quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Um Feliz 2016 a todos vocês!


Imagens que traduzem, em resumo, o ano de 2015

Em outubro, o navio Haydar naufragou no porto de Vila do Conde, em Barcarena, matando quase cinco mil bois
(Foto Tarso Sarraf-O LIBERAL)
Homem observa as fotos de reses mortas em praia próxima ao porto de Vila do Conde, em Barcarena
(Foto de Fábio Cota-O LIBERAL)
Em sua histórica visita aos Estados Unidos, o papa Francisco aparece ao lado do
presidente Barack Obama, durante a cerimônia de recepção do pontífice (Foto da Reuters)
Francês chora na homenagem aos mortos nos atentados de 13 de novembro, em Paris.

O velocista jamaicano Usain Bolt, multicampeão olímpico e mundial, é atropelando por cinegrafista chinês
quando comemorava a vitória na final dos 200 metros no Mundial de Pequim (Foto da Reuters)
O papa Francisco aperta a mão de um presidiário em uma prisão na Filadélfia (Foto da Reuters)
Cama embaixo dos escombros de uma casa após o distrito de Pacaratu, em Mariana (MG), ser atingido pela lama
liberada das barragens pertencentes à Samarco (Foto do UOL)
Grupo de refugiados à deriva no Mar Egeu, entre Turquia e Grécia, depois que o motor de sua embarcação
pifou antes que chegassem à ilha grega de Kos (Foto da Reuters)
Mulher que perdeu a casa após o rompimento da barragem de rejeitos da mineradora
Samarco, em Mariana (Foto Conteúdo Estadão)
Na Praça Sintagma, uma das principais da capital Atenas, o primeiro ministro grego Alexis Tsipras é fotografado
de costas durante um protesto contra medidas de austeridades (Foto da Reuters)
A jornalista Petra Laszlo acerta um pontapé em refugiado sírio que corria da polícia com seu filho pequeno
no colo, no sul da Hungria (Foto da Reuters)
O presidente americano Barack Obama estende a mão ao presidente russo Vladimir Putin, nesta imagem registrada
em 28 de setembro de 2015, durante Assembleira Geral da ONU, em Nova York (Foto da Reuters)
Sapatos abandonados em frente ao Bataclan, onde mais de 100 pessoas foram mortas nos atentados
terroristas de 13 de novembro, em Paris (Foto Getty Images)
Palestinos tentam impedir que um soldado israelense detivesse um menino durante protestos contra assentamentos
judeus na região de Nabi Saleh, que fica próxima de Ramallah (Foto da Reuters)
Pessoas tentam imobilizar um judeu ortodoxo que havia acabado de esfaquear participantes da Parada Gay,
evento anual que aconteceu em Jerusalém (Foto da Reuters)

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Petistas apostam que o impeachment ficou bem mais difícil


Petistas paraenses veem, aliviados, o ano de 2015 se escoar com a certeza de que o impeachment da presidente Dilma Rousseff ficou muito, muito mais difícil.
E, se ficou difícil, não foi propriamente por méritos do PT e da articulação do desarticulado governo Dilma, mas pelas hesitações da oposição em aderir de corpo, alma e coração ao processo de impeachment e, mais ainda, pela decisão do Supremo Tribunal Federal, de conferir ao Senado, e não à Câmara, a competência de dar a palavra final sobre o assunto.
Mas de uma coisa os petistas - vários deles - também certos: se o governo Dilma não corrigir os rumos da economia nos primeiros seis meses do ano, então ficará muito difícil para o partido sequer aspirar a lançar uma candidatura de peso para a presidência da República em 2018, mesmo que seja Lula.
Mas o que tem faltado nessa projeção é para onde cambará o PMDB, se realmente a convenção for antecipada para março.
Se consumada a antecipação e se o partido debandar do governo Dilma, aí, meus caros, muita coisa pode ir para o beleléu.
Muita coisa.

Doutor Moraes está cheia de lombadas irregulares


Olhem só.
A foto foi foi pinçada do Twitter, postada por @danielsabbag.
Mostra a construção irregular de mais lombadas na travessa Doutor Moraes.
Nas barbas de todo mundo, inclusive, of course, da Semob.
Mas, vocês podem apostar, a Semob vai fazer de conta que isso não é com ela.
Da mesma forma com que diz que a transgressão de um flanelinha na rua XV de Novembro, em pleno centro comercial, nada tem a ver com o órgão de trânsito, mas com aquele que tem a competência de coibir atividades econômicas irregulares, da mesma forma com que diz isso, portanto, a Semob haverá de argumentar que coibir a construção irregular de lombadas é papel de outro departamento - sabe-se lá qual.
E assim ficamos todos entregues  a voluntarismos, indisciplinas e transgressões, em todos os bairros da cidade, todos os dias, o dia todo.
Putz!

