No AMAZÔNIA:
Mais um vazamento de rejeitos pode ter contaminado o solo no distrito industrial de Barcarena, a 22 km de Belém. O vazamento foi da fábrica da Imerys Rio Capim Caulim. Há suspeita de rompimento de tubulação por 'fadiga' do equipamento, ou seja, tubulação velha. Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), a Gerência de Áreas Degradadas (Gerad) confirmou ontem o vazamento de rejeitos de caulim, mas ainda vai aguardar laudos para se manifestar sobre esse novo acidente ambiental. A estimativa é de que cerca de três mil litros de caulim vazaram no solo da fábrica, o que caracteriza crime ambiental porque são usados pelo menos cinco produtos químicos durante o processamento do caulim. O acidente ocorreu no último sábado, por volta de 11h. Quem fez a denúncia foram moradores da comunidade de Nova Jerusalém. Fiscais da Sema e policiais da Delegacia de Meio Ambiente estiveram no local e fizeram levantamento de informações. Segundo o gerente de Áreas Degradadas, engenheiro Célio Costa, a 'área interna atingida é pequena, mas é preciso aguardar o resultado do laudo pericial, feito no domingo para qualquer avaliação responsável', afirmou.
A Sema esclareceu ainda que as medidas de contenção previstas na legislação ambiental foram tomadas pelas equipes da Imerys, logo após o vazamento, para evitar qualquer ampliação da área afetada, circunscrita à propriedade da empresa, e que não atingiu, pelo menos nas observações feitas no domingo, nenhum corpo hídrico do entorno da fábrica. O auto de infração, lavrado pela equipe técnica da Sema, será entregue somente hoje à empresa, porque no dia da vistoria à sede da fábrica, não havia alguém habilitado para receber o documento.
Em nota, A Imerys informou que não houve vazamento de caulim que pudesse ocasionar nenhum tipo de dano ao meio ambiente ou às comunidades que habitam a região. A empresa confirmou 'uma fissura em uma tubulação que contém caulim e água e que está localizada dentro das dependências da fábrica da Imerys'. A empresa garante que o vazamento foi detectado pela equipe de monitoramento ambiental e tomou as devidas providências, recolhendo o caulim, sem que nenhum material tenha vazado das dependências da empresa, onde atingiu apenas uma pequena área, tendo reparo imediato. Por esta razão, a empresa julgou que não havia necessidade de informar a Sema. Entretanto, ainda no sábado, um gerente da Imerys RCC recebeu a Secretaria e a Dema (Delegacia do Meio Ambiente) e prestou todos os esclarecimentos. A Imerys aguarda notificação da Sema para avaliar quais medidas adotar.
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