terça-feira, 5 de maio de 2009

Alunorte afirma que rio já era poluído

No AMAZÔNIA:

A Promotora de Justiça de Barcarena, Sandra Fernandes Gonçalves, ouviu ontem (4) pela manhã representantes de três centros comunitários da região atingida pelo vazamento de rejeitos de bauxita da fábrica da Alunorte, que poluíram as nascentes do rio Murucupi, outros afluentes e uma grande parte do solo da região no município. Os representantes das comunidades atingidas denunciaram à promotora os prejuízos causados pelo acidente ambiental e querem ser indenizadas.
Em protesto, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Livres (MTL), ligado à Via Campesina, que reúne o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) interditando o tráfego de veículos leves e pesados ao longo da manhã na rodovia estadual PA-481. A manifestação só acabou quando representantes Alunorte se reuniram com os manifestantes. No encontro, a Alunorte ouviu as denúncias contra a empresa.
A Alunorte divulgou uma nota à imprensa. . 'Mesmo águas do rio Murucupi estando em condições normais de pH, a empresa continua fazendo monitoramento', afirma a nota da Alunorte Também foram ouvidos ontem representantes da empresa. Os representantes da Alunorte admitiram o transbordamento de rejeitos de bauxita, mas alegaram que irão comprovar através de laudos que o rio já era poluído.

2 comentários:

Anônimo disse...

Infelizmente a Alunorte, empresa grande e supostamente séria, se apequena com essa desculpa esfarrapada e vai para a vala comum dos irresponsáveis poluidores ambientais que fogem das responsabilidades.
Lamentavel.

Nelson Tembra disse...

Isto é ótimo, pois assim, nas entre-linhas, pelo menos, reconhecem que não é de hoje que estão contaminando o meio ambiente em Barcarena, juntamente com outras empresas.

O problema é que a inexistência de uma rede de monitoramento eficiente, pelo Poder Público, também deverá ser usado como argumento e fortalecerá a defesa, posto que não se tem como determinar a quantidade, a qualidade e a origem dos elementos tóxicos prejudiciais à saúde humana.

É difícil, ou impossível, determinar os teores e o com o que cada empresa lá estabelecida já contribuiu ou lançou em termos de poluição na rede hidrográfica e no proprio ar até o presente momento. Isso poderia explicar a aparente falta de interesse político em implementar uma rede de monitoramento ambiental da maneira que a reconhecida tecnologia existente preconiza.