a-ha envia mensagem de incentivo à educação no Pará



“Eu estou de volta à Noruega depois de ter feito uma viagem incrível ao Pará! Tivemos momentos ótimos com vocês. Estamos muito agradecidos por termos feito parte desse presente simbólico para suas crianças. E que melhor maneira de começar o ano do que com inspiração para ir à escola? Porque é com educação que se constrói o futuro”. Estes são alguns trechos da declaração de Morten Harket, vocalista da banda a-ha, ao tomar conhecimento da distribuição dos kits escolares arrecadados durante os shows da banda, trazidos pela companhia de alumínio Hydro em Barcarena e Paragominas,  que marcaram os 110 anos da empresa, os 30 anos da Albras, os 20 anos da Hydro Alunorte e os 8 anos da Hydro Paragominas.
O vídeo foi postado na íntegra no perfil da Hydro no Facebook (www.facebook.com/HydronoBrasil) como forma de incentivar os estudantes paraenses a aproveitarem ao máximo o aprendizado em sala de aula.  Também foi a forma da banda agradecer a parceria com a Hydro em ações sociais voltadas à educação.
Os kits que foram entregues antes do Natal realizaram alguns sonhos. Apesar do nome de craque, o menino Cristiano Ronaldo, de 8 anos, desejava ganhar algo bem diferente de uma bola: “Quero um caderno, uma mochila, lápis de cor e um lápis para escrever”. O sonho, tão simples virou realidade graças à ação social realizada à época dos shows da banda no Pará.
A distribuição de kits já contemplou milhares de crianças. Em Paragominas, no nordeste paraense, foram entregues 1895 kits escolares, beneficiando as instituições Menino Feliz, Programa Escola da Vida, Escoteiros, Caseca, Casequinha, CRAS Jaderlândia e Juquinha, que atendem crianças e adolescentes registrados no Cadastro Único do Governo Federal e beneficiados por programas sociais.
Em Barcarena, também no nordeste paraense, a entrega contemplou mais de 1.200 estudantes de 15 escolas municipais e estaduais do município.  No total, cerca de 9.000 kits serão distribuídos até janeiro para incentivar a educação no estado e nos municípios onde atua.

Fonte: Assessoria de Imprensa

O que ele disse


"Esse pedido de afastamento é uma peça teatral. Já rebati, eu mesmo escrevi dez páginas rebatendo."

Eduardo Cunha, este comediante – como o perdão dos comediantes – que nas horas vagas é presidente da augusta Câmara dos Deputados, desdenhando do pedido da Procuradoria Geral da República ao Supremo para afastá-lo do comando da Casa.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Um olhar pela lente


Na Catedral Rainha da Paz, em Brasília, a Rainha da Paz segura o Terço e sustenta a Lua - linda, deslumbrante, esplendorosa e cheia - que desponta no horizonte.
A foto é do paraense João Moraes.

Nunes deveria ser mais contundente contra práticas espúrias


Com todo o respeito ao coronel Nunes - com todo o respeito mesmo -, mas é quase inacreditável ouvi-lo dizer, como tem dito nas entrevistas que tem dado, a partir do momento em que se anunciou a sua iminente ascensão ao cargo de presidente da CBF, é quase inacreditável, portanto, que o coronel diga não ter base para falar sobre as denúncias contra seu antecessor, Marco Polo Del Nero, porque não conhece ao certo as investigações em curso.
Tudo muito bom, tudo muito bem que, ao dizer isso, o coronel elege se inspira, provavelmente, na presunção de inocência que deve prevalecer sempre.
Mas seria necessário um discurso, digamos assim, menos corporativista, menos dúbio e mais virulento do virtual novo presidente da CBF contra a corrupção e todos os tipos de desmandos, como os que se suspeita tenham sido cometidos por Marco Polo Del Nero, José Maria Marin e Ricardo Teixeira.
Mas não.
Nunes põe o legalismo na ponta das chuteiras e fala como se as denúncias envolvendo a cúpula da CBF fossem algo assim meio distantes, meio inatingíveis.
Que nada.
Nunes está no comando da Federação Paraense de Futebol desde 1994.
Sua mentalidade, só por isso, vai na contramão da renovação, eis que jamais dignou-se abrir mão do cargo para permitir um rodízio, sempre saudável.
No comando do futebol brasileiro, Nunes mudará? Nada indica que sim.
Mas ficaria menos pior se o virtual novo presidente da CBF adotasse discurso mais consentâneo com estes tempos em que Ricardo Teixeira, Marin e Del Nero são apontados, em várias investigações, como as personificações da falta de transparência, do retrocesso e de malfeitorias sem fim.
Com todo o respeito ao coronel, repita-se.

Cultura do atraso atropela transporte fluvial em Belém


Do jornalista Francisco Sidou, por e-mail, para o Espaço Aberto:

