou-se a Frente Popular pelo estado do Tapajós, tendo coletado mais de 17 mil assinaturas, em pouco mais de 15 dias úteis, tendo dado entrada no Congresso Revisor, de uma emenda popular, protocolada sob o número 12.977-7, que hoje, junto com o relatório 01/90, respaldam o projeto do Senador Mozarildo Cavalcanti, de 1993.
Em 1995 um relatório da Comissão de Estudos Territoriais da Assembleia Legislativa do estado do Pará, deu viabilidade à criação do estado do Tapajós, então uma ação político-popular , entrou no Senado Federal com o Projeto de Decreto Legislativo de Consulta Plebiscitária sobre a criação do estado do Tapajós, em 1999
A história do Grão Pará já previa o do baixo, hoje temos a oportunidade de encerrar essa luta e criar o estado do Tapajós. Nunca vamos desistir desse sonho. NUNCA.
Voto 77 pelo Estado do Tapajós.
Vamos realizar o sonho de nossos antepassados e reparar um erro essa união com o Pará.
Viva o estado do Tapajós pelo desenvolvimento.
Onde assino? Nossa, você falou tudo! Os separatistas não tem idéia do povo que mexerem, vamos vencer!! VIVA O PARÁ!
Tá meio chata essa discussão, pois ninguém vai convencer ninguém.
O estado do Pará nunca mais será o mesmo. A nossa luta é infinita e a maior alegria será quando nos conseguirmos a divisão do estado.
Viva o Tapajós, ele é nosso estado.
Se não fosse viável , vocês de Belém, seriam os primeiros a querer se livrar de nós, tapajoaras.
Vamos acabar com essa farra de forasteiros e mocorongos que vem com esse papinho furado de novo Pará. Viva o PARÁ! 55 NELES! VAMOS VENCER E DE GOLEADA!
Interessante que os mocorongos querem levar uma área que corresponde a 58% (cinquenta por cento) do território paraense, algo equivalente ao tamanho da França, o maior país territorialmente da Europa, tirando a Rússia, mas não são capazes de dizer como sobreviverão. Quando indagados a esse respeito, dizem apenas: "É problema nosso!" Só que o problema pertence a todo o povo do Pará e não apenas a pouco mais de um milhão de paraenses que ali vivem. (Na verdade, o problema afeta toda a Federação com repercussão na divisão do orçamento e na representação política no Congresso Nacional).
Esse tipo de raciocínio alimenta uma espécie de comunitarismo feroz e que não tem mais cabimento no mundo de hoje com o avanço das telecomunicações e dos meios de transporte. Não se vai mais de barco de Santarém a Belém ou vice-versa, a não ser que se queira observar a exuberância da floresta amazônica.
Dizer, por exemplo, que as bancadas dos Estados amazônicos atuarão em conjunto no Congresso Nacional é, na verdade, outra falácia. Por acaso, as bancadas do Pará e do Amazonas agem em conjunto hoje?
VAMOS LANÇAR O NOVO PARÁ.
Que os paraenses de Belém e Metropolitana, do Marajo e do Nordeste permitam àqueles do Oeste assumir o timão de sua história, que se emancipem, que criem seu Tapajós e construam seu próprio futuro. E que se libertem, nas próximas eleições, dos sanguessugas que os mantém na mais absoluta indigência, como acontece no Marajó, desassistidos e abandonados.
Que a luta dos tapajoaras com a criação do novo Estado sirva de motivação aos paraenses para se libertarem dessa elite retrógrada, egoísta e nefasta que os mantém na condição de cidadãos de segunda categoria há séculos.
O Estado do Tapajós, 150 anos de luta. EMANCIPAÇÃO JÁ.
Viva o Novo Pará desenvolvido.
QUE PARÁ FORTE E UNIDO É ESSE?
Que Pará forte e unido é este?Unido pela miséria?Forte pela corrupção dos políticos (caso ALEPA, SUDAM etc? Unido pelo descaso na Santa Casa que deixa bebês morrerem? Forte em insegurança? Me poupem!
ESTADO DO TAPAJÓS EMANCIPADO, LIVRE PARA ATRAIR INVESTIMENTOS E DESENVOLVIMENTO.
Somos tapajoaras SIM, mas já estamos cansados de sermos abandonados pelo nosso pai
(ESTADO DO PARÁ);
não sejamos egoísta, pra saber por que queremos dividir, é só vocês sairem da capital,
sair do asfalto, da cidade desenvolvida onde têm acesso a saúde, educação e segurança e
viaje pela Transamazônica, ou seja,
transamargura para ver o sofrimento do povo,
da miséria que o povo do Pará sofre há muitos anos.
Caíram ao esquecimento e agora querem ir as ruas com medo de perder os impostos das duas regiões,
do dinheiro dos impostos que saem e nunca voltam.
CHEGA, queremos a nossa emancipação,
queremos desenvolvimento,
queremos mais saúde, educação e segurança.
Queremos progresso, mais emprego, mais dignidade.
SOMOS UM POVO SOFREDOR,
SOMOS TODOS PELA UNIÃO DOS TRÊS ESTADO: PARÁ, TAPAJÓS E CARAJÁS.
Somos o Marajó na luta contra a Divisão do Pará!!! Votaremos NÃO, 55, CONTRA A DIVISÃO, por um Pará UNIDO e, um Marajó FORTE!!! Junte-se a nós nesta luta!!! Vamos fazer chegar essa luta em todos os cantos do Marajó - http://www.facebook.com/groups/paraunidomarajoforte/
Esse plebiscito aponta para uma questão complicada. é como torcida de Remo e Paysandu: ninguém aceita defender time contrário aos seus interesses. O resultado disso tudo é que o Pará não será o mesmo após o plebiscito. Quem perder não vai engolir quem ganhar. É assim que começa a rivalidade. Uma pena.
Concordo com você quando diz que o Pará não será o mesmo após o plebiscito, e por isso mesmo acho que a divisão é inevitável, mesmo que ela não aconteça de fato.
O problema da divisão é um só: aqueles que a defendem estão de olho nos polpudos cargos, são promotores querendo ir para última instância na carreira, Juizes querendo ser desembargadores, políticos galgando maiores e mais cargos, enquanto o povão esse coitado vai continuar na lama, agora, o movimento é legítimo, afinal o interior sempre foi esquecido, quem sabe, com tudo isso, caso se decida pale integridade territorial do Pará, não se passe a tratar melhor os irmão do interior, é o que eu espero, pois sou contra divisão, e no que depender de mim, os oportunistas vão ficar a ver navios!!!
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