Em Santarém, a Pérola do Tapajós, já operam modernas lanchas tipo catamarã (foto), desafogando o tráfego na cidade e proporcionando uma viagem agradável e altamente desestressante.
Enquanto isso, em Belém, as ruas não cabem mais carros, os passageiros e motoristas andam estressados e não se vislumbra outra solução de mobilidade urbana que não seja o ultrapassado BRT, cujas obras intermináveis só têm contribuído para aumentar mais ainda o congestionamento dos principais corredores de tráfego já saturados.
As vias de uma cidade são como as veias no corpo humano: quando elas entopem, todo o organismo entra em colapso. É o caso de Belém, em vias de comemorar 400 anos, vítima dos agentes da cultura do atraso, maus gestores e "coronéis" donos de ônibus, que teimam em ignorar o enorme potencial das abundantes águas que rodeiam a cidade como vias naturais de um transporte fluvial urbano, interligando Mosqueiro/Outeiro/Icoaraci/UFPa e as ilhas no entorno de Belém.
Há dois meses, foi aberta uma licitação para o que seria a primeira linha fluvial Icoaraci/Belém. Mas ninguém teve mais notícias sobre o seu "fechamento". Sabe-se apenas que os donos de ônibus não gostaram da ideia e fizeram chegar seu descontentamento a quem de direito. Então, a Semob explicou que não "houve interessados" e a que a licitação foi tida como "deserta"....
Por que não se rompe esse círculo vicioso da cultura do atraso e não se abre então uma licitação com abrangência nacional e internacional para explorar as novas linhas com modernas lanchas tipo catamarã ?
Boa pergunta que dificilmente vai encontrar respostas convincentes de parte da Superintendência da Imobilidade Urbana (Seimob).

Os "tops" nas vendas de camisas

Olhem só.
Confiram vocês mesmos.
E sem mais comentários.
Porque os números falam por si mesmos.


Rir para sobreviver e demolir



Para rir do poder, um talento se alevantou: Mario Monicelli. No centenário de nascimento desse diretor de cinema que mesclou drama e comédia para combater a hipocrisia social. Esse talento acordou cedo para o cinema. Na Roma em que nasceu, em 15 de maio de 1915, o garoto perseguia não apenas os sucessos de bilheteria, mas as breves farsas cômicas que antecediam as grandes projeções. Para ele, Buster Keaton era um rei renascido a cada queda, capaz de entender a inconstância das coisas. Ah, sim, Keaton: era um grande ator cômico do passado remoto que jamais sorria.
Na verdade, Monicelli procurou pelo comediante incansavelmente, até mesmo naquela sua toscana Viareggio de adoção, para onde a família se mudaria nos difíceis anos de ascensão do fascismo. Filho do jornalista, crítico teatral e dramaturgo Tommaso, o menino aprenderia a rir para sobreviver. Mais que isso, seria um cômico por toda a longa vida dentro do cinema, interrompida quando, detectado seu câncer na próstata, jogou-se da janela do Hospital San Giovanni, em 2010, aos 95 anos. Além do talento, havia em Monicelli a sabedoria de Keaton, a seriedade no absurdo, a risada na dor.
Ademais, sonhar é fazer e ele mesmo iniciaria um gênero cômico. De designação inicialmente pejorativa criada por americanos que viram no país uma fonte de comicidade, a comédia à italiana resultaria em movimento sólido por quase três décadas. Tinha grande admiração pelo modo quase invisível com que Roberto Rosselini conduzia os filmes. Monicelli fez nascer a comédia em 1958, ao parodiar um filme francês de assalto. Os Eternos Desconhecidos seria sua novidade estrepitosa nascida de coisas antigas, uma refinada mescla das farsas físicas à moda de Keaton com os mandamentos da comédia da arte. No filme quase todo encenado na rua, à moda neorrealista, Monicelli se revelava impiedoso em relação à miséria humana. Pela primeira vez em uma comédia cinematográfica surgia um morto - e em todos os filmes de Monicelli, a partir deste, haveria, como regra, pelo menos um deles.
O talentoso Vittorio Gassman, que protagonizaria seu clássico O Incrível Exército de Brancaleone, ali nascia para a comédia como um boxeur fracassado. Cláudia Cardinale, aos 17 anos, estreava no cinema do país como a irmã oprimida de um siciliano. Marcello Mastroianni trocava as fraldas de um bebê cuja mãe permanecia encarcerada. O maior entre os pequenos velhacos era Totó, que ensinava àqueles ingênuos miseráveis, por meio de uma geladeira, como arrombar cofres, em uma metáfora para a transmissão de seu poder cômico a uma nova geração de atores.
Trabalhar é realizar, foi um diretor de costumes cuja revolução foi o anticonformismo e a ironia exercida ao limite do grotesco. Era único e como diretor, variado a ponto de não construir um modelo. Em Os Companheiros, de 1963, achou que foi injustamente esquecido no mesmo festival que consagraria Oito e Meio, ele veria com brilhos as primeiras greves do Piemonte, sem se esquecer, contudo, do desastre proporcionado por uma irresponsável liderança de trabalhadores representada, no filme, por Mastroianni - e o ator em repetidas ocasiões lamentaria a marginalidade dessa obra em relação às grandes do cinema.
Um filme como Os Companheiros (no vídeo, uma cena) é eternamente atual, isso é inegável. Hoje, na Itália, os operários não trabalham 13 horas por dia, têm dois carros e quatro televisores e, pasmem, muitos votaram em Berlusconi e Renzi. Mas, por lá, há outros novos pobres que vivem como os operários do filme, desempenhando serviços de manhã à noite por trocados, sem direitos, sem automóveis, sem casa, a exemplo dos imigrantes, sobretudo africanos e árabes. Em sua homenagem foram restaurados vários de seus filmes. Monicelli, extraordinariamente esteve no limite da comédia humana, política e social. Enxergava o cômico, como arma de contestação raramente vista. Um grande iconoclasta que procurava o cotidiano do absurdo.

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SERGIO BARRA é médico e professor
sergiobarra9@gmail.com

O que ele disse


“Vamos navegar nessas dificuldades, nesse terreno muitas vezes pantanoso do ponto de vista da falta de unidade da base. Temos tirado,  muitas vezes, leite de pedra para votar as matérias do interesse do governo e do país, como fizemos em 2015.”
José Guimarães (CE), líder do PT na Câmara dos Deputados, expondo suas expectativas para o próximo ano.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Cunha, o ladino, o ardiloso, levou na cara. Bem feito!


Gostamos!
Sem brincadeira que gostamos!
Gostamos todos de ver o ministro presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, abrindo as portas de seu gabinete - literalmente - para que a Imprensa pudesse registrar, inteiramente, o teor de seu encontro com o transparente, heróico, cândido e acima de qualquer suspeita presidente da Câmara dos Deputados, Sua Excelência Eduardo Cunha.
Palmas - plec, plec, plec - para Lewandowski, que assim desmontou o circo que Cunha tentou armar, para constranger o presidente do Supremo com uma visita sem sentido, inócua, com intenções das mais escusas, para não dizer espúrias, como é do estilo do dito cujo parlamentar.
Sim, porque convenhamos que a visita de Cunha a Lewandowski, para resolver pontos supostamente controversos, obscuros, dúbios - ou seja lá o que for - da recente decisão do STF sobre o rito do processo de impeachment a ser seguido pelas duas casas do Congresso, uma visita nesse sentido, portanto, é despropositada, injustificada, irrazoável, desnecessária.
Se Cunha não entendeu plenamente o que o Supremo decidiu - e com certeza ele entendeu, porque é tudo, tudo mesmo, menos burro -, então poderia lançar mão de instrumentos mais efetivos, formais e eficazes para conhecer com precisão o teor, o sentido, o significado do pronunciamento da Suprema Corte.
Uma das alternativas para esses esclarecimentos seria solicitar o inteiro teor da ata da sessão do Supremo. Poderia também a presidência da Câmara obter o inteiro do voto condutor do acórdão, da lavra do ministro Luís Roberto Barroso. E por último, mas não menos importante, poderia a Procuradoria da Câmara ingressar com embargos de declaração.
Mas não.
Cunha - o transparente, o heróico, o cândido, o acima de qualquer suspeita, mas também ardiloso e ladino - preferiu fazer uma visita pessoal ao presidente do Supremo.
E saiu de mãos abanando, se for considerado que sua verdadeira intenção era criar um fato capaz de adequar a decisão do Supremo aos seus propósitos procrastinatórios e a seus ardis - dele, Cunha - de fazer com que o plenário da Câmara seja praticamente a única e irrecorrível instância para julgar o impeachment.
Mas dessa vez não deu para Cunha.
Não mesmo!
Bem feito!

Doe papel higiênico à Henvil. Mas não vale sujo!


Hehehe.
É brincadeira, meus caros.
Essa empresa, a Henvil, que explora linha de transportes para municípios do Marajó, é odiada, parece, por dez entre dez marajoaras e dez entre dez que não residem no arquipélago, mas que de vez em quando dão as caras por lá, seja em viagens de turismo, seja por motivações outras.
Até que o Movimento Acordo Marajó agendou um encontro na Arcon para, digamos assim, acertar os ponteiros.
Olhem aqui o trecho da notícia disponível no portal da Arcon:

A empresa Henvil foi representada na reunião pela advogada Helena Guerra, que fez uma longa explanação sobre os problemas pelos quais a empresa também passa, como o reajuste dos preços de combustíveis, reajuste salarial de funcionários e depredação dos navios e balsas, entre outros. Ela adiantou que a questão da acessibilidade já está sendo providenciada, com a adaptação dos veículos. Disse também que as poltronas serão trocadas em, no máximo, dois meses, e garantiu que um novo ferry boat, com capacidade para mil passageiros e 100 veículos, já está na fase final de construção, mostrando fotos aos presentes.

Leram?
Pois é.
Mas não foi só isso, não.
O Movimento Acorda Marajó diz que, durante o encontro, advogada da Henvil acusou os passageiros de furtarem rolos de papel higiênico do banheiro das embarcações, escondendo-os em bolsas.
Pronto.
Foi o suficiente para o Movimento iniciar, em sua página no Facebook, uma campanha de arrecadação de papel higiênico para repor o estoque supostamente desviados dos banheiros das embarcações da Henvil.
O Espaço Aberto dá a maor força à campanha.
A maor.
E atenção: não será aceito papel higiênico sujo. Só o limpo. Limpíssimo.
Rsss.
Essa Henvil!

General põe a tropa na rua. Por mais incrível que pareça.

Jeannot Jansen: bafejos de segurança numa selva de insegurança
Então, combinemos.
Dai a César o que é de César.
Dai a Jeannot o que é de Jeannot.
Jeannot, no caso, é o general Jeannot Jansen, Sua Excelência o secretário da Segurança Pública do Pará.
Tudo bem que, na gestão dele, cidadãos que ousam caminhar numa das praças mais aprazíveis da cidade são assaltados com banda do Exército à sua ilharga, mas convém reconhecer publicamente quando sentimos uns bafejos de segurança à nossa volta.
Na última sexta-feira, dia de Natal, o pôster foi correr à noite, por volta das 19h, no Portal da Amazônia.
Pois acreditem: havia policiais em grande número - a cavalo, em veículos e motocicletas - para garantir a segurança de centenas de famílias, a maioria com crianças, que na ocasião se encontravam lá, aproveitando uma nota agradável e, portanto, tranquila.
Naquele ambiente, podia faltar tudo, menos a sensação real de que estávamos em segurança, coisa rara, raríssima de acontecer nesta Belém de hoje, de ontem, e de muitos anos atrás.
Meno male que tenha sido assim.
Nesses raros momentos é que sentimos, ao mesmo tempo, o desalento de constatar que há muito já não desfrutamos da sensação de que o Estado, aqui e alhures, infelizmente não consegue cumprir uma de suas funções básicas, precípuas, elementares: preservar a integridade física dos cidadãos.
Bem que o general Jeannot, ao menos uma vez por semana, poderia pôr sua tropa inteirinha para proteger um determinado bairro de Belém, em sistema de rodízio.
Apenas para proporcionar aos moradores a dádiva de se perceberem seguros para o exercício de atividades banais, mas tão prazerosas e cada vez mais raras, como a de sentarem-se numa área pública com seus filhos, para vê-los brincar à vontade, livres e imunes a quaisquer agressões.
Sim, porque nós temos o direito de nos sentirmos livres, não é?
Ou será que esse direito é apenas de bandidos que, devendo estar presos, estão a solta por aí?

O elevado "da morte". E as providências, cadê?

Olhem só.
Sabem os acidentes frequentes no elevado que liga as avenidas Júlio César e Independência, no bairro de Val-de-Cans?
Pois é.
Não é por falta de aviso, de alerta, de sugestão aos órgãos ditos competentes - a Semob, sobretudo.
Olhem só os alertas abaixo, que têm sido feitos no Twitter.
Mas até agora, nada.
Nada de providências e frequentes ocorrências - com mortes.



O que ele disse


"Se for prefeito, vou vender o Pacaembu, Interlagos e o Anhembi"
João Doria Júnior, aspirante tucano a candidato à Prefeitura de São Paulo, adiantando parte de suas ambições em entrevista ao jornal El País.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Um Santo Natal

Escolham a melhor.
Mas ouçam as três.
Três músicas de Natal.
Primeiro, Noite Feliz.
Depois, Plácido Domingo, José Carreras e Luciano Pavarotti cantam White Christimas.
Lá embaixo, Jingle Bells, com Andrea Bocelli.
Aos leitores do Espaço Aberto, um Santo Natal para vocês e suas Famílias.



quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Arthur Espíndola - Maliciosa

Serviço oferecido pela Uber é ilegal, diz ministro aposentado

No Brasil, o transporte público individual remunerado de passageiros é uma atividade privativa dos taxistas, desenvolvida por meio de concessão ou permissão, conforme autoriza o artigo 175 da Constituição Federal. O entendimento é do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Eros Roberto Grau, que em parecer afirmou que o serviço oferecido pela Uber é ilegal.
O parecer foi encomendado pelo escritório Có Crivelli Advogados, que defende os taxistas na briga contra a Uber — plataforma digital de transporte individual de passageiros. As viagens são pagas à empresa que repassa parte do valor aos motoristas, autônomos.
Eros Grau diz que serviços da Uber 
só podem ser prestados por taxistas
Ubiraja Dettmar/SCO/STF
De acordo com Eros Grau, a Lei 12.468/2011, que regulamenta a profissão do taxista, é clara ao afirmar que a modalidade de transporte de passageiros oferecida pela Uber somente pode ser admitida por taxista profissional.
Em seu parecer, o ex-ministro critica outros pareceres, "inclusive de além-mar", dizendo que estes ignoram que no Brasil, o transporte público de passageiros consubstancia serviço público. Em novembro, o jurista português J.J. Canotilho apresentou um parecer defendendo a legalidade da Uber. Para Canotilho, existem duas modalidades distintas do serviço de transporte individual — o público e o privado —, sendo que a Uber se encaixa no modelo privado.
Autonomia de vontade
Para Eros Grau, outro equívoco apresentado nos pareceres favoráveis à Uber é a afirmação de que a Lei 12.468/2011 regulamenta exclusivamente a profissão de taxista, não se aplicando a motoristas que pratiquem o transporte público individual remunerado de passageiros por conta de contratos de transporte privado individual.
Segundo Eros Grau, essa afirmação decorre da suposição de que no transporte público individual remunerado de passageiros impera a autonomia da vontade de qualquer motorista. "Suposição de que qualquer motorista, ainda que não taxista, teria o direito de aceitar e firmar contratos, com o consumidor de seus serviços, de acordo com a conveniência. Suposição a que corresponde, elas por elas, a de que seja permitido, no Brasil, o exercício da medicina por qualquer do povo, ainda que não tenha obtido o diploma médico e inscrição no seu órgão de classe!", afirma.
Sem analisar nenhuma lei específica, o ex-ministro afirmou ainda que a regulação da prestação de transporte individual remunerado de passageiros no âmbito local compete ao município. Porém, ele explica que essa prestação apenas será admissível quando desempenhada por um profissional taxista, conforme disposto na Lei Federal 12.468/11.
Opiniões divergentes
O tema ainda deve gerar muita discussão. Além do parecer de Canotilho, também assinam pareceres favoráveis à empresa os professores Daniel Sarmento, André Ramos Tavares, Carlos Affonso da Silva e Ronaldo Lemos. A ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça, e a Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal também já se manifestaram em favor da empresa.
Em comum, todos demonstram o caráter privado do serviço de transporte de passageiros exercido pela empresa, o que é contemplado pela Política Nacional de Modalidade Urbana e protegido pela garantia constitucional da livre iniciativa. Já os professores Lenio Streck e Rafael Oliveira defendem a regulação do serviço. 
Análise econômica
Nesta segunda-feira (14/12), um estudo do Departamento de Estudos Econômicos do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) revelou que a entrada do aplicativo Uber no mercado brasileiro não influenciou de forma significativa o mercado de táxis nacional. Pelo contrário, a empresa passou a atender uma demanda reprimida, que não fazia uso dos serviços dos taxistas.
O uso do Uber foi comparado com a utilização dos aplicativos 99taxis e Easy Taxi, que também operam na modalidade porta-a-porta — o motorista vai até onde o cliente está.
“A análise do período examinado, que constitui a fase de entrada e sedimentação do Uber em algumas capitais, demonstrou que o aplicativo, ao contrário de absorver uma parcela relevante das corridas feitas por táxis, na verdade conquistou majoritariamente novos clientes, que não utilizavam serviços de táxi. Significa, em suma, que até o momento o Uber não “usurpou” parte considerável dos clientes dos táxis nem comprometeu significativamente o negócio dos taxistas, mas sim gerou uma nova demanda”, diz trecho do documento.
Clique aqui para ler o parecer do ex-ministro Eros Grau.
Clique aqui para ler o estudo do Cade.

Charge - Myrria


Charge para A Crítica.

O faz de conta do PMDB e de Eduardo Cunha


Afinal de contas, o que ainda falta acontecer para que o PMDB rompa formalmente - porque na prática isso já aconteceu - com o governo Dilma?
Afinal de contas, o que ainda falta para que o PMDB se digne retirar qualquer apoio, qualquer sustentação política a esse cidadão chamado Eduardo Cunha (na foto), que não merece mais o respeito de ninguém e que degrada moralmente e eticamente a Câmara dos Deputados?
Afinal de contas, o que ainda falta para que Eduardo Cunha, num gesto de mínima grandeza - se é que ainda se mostra possível extrair alguma grandeza de sua enorme, sesquipedal pequenez -, renuncie pelo menos à presidência da Câmara, muito embora resista em abrir mão de seu mandato?
Nada.
Para as três indagações, a resposta é esta: nada.
O PMDB, com a operação desta terça-feira, a Catilinárias, conseguiu o que lhe estava faltando para alegar, como o fez o insuspeito Cunha, que o governo Dilma armou para atirar o partido às feras, desencadeando operação para constranger, por meio de mais de 50 mandados de busca e apreensão, o próprio presidente da Câmara, além de dois ministros, um ex-ministro e dois deputados do partido.
Quanto a Eduardo Cunha, ele não renuncia porque, ora bolas, não se dá ele próprio o mínimo, o menor respeito.
Enquanto isso, Cunha faz de conta que é o presidente da Câmara.
E o PMDB faz de conta que ainda integra o governo Dilma.
Putz!

A maioria já dá o impeachment como certo


De leitor do Espaço Aberto, em resposta à provocação Por que as manifestações a favor do impeachment foram um fiasco?:

Respondendo à sua pergunta, devo dizer-lhe que as páginas dos movimentos foram derrubadas no Face, pelo instrumento automático; a maioria das pessoas já dá como certo o impeachment, então vai cuidar de sua vida que tem mais o que fazer.
E é Natal, blim-blom-blem, paz e amor.
Dona Dilma jogou certo, quer fazer tudo agora, na calmaria, porque vencido um impeachment, dificilmente haverá dois.
Mas, querido poster, dificilmente ela aguenta janeiro - será um mês terrível.

Os "nudes”, o cocô de cachorro e esta era de hipocrisias


Então é assim.
Nesta era de celebrizações e celebridades, nesta era em que o maior exibicionista da face da Terra já é considerado o mais recatado e reservado, nesta era em que nudes trocados por meios virtuais já viraram uma coisa das mais banais, nestes tempos, portanto, de agressões à privacidade, nada melhor do que ouvir opiniões.
E são válidas, sobretudo, opiniões que partem de searas em que a exposição pública é uma imposição, é uma contingência incontornável.
Olhem só o caso de Ricardo Tozzi, que aparece na foto.
O cara á poucos dias, no Teatro Gonzaguinha, no Centro do Rio, a peça 'Electra', de Sófocles.
"O Brasil é uma tragicomédia e nós somos os palhaços, com caras de idiota. [...] Acho que quem rouba dinheiro público para comprar apartamento em Miami precisa pagar muito caro por isso. A gente não pode continuar entubando tudo que acontece. Na peça, é olho por olho, dente por dente, por exemplo", diz ele.
Muito bem.
Plec. Plec. Plec. Plec.
Palminhas para Tozzi.
Vejam agora o que ele disse sobre o que reportagem da revista “Época” qualifica como uso frenético da internet:

Não existe mais privacidade! Hoje em dia, cada um tem a sua própria coluna social para se exibir. Eu uso meu Instagram de forma bem tranquila. Mas se você clicar nas hashtags, vai descobrir o que estou fazendo de manhã, de tarde e de noite. Mas vou vivendo."

Boa!
Plec. Plec. Plec. Plec.
De novo, mais palminhas para Tozzi.
As palminhas, todavia, exigem uma constatação: as celebrizações, nos meios virtuais, são estimuladas, sobretudo, pelos famosos, pelos célebres, por estrelas que às vezes se fazem estrelas muito mais do que pensam e imaginam ser.
As celebrizações e celebridades, nos meios virtuais, têm no meio artístico, evidentemente, uma de suas fontes mais prolíficas e, como todo o respeito, mais excitantes, fogosas e, por último mas não menos importantes, hipócritas.
Vemos, por exemplo, celebridades navegando todos os dias nas águas hipócritas do politicamente correto.
São aquelas celebridades, por exemplo, que dizem não suportar exposições, mas saem todo dia de manhã, juntando cocô de cachorro, apenas para serem vistas e clicadas por paparazzi.
Feito isso, lá estão as imagens da celebridade inundando as redes sociais na condição de heróico – ou heróica - defensor das boas práticas que concorrem para a redução da camada de ozônio.
Uma dessas boas práticas: juntar cocô de cachorro nas ruas das grandes cidades, todo dia, pela manhã.
Hehe.
Tem ainda aquela celebridade que põem no Instagram fotos insinuantes em que ela, apenas de lingerie, aparece com o marido, namorado ou namorido se espreguiçando na cama.
Se a foto repercute bem na internet, ótimo. Se não, a celebridade que se expôs para milhões de pessoas de livre e espontânea vontade começa a achar que os outros, e não ela, é que estão errados.
Bem, da mesma forma que o ator Hugo Tozzi, todas essas celebridades também acham que usam o seu Instagram – Insta, para os íntimos (hehe) – “de forma bem tranquila”.
Pois é.
Nesta era de exageros, de exibicionismos sem limites, de celebrizações atingindo os píncaros dos excessos, usar as redes sociais “de forma bem tranquila” pode ser, para muita gente, mandar nudes dia a noite, limpar cocô de cachorro apenas para parecer bom moço – ou boa moça – ou fazer um selfie básico plantando uma árvore.
É assim.
Vivemos na era das celebrizações, do politicamente correto e da hipocrisia.

Tudo “de forma bem tranquila”.

O que ele disse


Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia nostra?
Quam diu etiam furor iste tuus eludet?
Quem ad finem sese effrenata iactabit audacia?
Nihilne te nocturnum praesidium Palatii,
nihil urbis vigiliae,
nihil timor populi,
nihil concursus bonorum omnium,
nihil hic munitissimus habendi senatus locus,
nihil horum ora vultusque moverunt?

Patere tua consilia non sentis?

Constrictam omnium horum scientia teneri coniurationem tuam non vides?
Quid proxima, quid superiore nocte egeris, ubi fueris, quos convocaveris, quid consilii ceperis, quem nostrum ignorare arbitraris?
O tempora, o mores!
 [1]
— Marcus Tullius Cicero
Até quando, Catilina, abusarás
da nossa paciência?
Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós?
A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia?
Nem a guarda do Palatino,
nem a ronda noturna da cidade,
nem o temor do povo,
nem a afluência de todos os homens de bem,
nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado,
nem a expressão do voto destas pessoas, nada disto conseguiu perturbar-te?
Não te dás conta que os teus planos foram descobertos?
Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem?
Quem, dentre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, onde estiveste, com quem te encontraste, que decisão tomaste?
Oh tempos, oh costumes!

Marco Túlio Cícero, cônsul romano, no mais célebre discurso de suas Catilinárias - inspirador da operação de ontem, da Polícia Federal -, nas quais desqualificou o militar e senador romando Lúcio Sérgio Catilina.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Por que as manifestações a favor do impeachment foram um fiasco?




Vamos combinar, não é?
Falemos claro, em português nada castiço: foi um fiasco, verdadeiramente um fiasco o dia de mobilização nacional a favor do impeachment, no último domingo.
O poster, por um acaso, estava em Brasília, e fez as fotos acima, na Esplanada dos Ministérios.
Está aí.
Vejam só os vazios.
A concentração se restringiu às proximidades do lago que fica em frente ao Congresso, onde despontava uma boneca de Sua Excelência.
E só.
Só e somente só.
E qual é a questão essencial?
A questão essencial está exposta  claramente na indagação que aparece ao lado esquerdo, feita pelo Movimento Vem Pra Rua, a principal rede de mobilização virtual contra o governo petista.
Por quê, afinal de contas, se as esmagadora maioria da população é favorável à deposição da presidente da República, apareceram uns quatro ou cinco gatos pingados - proporcionalmente falando, é claro - nas manifestações que ocorreram nas principais capitais brasileiras?
É porque foi curto o período de mobilização pelas redes sociais, preferencialmente o Facebook e o Instagram?
É porque já se esgotou essa modalidade de manifestação?
Por que, afinal de contas?

Caminhão na ciclovia. A bagunça rotineira.


Vejam essa parada.
A foto foi pinçada do perfil de @Felipe_queeiroz no Twitter.
Mostra um caminhão estacionado em plena ciclovia da avenida José Bonifácio, em frente à Cosanpa, no bairro de São Braz.
Tem sido assim em várias ciclovias de Belém.
Várias.
Tem sido assim em várias ruas em que o estacionamento só é permitido de um dos lados.
Por aí se vê que, com todas as críticas que a Semob merece, inclusive porque se esmera em caçar infrator na Escandinávia, enquanto não vê o que se passa debaixo de seu nariz, mesmo assim, portanto, motoristas se escudam justamente na impossibilidade de agentes de trânsito estarem todos no mesmo lugar ao mesmo tempo e se põem a cometer infrações acintosas, afrontosas como essa.
E nem se dão conta de que a bagunça no trânsito precisa ter um freio.
Urgentemente.

A perdulária gastança com publicidade em carros oficiais


De leitor do Espaço Aberto, sobre a postagem Perdulário, sim senhor. Mas nem tanto.:

Agências de publicidade recebem fatia generosa do orçamento. Um carro pintado não é nada. O problema é que são centenas ou, quem sabe, milhares. Aí entra em jogo a empresa que realiza o trabalho: mais dinheiro público. No início dos anos 2000, a publicidade limitava-se ao nome do ente público.

O que ele disse


“Eu não vejo nenhuma possibilidade [de o resultado ser alterado caso haja votação aberta]. Na minha opinião, acho que não mudará, acho que permanecerá esse."
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, convicto de que a comissão especial continuará a mesma, ainda que o Supremo determine que nova votação seja feita.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Arthur Nogueira - Sem Medo nem Esperança

Maioria é contra reduzir horário de funcionamento de bares





Pesquisa do Doxa revela que a maioria da população de Belém, exatos 50,9%, é contrária à recente proposta formulada pelo Ministério Público do Estado, para que seja reduzido o horário do funcionamento de bares na Região Metropolitana como forma de reduzir os níveis de criminalidade. E nada menos de 69,5% consideram que o governo do Estado vem sendo ruim/péssimo no combate à violência.
O levantamento, feito de 2 a 4 deste mês, ouviu 600 pessoas apenas no município de Belém e tem margem de erro de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.
Apenas 14,6% dos entrevistas avaliam que a proposta do MPE, se realmente for implementada, haverá de reduzir a violência, enquanto 68,6% disseram que não acreditar nessa possibilidade.
A Doxa aferiu que as principais causas da violência, na opinião dos entrevistados, são o tráfico/drogas (35,0%), a "lei que protege os menores infratores" (30,4%) e a falta de policiamento (18,6%), além da falta de políticas públicas para a juventude. A ingestão de bebida alcoólica não tem peso relevante na aferição sobre as causas da criminalidade.
A Doxa avaliou ainda o envolvimento dos entrevistados com a violência através da pergunta: "Você ou alguém da sua família (pai/mãe/irmãos/companheiro(a)/filhos) já se envolveu em algum tipo de violência em bares/restaurantes/casas noturnas ou ruas) aqui em Belém?".
O resultado mostra que 81% dos belenenses já se envolveram em algum tipo de violência. Em função do objetivo do estudo, a pesquisa detalhou esse envolvimento: 56,1% se envolveram em assalto na via pública; 11,6% se envolveram em casas noturnas; 8,5% no trânsito.

Perdulário, sim senhor. Mas nem tanto.


Leitor do Espaço Aberto manda pra cá a foto acima, tirada aqui em Belém, acompanhada do seguinte comentário:

Olha com o esse governo é perdulário. 
Veja a quantidade de propaganda no carro.

Talvez a propaganda, de cunho notoriamente institucional, estampada no veículo dispense o termo perdulário, usado pelo leitor, eis que deve ter custado relativamente pouco.
Quando se diz relativamente, a referência se deve aos custos decorrentes da veiculação de propagandas institucionais em outros veículos, como jornais e emissoras de TV, por exemplo.
O que provavelmente conduz a essa impressão, de que governos - qualquer governo - estão sendo perdulários quando propagandeiam suas ações é que a sociedade, muitas vezes, não acredita na eficácia do que está sendo veiculado.
Daí acreditar-se que pagar uma mixaria para ornamentar um bem público, no caso um carro, exibindo-se nele as marcas de políticas públicas seja, realmente, muito caro.
Ou, se quiserem, talvez seja uma exibição de gasto perdulário, como aquele a que se refere o leitor que remeteu a foto.

Belém mágica. Na mágica foto de Luiz Braga.


Francisco Sidou manda a foto acima pra cá, com o seguinte comentário:

Belém na sua essência maior.
Chuva que lava as ruas e a alma.
Cidade que, apesar dos descasos de seus gestores e de alguns filhos insensatos, continua linda e única na variedade de seus encantos e na magia de seus sons, cheiros, sabores e cores.